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Introdução é Filosofia

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Por:   •  20/3/2014  •  3.040 Palavras (13 Páginas)  •  458 Visualizações

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Aula 1: O que é a Filosofia?

Podemos dizer que a filosofia surge quando os seres humanos começam a exigir provas e justificações racionais que validem ou invalidem as crenças cotidianas. Por que racionais? Em primeiro lugar, porque racional significa argumentado, debatido e compreendido; em segundo lugar, porque racional significa que, ao argumentar, e debater, queremos conhecer as condições e os pressupostos de nossos pensamentos e os dos outros e; em terceiro lugar, porque racional significa respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um debate tenham sentido, chegando a conclusões que podem ser compreendidas, discutidas, aceitas e respeitadas por outros.

A primeira característica desta atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não aos “pré-conceitos”, aos “pré-juízos”, aos fatos e às ideias das experiências cotidianas, ao que “todo mundo diz e pensa”, ao estabelecido. A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que das coisas, as ideias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também uma interrogação sobre o porquê e o como disso tudo e de nós próprios. “O que é?”, “Por que é?”, “Como é?”. A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o que chamamos de atitude crítica. Por que “crítica”? A palavra crítica vem do grego e possui três sentidos principais: 1) capacidade para julgar, discernir e decidir corretamente; 2) exame racional de todas as coisas sem preconceito e sem prejulgamento; 3) atividade de examinar e avaliar detalhadamente uma ideia, um valor um costume, um comportamento, uma obra artística ou científica. A atitude filosófica é uma atitude crítica a qual, como se observa, é inseparável da noção de racional, que vimos acima.

Considerando estas características gerais da filosofia, podemos perceber que muitas características que são atribuídas à prática científica são, na verdade, características filosóficas. A busca pela verdade, pensamento racional, procedimentos especiais para conhecer fatos, aplicação prática de conhecimentos teóricos, correção e acúmulo de saberes: esses objetivos e propósitos das ciências não são científicos, são filosóficos e dependem de questões filosóficas.

QUESTÔES

1- O que quer dizer a palavra crítica?

2- Quais são as três principais perguntas que caracterizam a atitude filosófica?

3- Por que a atitude filosófica é racional?

Aula 2: O que é filosofar?

Se deixarmos um pouco de lado os objetos com os quais a filosofia se ocupa, veremos que a atitude filosófica possui algumas características que são as mesmas, independentemente do conteúdo investigado. Essas características são:

• Perguntar o que é (uma coisa, um valor, uma ideia, um comportamento) – a filosofia pergunta qual é a realidade e qual é a significação de algo, não importa qual;

• Perguntar como é (uma coisa, uma ideia, um valor, um comportamento) – a filosofia indaga como é a estrutura ou o sistema de relações que constitui a realidade de algo;

• Perguntar por que é (uma coisa, uma ideia, uma valor, um comportamento) – por que algo existe, qual é a origem ou a causa de alguma coisa, de uma ideia, de um valor, de um comportamento.

A atitude filosófica inicia-se dirigindo essas indagações ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com ele. Pouco a pouco, descobre que essas questões pressupõem a figura daquele que interroga e que elas exigem que seja explicada a tendência do ser humano de interrogar o mundo e a si mesmo com o desejo de conhecê-lo e conhecer-se. Em outras palavras, a filosofia compreende que precisa pensar sobre nossa capacidade de pensar. Por isso, pouca a pouco, as perguntas da filosofia se dirigem ao próprio pensamento: “O que é pensar?”, “Como é pensar?”, “Por que há o pensar?”. A filosofia torna-se, então, o pensamento interrogando-se a si mesmo.

Chamamos este movimento de retorno da atitude filosófica ao próprio pensamento de reflexão filosófica. A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensado. É o pensamento interrogando-se a si mesmo ou pensando-se a si mesmo. A reflexão filosófica é radical, pois vai à raiz do pensamento.

Não somos, porém, somente seres pensantes. Somos também seres que agem no mundo, que se relacionam com outros seres humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e exprimimos essas relações tanto por meio de linguagem e dos gestos como por meio de ações, comportamentos e condutas. A reflexão filosófica também se volta para compreender o que se passa em nós nessas relações que mantemos com a realidade circundante, para o que dizemos e para as ações que realizamos. Organiza-se em torno de trás grandes conjuntos de questões:

1- Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? Isto é, quais são os motivos, as razões, e as causas para pensarmos o que pensamos, dizermos o que dizemos e fazermos o que fazemos?

2- O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? Isto é, qual é o conteúdo ou o sentido do que pensamos, dizemos e fazemos?

3- Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? Isto é, qual é a intenção ou a finalidade do que pensamos, dizemos e fazemos?

Essas três questões têm como objetos de indagação o pensamento, a linguagem, e a ação e podem ser resumidas em “O que é pensar?”, “O que é falar?” e “O que á agir?”.

QUESTÕES

1- O que é e como é a reflexão filosófica?

2- Quais são os três conjuntos de questões que organizam a reflexão filosófica?

Aula 3: Nascimento da filosofia – mito e filosofia

Ordem e desordem fazem parte da formação do senso comum e dos processos da razão e, a partir desses conceitos, tratemos de efetuar uma avaliação social e histórica.

Vivemos inseridos em certas ordens ou organizações (sociais, políticas, religiosas, econômicas), as quais não dependem de nossa escolha. Pensemos, pode ser que não exista desordem, mas ordens diferentes daquela que costumamos pensar que seja a ordem verdadeira, uma razão que nunca muda.

É certo que as tradições,

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