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Kant - A ética Da Subjetividade

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Por:   •  18/9/2014  •  1.474 Palavras (6 Páginas)  •  3.287 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Immanuel Kant foi um filósofo que revolucionou a história da ética , por um lado , ele que viveu no século das luzes , representa um movimento que remonta ao fim da Idade Média , segundo o qual a ética consiste no equilíbrio entre a lei e a liberdade e não mais na religião , por outro lado , ele é a referência de grande parte das teorias éticas posteriores .

Kant assim como Aristóteles , também analisa a razão sob o ponto de vista teórico e prático , porém , o objetivo principal da ética kantiana é mostrar que existe uma razão pura prática capaz , por si só , de determinar a vontade sem recorrer à sensibilidade e à experiência , ela é a priori , ou seja , independente de qualquer experiência sensível , não é necessário experimentar para saber se determinada ação é ética . Portanto , Kant rompe com a razão empírica condicionada pela experiência , como pensavam os filósofos gregos e medievais.

Para entendermos a proposta kantiana é necessário analisar, primeiramente, a distinção que ele faz entre o mundo sensível e inteligível. O primeiro é o mundo da sensibilidade e da experiência , enquanto o segundo é o da liberdade , independente de causas empíricas. Após isto , iremos fazer a relação dos dois mundos com o homem , mostrando que ele vive nos dois mundos é isso gera um conflito.

Então , mostremos no desenvolvimento do trabalho a questão do dever moral e a relação entre vontade , razão e liberdade . A partir disso iremos desenvolver a ética do imperativo categórico.

2. ELEMENTOS BÁSICOS DA ÉTICA KANTIANA

De acordo com Kant , o homem é um ser finito , vive tanto no mundo sensível quando no mundo inteligível. Ele é ao mesmo tempo , sensibilidade e racionalidade. Essa dupla vivencia gera um conflito que e denominado por Kant de mal radical , que é exatamente o conflito entre a lei do dever moral e a do prazer e da satisfação do sensível , ou seja , entre a causalidade física e a causalidade livre.

Sendo assim , o homem pode seguir seus impulsos naturais ou os apelos da racionalidade , nesta possibilidade de escolha consiste sua liberdade , que faz dele um ser moral quando se submete a causalidade da liberdade. A ética kantiana gira em torno da vontade que submete sua liberdade ao império da razão e essa vontade articula-se juntamente com o dever. A boa vontade e toda a moral consiste no cumprimento do dever moral , a decisão da razão e da vontade de cumprir o dever moral exclusivamente por dever.

Além da vontade , outro elemento básico da ética kantiana é a liberdade . A razão , a vontade e a liberdade formam o campo onde se processa , cresce e amadurece a ética proposta por Kant. Esta se situa na passagem do homem sensível , limitado as morais subjetivas , ao homem inteligível que cumpre a lei moral e universal . Sendo neste caminho que se desenvolve a ética do imperativo categórico.

3. PRINCÍPIOS DA MORALIDADE

Segundo Kant , existem dois princípios da moralidade , os princípios imperativos e o práticos. Estes são regras que o sujeito considera como válida apenas para sua própria vontade. O indivíduo formula para si mesmo e não se aplicam para todos os homens , por exemplo , um indivíduo pode dar-se a regra de processar sempre a quem o ofender, esta vale somente para ele.

Ao contrário , os princípios imperativos são regras válidas para todo ser racional , todo imperativo se exprime pelo verbo dever , são princípios objetivos e são de duas ordens.

Os hipotéticos ou condicionais , que são condições para se chagar a um determinado fim , por exemplo , “se queres ser advogado , deves estudar as leis “ , “se queres ser rico , deves trabalhar muito”. Esses imperativos propõe uma meta que será alcançada mediante correspondente ação do sujeito que cumpre as condições. Segundo Kant , a ética greco-cristã é desse tipo.

Diferentemente dos hipotéticos , existem os imperativos categóricos ou absolutos , estes não visam obter finalidade práticas, mas simplesmente determinam a vontade a cumprir a lei moral , cumprir o dever pelo dever . Ela é representada como boa em si e não como meio para qualquer outra coisa. Somente estes são imperativos absolutos e universais. De acordo com Kant :

É preciso que a norma da razão só tenha que pressupor a si mesma , porque a norma só é objetiva e universalmente válida quando se aplica independentemente de qualquer condição subjetiva que possa encontrar-se num ser nacional mas não em outro.(KANT apud PEGORARO,2006,p.105).

A lei moral ou imperativo categórico não tem conteúdo empírico , pois é anterior a qualquer experiência. Isto é , ao contrario das doutrinas antigas que a lei era material , ou seja , prescrevia conteúdos e obrigava alguém a seguir tal lei , através de promessas , recompensas ou punições. A lei moral é um imperativo vazio de conteúdo material , é desligado de qualquer vínculo com a realidade.

4. IMPERATIVO CATEGÓRICO

O imperativo categórico é enunciado com três diferentes fórmulas , são elas

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