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O Cristianismo E A Filosofia

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Por:   •  30/5/2014  •  652 Palavras (3 Páginas)  •  516 Visualizações

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O Cristianismo e a Filosofia

A filosofia que se produziu durante toda a Idade Média está intimamente ligada, em suas origens à expansão do cristianismo. Os maiores representantes do pensamento medieval foram cristãos fervorosos que, diante da nova realidade que se delineou ao final da antiguidade, procuraram conciliar os métodos filosóficos dos gregos aos ensinamentos da fé cristã, para refletir sobre o mundo e o ser humano dentro de uma perspectiva Teocêntrica.

Houve dois motivos que levaram os pregadores cristãos a retomar a filosofia grega para investigar o cristianismo. O primeiro motivo está diretamente relacionado à expansão da fé, a Evangelização. Em regiões onde prevaleciam crenças politeístas, era preciso utilizar-se de outros meios para pregar. O pensamento grego havia se espalhado por uma vasta região, a partir do domínio macedônio, penetração que se tornou ainda maior com a expansão romana. Alguns pensadores procuraram formular os ensinamentos de sua religião em termos filosóficos, a fim de que outros povos pudessem compreendê-los e, persuadidos, converteram-se ao cristianismo.

O segundo motivo pelo qual o cristianismo rapidamente se associou à filosofia foi a necessidade de organizar os ensinamentos cristãos, de reunir os fatos e conceitos cristãos sob a forma de uma nova doutrina e elaborar uma teologia rigorosa que explicasse os motivos por que Deus se mostrou aos homens através de Jesus de Nazaré. A filosofia grega, mais uma vez, foi o instrumento escolhido para esse empreendimento, pois apresenta um método de pensamento consistente, que permite investigar a fundo o espírito humano (a Inteligência, os sentimentos e a vontade) e a realidade exterior ao homem (o universo, os seres da natureza, os objetos).

Assim, a filosofia dos primeiros séculos da Idade Média é quase inseparável da teologia. Os primeiros pensadores desse período que podem ser considerados filósofos foram homens eruditos que abraçaram o cristianismo de maneira apaixonada, que dedicaram todas as suas energias à experiência da fé. Esses homens são chamados de Padres da Igreja e, por isso, a filosofia que eles formularam é denominada Patrística. Verdadeiros mestres da religião, seu papel na história do cristianismo foi crucial para a consolidação da doutrina que sobrevive até nossos dias. Muitos deles foram posteriormente considerados santos, o que, segundo a doutrina cristã, significa que eles são dignos de reconhecimento por parte de Deus. De origem latina, a palavra santo quer dizer literalmente “separado para Deus, consagrado”. A filosofia medieval caracteriza-se, principalmente, por tentar responder a uma grande questão: o conflito entre a fé e a razão. A filosofia grega da Antiguidade nascera para atender às necessidades de compreender a origem de todas as coisas e a conduta do homem na vida em sociedade, usando como ferramenta principal a razão, e deixando em segundo plano as explicações míticas e religiosas. Na Idade Média, por outro lado, o cristianismo procura afirmar-se como revelação e caminho para a verdade, por meio da fé. À medida que a religião cristã ampliou sua influência entre diferentes povos, ganhando cada vez mais importância social e política, os pensadores tiveram que elaborar soluções para o embate entre os dois modos de ver o mundo e o homem: as explicações religiosas de um

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