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INTRODUÇÃO À FILOSOFIA RELATÓRIO DE EXPERIÊNCIA

Por:   •  6/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.437 Palavras (6 Páginas)  •  230 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI

CENTRO DE HUMANIDADES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

RELATÓRIO DE EXPERIÊNCIA

Daiana da Silva Fernandes

Elaine Maciel da Silva

Crato, CE
         Agosto 2015

INTRODUÇÃO

O trabalho propõe-se a relatar as experiências e aprendizados compartilhados entre alunos e docente ao longo das aulas ministradas pelo professor Rocildo Lima Filho na disciplina de introdução à filosofia durante os meses de junho, julho e agosto, expondo as principais discursões abordadas em sala, através dos recursos didáticos utilizados nesse intervalo de tempo (textos, vídeos, atividades, formação de grupos para debates, etc.). Pretende-se assim, expor uma trajetória detalhada sobre a metodologia aplicada apresentando um respaldo critico sobre esta, por nós discentes.

Nos encontros iniciais, discutimos sobre o que seria a filosofia e quais as suas abordagens práticas e acadêmicas e como poderíamos desenvolver o nosso pensar filosófico. Para embasar essas questões levantou-se discursões a cerca do que eram sabedoria e conhecimento pontuando suas diferenças: enquanto uma era adquirida através de um modo experimental através de vivências o outro era construído através de um desenvolvimento de uma lógica. Ainda para fundamentar melhor essas questões introdutórias sobre a filosofia, trabalhou-se um texto do Paulo Ghiaredelli que explicava o porquê da associação da coruja a filosofia, através de uma abordagem mitológica apresentando o mito da Minerva (ou Athena, em grego). Questões pertinentes foram colocadas a partir do texto do Paulo, como a discursão sobre o mito uma forma de percepção e concepção do mundo usada por vários povos ao longo da história ficando mais conhecidas no ocidente a mitologia grega e romana, e como o mito pode oferecer diversas leituras diferentes, e usando uma dessas leituras que o mito exposto proporcionou, usou-se a metáfora da coruja de minerva para perceber-se o que é o ato de filosofar, que assim como a coruja que levanta voo somente ao entardecer, filosofar se propõe a questionar, indagar e pensar sobre acontecimentos que já foram expostos e já aconteceram, e para isso precisa-se descontruir uma visão unidirecional, assim como a coruja, que gira a cabeça quase que completamente para que esta veja todos o lados, ou seja todas as possibilidade de visão.

No encontro seguinte, percorreu-se brevemente sobre a história da filosofia grega, começando a abordagens com os sofistas (pensadores do século V a.C repassavam conhecimento de uma forma itinerantes e seus ensinamentos iam desde física e matemática até artes e filosofia em si e possuíam uma grande domínio da retórica) avançando para algumas características do Sócrates destacando a maiêutica que era a pratica de convidar as pessoas ao seu redor a pensar junto, a interagir e ajudar a construir um pensamento critico; finalizou com algumas considerações a respeito da filosofia platônica e sua contribuição na concepção acadêmica difundida até os atuais dias.

Posteriormente as aulas seguiram com base na abordagem feita a partir dos textos propostos na primeira unidade do cronograma, o primeiro deles a ser trabalhado foi: “Filosofia: O Homem no Caminho da Verdade”. A ideia central do texto é colocar uma perspectiva ou vertente filosófica em que considera a filosofia como caminho para obtenção de uma vivência mais plena da vida, pois possibilita uma “transcendência”, pois o Ser ganha a autonomia de construir seus próprios saberes e entendimentos. O autor compara à alegoria da caverna de Platão a atitude filosófica -deve-se sair da caverna em que só enxerga-se uma realidade projetada, uma realidade de sombras, para descobrir a verdadeira realidade fora da caverna- por fim, o autor fecha a reflexão colocando a filosofia como atividade indispensável que visa “captar a coisa em si” e a “estrutura oculta da coisa”. Esse texto nos apresenta uma visão da filosofia, salvadora que se pretende a colocar o Ser (e aqui se coloca o Ser como objeto principal do pensamento filosófico) em um nível de pensamento e conhecimento transcendente e de vivência plena (o autor exemplifica a arte e a região como meio de alcançar essa plenitude). Entretanto, deve-se considerar que a filosofia não tem pretensão de estabelecer verdades e sim descontruir e questionar “verdades”, e menos ainda de exercer funções especificas, ela, por exemplo, pode buscar entender o Ser dentro de suas múltiplas possibilidades, mas talvez não possa dizer exatamente o que é o Ser. Portanto, pensar essas relações é perceber a filosofia como geradora de conflitos, perturbações, inquietações que não necessariamente irão levar a uma plenitude uma harmonia de vivências. O autor coloca que uma das premissas para filosofarmos é sair do campo do dogmatismo, mas até que ponto o texto não está sendo dogmático, já que coloca de lado outras possibilidades de filosofia que não essa romantizada e com pretensões de salvação?

Os textos seguintes do Ronald Corbisier reforçam as ideias substanciais da fazer filosofia. Em “Homem: Ser que Pergunta” Roland coloca que o homem sente a necessidade do indagar pois precisa conhecer para sobreviver, para conviver com as coisas com os outros, precisa de orientar no mundo e precisa usar esse conhecimento para transformar sua própria natureza. No texto “O ingresso na Filosofia” o autor coloca que a filosofia não é uma ressinto isolado, e que não se está apartado da filosofia tampouco; nunca está fora da história, também nunca se está fora da filosofia. Deve-se, portanto desalienar, reconhecer as ignorâncias para assim imergir nas indagações.

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