História da Filosofia Medieval
Por: JULIO CESAR MARTINS • 7/12/2016 • Trabalho acadêmico • 873 Palavras (4 Páginas) • 314 Visualizações
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
POLO EAD - UDF - BRASÍLIA
LICENCIATURA EM FILOSOFIA
HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL
JULIO CESAR MARTINS - RGM 15253155
Brasília
2015
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
POLO EAD - UDF - BRASÍLIA
LICENCIATURA EM FILOSOFIA
HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL
JULIO CESAR MARTINS - RGM 15253155
Trabalho apresentado à disciplina História da Filosofia Medieval - Unidade II - Santo Agostinho, do curso de graduação de Licenciatura em Filosofia, como requisito parcial para obtenção da nota do 2º Semestre.
Orientador-Tutor: Professor Edson Alencar Silva
Brasília
2015
"Existe um caminho para a Felicidade com a Filosofia? Ou somente fora dela?"
A Felicidade e a Filosofia andam juntas, já que Filosofia pode ser compreendida como amor à sabedoria e, amor está diretamente relacionado a prazer e, prazer à felicidade. Logo, busca pela verdade pode ser definida também como busca pela felicidade. Muitos filósofos têm buscado conhecer o mundo a partir de seus métodos e argumentos mais sofisticados acerca da natureza, o que demonstra a clara satisfação do ser humano como ser dotado de liberdade e de consciência numa busca intrínseca pelo saber. O filósofo Baruch Spinoza disse uma vez, “existe apenas um amor eterno, o amor intelectual”, e amor intelectual pode ser interpretado de diferentes formas, com diferentes abordagens linguísticas no seu significado mais profundo. Para alguns pensadores, o amor eterno é a sabedoria e, a sabedoria é um dom atribuído por Deus aos Homens. Logo, Deus é amor à sabedoria ou ainda Ele é a própria sabedoria. O Homem não limita seu intelecto apenas às respostas preestabelecidas e, a história tem demonstrado isso com certa precisão. A nossa civilização tem se mostrado uma grande semeadora de dúvidas, por isso, ao longo dos anos, os filósofos buscaram construir métodos experimentais e, aprimorar argumentos lógicos com fortes fundamentos matemáticos, a fim de refinar o que viria a ser estabelecido como verdade. Quando nascemos, nos mostramos curiosos, desmontamos coisas, quebramos outras, mas quase sempre o real objetivo dessa desconstrução passa despercebido, talvez, por ignorância de nossos pais, mas o ponto é que, desde pequenos nos mostramos curiosos, fazemos perguntas, às vezes complexas, do qual nem mesmo os nossos pais conseguiriam responder e, isso definitivamente, destrói a curiosidade da criança, estabelecendo o medo em seu lugar. Se dissermos a uma criança de que somos feitos de poeiras estelares, possivelmente, veríamos um lindo sorriso estampado em seu rosto e, isso acontece porque, de fato, é algo encantador e que nos coloca em uma posição privilegiada no cosmos, saber disso nos traz conforto e felicidade, por outro lado se dissermos que somos feitos do pó da terra e do sopro de um Deus que nos pune quando pecamos, estaremos inserindo o medo e dúvidas em tais crianças, doutrinando-as, limitando o intelecto das mesmas e acabando com a coisa mais valiosa do que nos torna humanos, a curiosidade e, assim semeando tristeza ao invés de felicidade. Santo Agostinho argumentava sobre a Teologia e a Filosofia, e que a felicidade poderia ser alcançada conhecendo a Deus, mas Deus não é alcançado ou conhecido por todos, haja vista que é necessário um relacionamento pessoal e intimo entre um Deus (sem imagem física) e o ser humano, o qual deveria ser perfeito pois é criado segundo a imagem e semelhança de Deus, no entanto "somos um a cópia imperfeita de um Deus perfeito", dai a dificuldade de alguns em conhecer a verdade e a felicidade por intermédio de Deus nessa vida e \na eternidade. Portanto por esse critério investigatório para classificar o que é e onde posso encontrar a felicidade na Filosofia ou fora dela, ficam algumas dúvidas naturais do ser humano. Em resumo Santo Agostinho conclui mostrando que, a felicidade é plenitude no sentido de frugalitatem (moderação) que vem de frux (fruto), implicando o sentido de medida, pois a falta de moderação ocasiona falta de medida. Por isso, conclui-se que, para ser feliz é necessário possuir a sabedoria, ou seja, a justa medida, pois a sabedoria é a justa medida da alma. Por isso, no término do colóquio, chegam à conclusão de que a verdadeira sabedoria é a Sabedoria de Deus, ora, Jesus Cristo. Portanto, a verdadeira felicidade é a comunhão com Deus. Sendo assim, a comunhão com a Trindade é o máximo da felicidade nesta vida e a plenitude na eternidade, pois conforme Agostinho, “ainda não possuímos a plenitude”. Mas, essa chegada a Deus (a Trindade) tem um caráter legitimamente filosófico, não se tratando apenas de um ato religioso ou de uma afirmação religiosa, pois conforme Étienne Gilson, “nosso pensamento não pode estar plenamente satisfeito, nossa vida não pode ser verdadeiramente chamada de vida feliz, a não ser no conhecimento perfeito do Espírito Santo, que conduz à Verdade, no gozo dessa Verdade e, graças à Verdade, na união com a Medida, que são apenas uma única substância, um só Deus”. Sendo assim, a verdadeira felicidade é a comunhão com Deus, pois a satisfação plena e perfeita não é deste mundo. Por essa razão, o término da busca da felicidade plena em Deus tem uma perspectiva filosófica, e não religiosa.
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