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O Departamento de História, Filosofia e Artes Curso de História

Por:   •  3/3/2024  •  Trabalho acadêmico  •  7.324 Palavras (30 Páginas)  •  92 Visualizações

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Universidade dos Açores

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento de História, Filosofia e Artes

Curso de História

Disciplina de História Antiga

S1

Docente: João Araujo

Discente:Tiago Miguel Arruda Pacheco

Número de aluno:2019109301

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Inicio do Alto Império

A Dinastia Júlio-Claudia

12 de janeiro de 2020

Introdução

        O presente trabalho estará retratado uma análise histórica acerca da transição da república romana para o império, como o processo se deu, quais foram os principais motivos para tal mudança política. Neste trabalho irei também retratar acerca da primeira dinastia imperial, Júlio-Claudia, estabelecida a partir do ano 27 a.C. por Caio Octávio após a Guerra civil de António, mais conhecida como a última Guerra Civil da República Romana. Veremos que a dinastia Júlio-Claudiana durou até ao ano de 68 d.C. e contem somente cinco imperadores Octávio (63 a.C.- 14 d.C.), primeiro imperador de Roma fundador da dinastia, Tibério (42 a.C.- 37 d.C.) filho adotivo de Octávio sucedeu-lhe após a sua morte, Calígula (12 d.C.- 41 d.C.), neto de Tibério seu verdadeiro nome era Caio Germânico sendo que Calígula era apelido dado pelas legiões de seu pai tendo significado em português “botinhas”, foi considerado como um dos imperadores mais terríveis da história do Imperio Romano, Claúdio (10 a.C. – 54 d.C.), tio de Calígula sucedeu-lhe após o seu assassinado em 41 d.C., Nero ( 37 d.C. – 68 d.C.) sobrinho de Claúdio sucedeu-lhe após a sua morte, foi considerado um dos imperadores mais “malucos” de Roma.

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Da guerra civil de António ao estabelecimento do Principado “Imperio” por Octávio

Após o assassinado do ditador Júlio Cesar em 44 a.C. na Curia de Pompeu por Brutos e outros membros do Senado, originou-se uma grande instabilidade política dentro de Roma, através desta situação para preencher o vaco causado com o desaparecimento de Cesar foi criado um Segundo Triunvirado em 43 a.C. pelas principais elites militares, impedindo assim o retorno do Senado ao poder dado maior crença aos historiadores que a própria republica estava definitivamente superada e somente em nome estava a ser aplicada, mas ao contrário do anterior Triunvirato que estabelecia um acordo informar sem nenhum valor jurístico entre os seus membros (Júlio Cesar, Pompeu e Marco Crasso) este segundo foi formado por Octávio, herdeiro de Júlio Cesar, Emílio Lépido um grande aliado de Júlio Cesar e Marco António o General mais hábil de Cesar e suposto pretendente á herança do ditador, e era legalizado pelo o senado romano através da Lex Titia, tendo inicialmente como objetivo de restabelecer a estabilidade dentro da republica (ainda existia as instituições republicanas, mas na realidade não tinham qualquer poder) e vingar a morte de Cesar.

Fracasso do Segundo Triunvirado:

Após a perseguição aos principais assassinos de Cesar que culminou com a vitória do triunvirado sobre as forças lideradas por Marco Júnio Bruto (comete suicido após a derrota) na batalha de Filipos, completando assim a vingança por Cesar, os três membros da aliança dividiram o controlo do território da República entre eles. Octávio ficaria sobre o controlo das áreas menos romanizadas e instáveis (Península Ibérica e toda a Gália), Lépido detinha o controlo da península itálica e da Província da Africa (papel pouco relevante pois não tinha participado ativamente na derrota dos conspiradores, por este mesmo motivo Marco e Octávio foram os que ficaram com os títulos de cônsul) enquanto Marco António ficaria sobre o comando das províncias romanas situadas no Oriente tendo a função de as salvaguardar de quaisquer tipos de invasão e manter o domínio romano sobre os vassalos.

O compartilhamento do poder deste o começo era relativamente instável, a principal razão da sua existência foi talvez de os três membros terem a vingança pela morte de Cesar como o mesmo objetivo. Octávio e Marco António odiavam-se um ao outro, pois ambos se consideravam os legítimos herdeiros de Cesar, foi somente depois da derrota do último grande adversário do Triunvirato, Sexto Pompeu na Revolta Siciliana no ano de 36 a.C. e que as rivalidades começaram a aparecer. Octávio utilizou a execução vista como ilegal de Sexto Pompeu que fora capturado por um General de António na ilha de Mileto como forma de propaganda contra ele. No entanto Octávio aproveitou deste conflito para depor Lépido dos seus poderes durante a renovação dos cinco anos do triunvirato, alegando que a ilha da Sicília não estava sobre a sua jurisdição por tanto estaria quebrando o tratado imposto pelos três por ter marchado nela com as suas tropas, Lépido por outro lado afirmou a sua autoridade sobre a ilha e quem estava a violar os termos era Octávio pois segundo a Lex Titia

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ele é que deveria ter o controlo sobre os territórios não romanizados (tais territórios davam maior prestígio e lealdade das tropas ao General, pois eram mais férteis, garantido recompensas de terras a veteranos ainda havia as incursões germânicas e revoltas, por isso eram mais cobiçados).

Com tais afirmações Lépido foi deposto de todos os seus poderes (instituições) exceto do de Pontifex Maximus e exilado para Circeii. Os seus territórios foram absorvidos por Octávio fazendo com que ele toma-se controlo de toda a parte ocidental e António toda a parte Oriental. As rivalidades entre os últimos dois membros do triunvirado cresceu de tal ponto que quando o mandado da aliança terminou Octávio deixou de usar o titulo de Triumvir (enquanto Marco continuou) para tentar se afastar de António por tanto procurou assim derrubar de vez o seu rival se desconectando com ele e prejudicar de todas as maneiras a sua imagem dentro do senado romano. Tal oportunidade chegou quando soube-se que Marco António mantinha relações amorosas com a Cleópatra VII do Egipto (António era casado com Octávia irmã de Octávio, causando maior irritação entre os dois, dando ainda maior suporte do senado para o mesmo) insinuando que a Faraó do Egipto representava um perigo para Roma, Octávio teve o suporte do senado para declara guerra á mesma no ano de 33 a.C. dando o fim definitivamente ao Triunvirato, a Cleópatra rapidamente teve o suporte de António dando assim a oportunidade que Octávio tanto desejava de acabar com o seu rival de longa data.

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