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Idéias de filósofos sobre a alma

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Por:   •  1/9/2014  •  Artigo  •  488 Palavras (2 Páginas)  •  352 Visualizações

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A partir do estudo da alma do homem filósofo Sócrates aponta a importância do filósofo na cidade e que ele é capaz de livrar a cidade das calamidades. O filósofo possui o saber real porque sua alma passou pelos degraus e atingiu o cume do saber.

Na obra o Fédon, Platão expõe as suas ideias sobre a alma. A alma não se limita a ser entendida como o princípio da vida, mas é também vista como o princípio de conhecimento. A alma é uma substancia independente do corpo, é eterna, unindo-se a ele de forma temporária e acidental

. A estrutura da alma é idêntica à da cidade. Na alma têm-se as três faculdades: racional, concupiscível e irascível. Se faculdade racional impera sobre as outras duas, o homem é justo. Se a justiça é uma virtude, no homem justo a justiça é dada pela harmonia entre razão, ímpeto e coragem, sendo que a razão predomina e o homem justo mantém o controle de si mesmo, realizando dentro da cidade a função que lhe cabe por natureza, sem interferir no que não lhe diz respeito. A justiça consiste no exato cumprimento por todos de seus papeis sociais

Para reconciliar ambas as teorias, Platão mostrou-nos que todos nós estamos sempre em contato com duas realidades: uma inteligível e outra sensível. A primeira é permanente, universal, nunca se modifica, é o mundo das idéias. A segunda é o mundo que percebemos por nossos sentidos, mutável e contingente, o mundo sensível. Platão demonstra que o mundo tem uma forma apriori, uma estrutura inteligível. “Através dos diálogos, Platão vai caracterizando essas causas inteligíveis dos objetos físicos que ele chama de idéias ou formas. Elas seriam incorpóreas e invisíveis – o que significa dizer justamente que não está na matéria a razão de sua inteligibilidade. Seriam reais, eternas e sempre idênticas a si mesmo, escapando a corrosão do tempo, que torna perecíveis os objetos físicos. Merecem por isso mesmo, o qualificativo de ‘divinas’ (…). Perfeitas e imutáveis, as idéias constituiriam os modelos ou paradigmas dos quais as coisas materiais seriam apenas cópias imperfeitas e transitórias. Seriam, pois, tipos ideais, a transcender o plano mutável dos objetos físicos.” (Pessanha, 1987, XVI-II).

A teoria das idéias de Platão está diretamente ligada a sua teoria da alma. Na parte IV do seu livro “República” Platão concebe o homem como corpo e alma. Enquanto o corpo modifica-se e envelhece, a alma é imutável, eterna e divina. A alma inteligente preso ao corpo um dia foi livre e contemplou o mundo das idéias, mas as esqueceu. É somente através da busca do conhecimento, através de um processo de recordação, de reminiscência o homem pode lembrar-se das idéias que um dia contemplou. A realidade sem forma, sem cor, impalpável só pode ser contemplada pela inteligência, que é o guia da alma

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