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Iluminismo E David Humer

Artigo: Iluminismo E David Humer. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/3/2014  •  1.330 Palavras (6 Páginas)  •  481 Visualizações

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1. ILUMINISMO

No século XVIII, um grupo de pensadores começou a se mobilizar em torno da defesa de ideias que pautavam a renovação de práticas e instituições vigentes em toda Europa. Levantando questões filosóficas que pensavam a condição e a felicidade do homem, o movimento iluminista atacou sistematicamente tudo aquilo que era considerado contrário à busca da felicidade, da justiça e da igualdade.

Dessa maneira, os iluministas preocuparam-se em denunciar a injustiça, a dominação religiosa, o estado absolutista e os privilégios enquanto vícios de uma sociedade que, cada vez mais, afastava os homens do seu “direito natural” à felicidade. Segunda a visão desses pensadores, sociedades que não se organizam em torno da melhoria das condições de seus indivíduos concebem uma realidade incapaz de justificar, por argumentos lógicos, sua própria existência.

Por isso, o pensamento iluminista elege a “razão” como o grande instrumento de reflexão capaz de melhorar e empreender instituições mais justas e funcionais. No entanto, se o homem não tem sua liberdade assegurada, a razão acaba sendo tolhida por entraves como o da crença religiosa ou pela imposição de governos que oprimem o indivíduo. A racionalização dos hábitos era uma das grandes ideias defendidas pelo iluminismo.

As instituições religiosas eram sistematicamente atacadas por esses pensadores. A intromissão da Igreja nos assuntos econômicos e políticos era um tipo de hábito nocivo ao desenvolvimento e ao progresso da sociedade. Até mesmo o pensamento dogmático religioso era colocado como uma barreira entre Deus e o homem. O pensamento iluminista acreditava que a natureza divina estava presente no próprio indivíduo e, por isso, a razão e o experimento eram meios seguros de compreensão da essência divina.

Inspirados pelas leis fixadas nas ciências naturais, os iluministas também defendiam a existência de verdades absolutas. O homem, em seu estado originário, possuía um conjunto de valores que fazia dele naturalmente afeito à bondade e igualdade. Seriam as falhas cometidas no desenvolvimento das sociedades que teria afastado o indivíduo destas suas características originais. Por isso, instituições políticas preocupadas com a liberdade deveriam dar lugar às injustiças promovidas pelo Estado Absolutista.

2. BIOGRAFIA DAVID HUMER

Historiador, economista e filósofo escocês, nascido nas proximidades de Edimburgo, um dos maiores expoentes da filosofia moderna, com pensamento baseado no ceticismo positivo, considerado o fundador da escola cética ou agnóstica de filosofia, o Empirismo, cujo princípio básico é evitar toda hipótese não comprovável experimentalmente.

Filho de pequenos agricultores, Joseph Hume e Katherine Falconer, de acordo com o sistema de primogenitura o filho mais velho herdou às propriedades da família e ele, de acordo com as expectativas de sua família, deveria seguir a tradicional carreira de advogado. Freqüentou a Universidade Edimburgo (1724-1726) e por achar advocacia muito chata, dedicou-se entusiasticamente ao estudo de literatura e filosofia, enquanto trabalhava como comerciante. Em busca de aprofundar esses conhecimentos, estudou na França (1734-1737) e lá escreveu seu primeiro livro, A Treatise of Human Nature, que publicou após voltar para seu país (1739) e que o decepcionou com a fraca recepção. Porém seu novo livro foi sucesso imediato. Essays, Moral and Political (1741-1742) deu-lhe crescente prestígio e no final daquela década trabalhou como secretário do General James St. Clair em missões militares na Britânia, Viena e Turim.

Ainda em Edimburgo (1751) foi nomeado guardião da biblioteca da Faculty of Advocates in Edinburgh. Com a publicação de Political Discourses (1752), começou a ser internacionalmente conhecido. Serviu por alguns anos como secretário de governo e então entrou para o serviço diplomático (1763) quando foi nomeado embaixador em Paris (1763-1766). Fez várias viagens ao interior da França, aos Países Baixos, a Alemanha e a Itália, países em que entrou em contato com os principais intelectuais europeus, entre eles o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau.

De volta a Inglaterra, ainda esteve em Londres trabalhando por um tempo como secretário de estado (1766-1769) e, então, aposentou-se (1769), retirando-se definitivamente para Edimburgo, para ir viver com a irmã.

Durante os últimos anos de vida entregou-se a revisão de sua obra e a redação de vários textos que apareceriam postumamente, entre eles uma autobiografia (1777).

Solteiro convicto morreu no dia 25 de agosto de 1776 em Edimburgo vitima de um incurável câncer de estômago, sem deixar filhos.

2.1 FILOSOFIA

Hume era empirista, ou seja, acreditava que todo conhecimento provém da experiência. Mas, diferente de Locke, para quem a mente do homem, ao nascer, era uma "folha em branco" a ser preenchida pela experiência sensível, Hume era também cético a respeito de uma fundamentação para o que aprendemos com base na experiência.

Para Hume, tudo aquilo que podemos vir a conhecer tem origem em duas fontes diferentes da percepção: impressões e ideias. De acordo com o filósofo, as ideias são menos vívidas que as impressões e, por isso, são secundárias: "(...) todas as nossas ideias ou percepções mais fracas são cópias de nossas impressões, ou percepções mais vivas."

Por isso, a experiência seria a base de todo conhecimento, que podemos chamar de raciocínio sobre questões de fato. Enquanto que o segundo modo dos objetos externos se apresentarem à razão é chamado relação de ideias.

As ideias, por sua vez, se relacionam umas com as outras de três modos:

• Por semelhança (uma fotografia que nos leva a ter a ideia do fato original);

• Por contiguidade de tempo e lugar (o dizer algo a respeito de um cômodo de uma casa me leva a perguntar

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