Loja Maçônica Nova Esperança de Campo Grande
Por: VALBGALD • 2/2/2025 • Projeto de pesquisa • 1.388 Palavras (6 Páginas) • 14 Visualizações
[pic 1][pic 2]Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro
Loja Maçônica Nova Esperança de Campo Grande Nº 64
À Glória do Grande Arquiteto do Universo
Trabalho da Primeira Instrução de Companheiro Maçom.
C∴ M∴ Valber Galdino de Oliveira ∴
Venerável Mestre, Irmão Primeiro Vigilante, Irmão Segundo Vigilante, meus Respeitáveis Irmãos;
Agora que terminado o período de estágio, com meus últimos trabalhos realizados como Aprendiz Maçom e meu juramento renovado, trago comigo o conhecimento basilar do Construtor Social do primeiro grau, acompanhado da régua de 24 polegadas, que nesse período me orientou na organização com o tempo a despender na divisão das horas do dia para a meditação, trabalho, descanso físico e espiritual afim de manter em ordem nossos pensamentos e a direção certa de nossas atitudes.
Após o desbaste incansável da Pedra Bruta, ainda sigo com a orientação dos meus Irmãos Mestres, sendo elevado a Companheiro Maçom, buscando aprimorar com essas novas ferramentas, as técnicas do saber baseado na Ciência, para seguir agora com o polimento (a elevação espiritual), que é o fino acabamento necessário a embelezar a Pedra Cúbica do meu eu. Já podendo caminhar sozinho, entrando numa fase equiparada a adolescência, entre o nascer e morrer, tendo como mesmo objetivo a busca incessante pela verdade, do conhecimento e aperfeiçoamento moral. Buscando evoluir mais no dia a dia, continuo em curtos passos, como na marcha do primeiro grau, mantendo a retidão moral necessária ao Maçom, onde agora me é permitido, e incentivado a ampliar os pensamentos e reflexões no segundo grau simbólico.
Completando essa Marcha com mais dois passos, já transformando para o grau de Companheiro, seguindo com um passo à direita, indo no sentido da Beleza, mostra que o caminho do Companheiro passa a ser diferente, a instrução dita sobre o novo rumo a seguir pela Coluna do Sul, recebendo um pouco mais de luz, segue buscando o conhecimento um pouco além das linhas da prudência, para aprimorar o saber na Arte Real. Logo em seguida, retornando à posição inicial de retidão desse caminhar, seguindo em frente, em busca da luz da sabedoria, da evolução espiritual, que pelo discernimento voluntário, deve ser o sentido seguido pelo bom Obreiro, completando assim os cinco passos da marcha do grau. Cinco também é a idade do Companheiro Maçom, composto pela ternário e o dual binário, esse número está presente também, nas Pancadas, na Bateria, no Toque com seus cinco pontos de contato para o reconhecimento mútuo entre os Irmãos, sempre respeitando o quinário do grau.
Continuando pela instrução, recebi a Palavra de Passe, que significa Fartura e Abundância, que em breve busca, conforme a literatura apresentada, tem origem nas escrituras sagradas pelo velho testamento pelo livro de Juízes 12 1-15. Conta a história, que desde a época em que o exército dos efraimitas atravessou o Rio Jordão para combater Jefté, um famoso Guerreiro gileadita. Que pela dificuldade que o povo de Efraim tinha com a pronúncia da palavra, distinguindo pelo sotaque o povo Israelita do povo Efrain, essa foi utilizada para barrar a investida dos efraimitas, contra as terras israelitas. Esses inimigos sempre que indagados, pronunciavam essa palavra de forma errada, sendo assim capturados, presos e em seguida degolados. Também temos Palavra Sagrada que deriva da Coluna do Sul, que significa Estabilidade e Firmeza.
No ato da Elevação passamos por cinco viagens simbólicas, que representam cada um dos cinco anos, que em tempos mais remotos, era o tempo que o Aprendiz operativo levava para ser elevado ao grau de Companheiro.
A primeira viagem, representa o primeiro ano do Obreiro neste ofício, mantendo e transportando consigo o Maço e o Cinzel no perpétuo trabalho de desbaste da sua Pedra Bruta. O Maço simboliza força e vontade para a execução dessa lapidação moral. O Cinzel tem a função do refino de caráter, educando e dando a perfeição e elegância a alma, gerando uma condição, que naturalmente afasta de si os vícios, erros e as asperezas que por vezes se adquire na vida profana. Esta condição lógica e sábia só é possível com muito estudo, com a apuração dos nossos cinco sentidos, com intuito de melhor entender o mundo exterior, no desenvolvimento de nossas faculdades intelectuais e morais, aflorando assim o instinto da reflexão e dos pensamentos enquanto trabalha em seu aprimoramento pessoal.
Na segunda viagem simbólica, munido da Régua de 24 Polegadas e do Compasso, representando também respectivamente, a consciência que mede e alinha as ações e a razão indispensável na mensuração do mal e do bem, fomos chamados a medir os valores da retidão e da moral. Atravessa-se o segundo ano de trabalho do Obreiro, tem como principal foco a Ciência, nas Artes e nas Profissões Liberais. Estas com o passar do tempo, foi deixando um legado de grandiosas obras, seja nas construções, na literatura, na música, nas pesquisas, nas obras de arte, que hoje nos auxiliam e nos inspiram, na educação, no desenvolvimento do indivíduo e da sociedade através dos tempos. Em particular deve o Maçom instrumentalizar e canalizar esse legado através do estudo, com o propósito de elevar a construção do seu Templo Interior.
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