Historia da Filosofia
Por: Fernando Barretos • 21/11/2018 • Dissertação • 2.808 Palavras (12 Páginas) • 199 Visualizações
1. Fundamentação cristã para a história
Segundo Mark A. Noll, é necessário observar em qual ponto da história estamos inseridos e qual o meio e contribuição da igreja para o contexto histórico. É de suma importância basearmos a análise de momentos críticos pelos quais esse processo passou e pelo está passando, por não ser necessariamente oferecido respostas definitivas acerca desse tema. As portas do inferno não prevaleceram (Mt 16:18), dão a exata noção dessa persistência e força histórica do Cristianismo.
1.2 História das mentalidades
Para Herman Dooyeweerd, o coração humano é colocado em xeque quando a cultura e fé são colocadas e é preciso de fato buscarmos entendimento sobre o que de fato está intrínseco no nosso coração, quais são os motivos básicos que o ser humano tem guardado dentro de si. Por outro lado Alister Mc Grath diz que o Jesus Cristo é o centro da Teologia, o Explicandum da da Teologia o qual é necessário e requer uma explicação, partindo da ideia de como um homem pode influenciar pensamentos e seus ensinamentos, de fato não explicar Jesus e sim a comunidade de fé que se baseiam em suas doutrinas, sobre o fato Dele ser o portador do Juízo e benevolência.
1.3 Diferença da doutrina e fé cristã
O conhecimento sobre Deus ultrapassa toda tentativa humana e teórica. Para Dooyeweerd somente a ação de Deus sobre o homem é necessário para que haja entendimento acerca sobre quem Ele é, somente o Espirito Santo é capaz de penetrar o mais intimo do ser humano, onde nenhuma teoria seria capaz de responder com clareza a essa verdade soberana de Deus.
A teoria dogmática está em contraponto com a lógica, pois a dogmática está diretamente ligada a uma questão além da lógica não permitida por nós e em nós o ato para o qual apontamos para essa teoria é a fé. Motivo esse que torna a lógica totalmente desconexa aos dogmas, tornando sua validade não adequada para se explicar essa teoria dogmática. O perigo dessa teoria está no ato de entregarmos nossa racionalidade em exegeses onde trabalho humano está totalmente presente e sujeito a erros e heresias, é preciso a busca de forma consciente evitando qualquer tipo de idolatria.
Não devemos de forma alguma desprezar a doutrina, a busca por tal conhecimento é para o entendimento para serem levadas para comunidade cristã, para melhor interpretação e entendimento sobre a fé cristã. Para os reformadores as Escrituras eram a fonte da doutrina e buscavam interpretar os ensinamentos de Jesus tornando seus ensinamentos de forma atual, ampliando os padrões de interpretação condizente com as narrativas.
No período helenístico dificilmente era possível trazer uma cosmovisão para o contexto deles para a época, que traziam consigo conceitos e valores, pois a necessidade de trazer uma explicação para tanta repetição, era necessário uma série de acontecimentos e visões para a realidade local. Dooyeweerd aponta que toda religião possui um motivo base, uma força motriz que impulsiona esse desejo humano, uma força que rege nosso pensamento e conhecimento o que motiva todo discernimento sobre a sociedade e o mundo.
O ocidente está baseado em várias religiões e isso deve se ao fato de termos vários pensamentos e uma força cultural predominante que sobrepõe a diferentes tipos de credo e pensamento. Mc Grath está aliando isso ao processo que aconteceu aos primeiros pensadores cristãos, onde seus pensamentos filosóficos entraram em desacordo com força cultural daquela época com seus conceitos formados e idealizados para o seu povo.
Uma das correntes que os cristãos recorriam de forma sutil, estava sustentado pela filosofia pagã da época, tal fonte de inspiração para o anúncio do evangelho, trouxe para nós divergências doutrinarias através dos pais da igreja (Patrística) o que chamaram de conceitualidades, a interação da teologia cristã com a teologia pagã.
2. O que é isto, a Filosofia?
De fato, o que é a Filosofia? Como sempre foi nos ensinado, seu significado é o “amor a sabedoria.”, mas para Dilthey tal afirmação não expressa sentido algum para o que de fato representa o seu significado, ele pergunta sobre “onde está a essência da Filosofia?” Heidegger no auge de sua carreira, estava preocupado com questões introdutórias a respeito do que é a Filosofia, por entender que se tratava de assuntos iniciais. Para ele filosofar não é por fim e sim buscar sempre uma fidelidade interior. A visão de Heidegger de longe é ficarmos acumulando informações e questões históricas, ele nos convida a buscarmos sempre essa visão introdutória, entendermos sobre o que da origem as coisas o sentido de existirem.
Para Doyeeweerd os números matemáticos, as questões da biologia sobre vida orgânica a Jurisprudência sem a experiência para dar sentido a ela, não seriam ciência se não fosse um pensamento anterior filosófico. Elas são o resultado dos fatores aos quais são colocados, questões externas e variáveis, experiencias para o campo do estudo.
O que fazem os filósofos quando estão trabalhando? Para Russel se trata de explicar questões que ultrapassam o entendimento das pessoas especialistas em suas áreas quando se deparam com situações que estão fora do seu alcance, a filosofia atua nesse momento para buscar questões iniciais para trazer a luz o entendimento e solução para os problemas e questões que surgem.
2.1 Motivações
Russel trata que a filosofia não veio para salvar almas nem resolver nossas dificuldades, ela busca distinguir a filosofia de especulações, para trazer luz ao pensamento e não se torna algo dogmático. Dooyweerd destaca que não é possível garantir uma base comum para as diversas correntes filosóficas, motivo pelo qual não podemos aceitar uma autonomia filosófica, onde estaria havendo uma quebra nessa corrente sobre o que de fato é a filosofia. Para ele buscar debater qual a verdade corrente filosófica, ocorre em se perderem em seu pensamento por não chegarem a um senso comum de qual pensamento é o correto.
A Filosofia necessita de um ponto de partida e esse ponto está ligado a religião, por dar estabilidade e alicerce para construção do pensamento e um olhar especial para os motivos básicos religiosos da civilização ocidental. São a força motriz para todo o desenvolvimento cultural e espiritual do ocidente.
2.3 Os quatro motivos religiosos básicos da História Ocidental
A cultura ocidental tem sido controlada por vários motivos religiosos. Motivos esse adquiridos através de civilizações
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