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O Epicuro - Carta a Meneceu

Por:   •  7/4/2021  •  Resenha  •  671 Palavras (3 Páginas)  •  296 Visualizações

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Aluno: Antonio Morabito

Analisamos a “Carta a Meneceu” escrita por Epicuro filosofo Helenista. Com essa leitura, necessária, Epicuro nos convida a encontrar ou descobrir a felicidade nos atos diários. Epicuro fundou o Epicurismo, vivendo com os seus discípulos uma vida simples ligada aos prazeres quotidianos. Os filosofos helenista se destacam dos filósofos precedentes do período clássico, apresentam uma alternativa a busca da felicidade para aqueles que ficaram decepcionados com o projeto da polis de Platão e Aristóteles, uma felicidade não ligada a esfera comunitária, mas ao campo pessoal não dependendo de uma estrutura política.

Porque escrever uma carta? Escrevemos uma carta para informar de um fato ou para parabenizar ou saber como a pessoa está. Escrevemos uma carta para os nossos amigos desejando a eles Paz, Amor, Sorte Felicidade, Saúde. Estamos desejando para os nossos amigos uma ausência daquilo que eles não têm. Então desejamos para eles o que estão precisando para ser felizes ou tentar de ser felizes. É nesta vontade de indicar as escolhas certas, para ser feliz, que Epicuro escreve a carta para o seu discípulo Meneceu. O que contem essa carta? A carta consiste em 10 partes, cada parte ocupa-se de explicar de forma sucinta como lidar com os nossos desejos e medos, como ter uma vida virtuosa no mundo natural, corpóreo. Para Epicuro todos tem que se dedicar a filosofia “porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito.”. Empurra para cuidar da felicidade, porque com ela temos tudo, sem não temos a felicidade, teremos que encontrá-la. Sobre os Deuses Epicuro sugere que os Deuses existem e são imortais, o que não existe é a imagem que a maioria das pessoas tem deles, temem os Deuses e atribuem peculiaridades que não lhes pertencem. As coisas acontecem ou por acaso ou por necessidade ou por vontade nossa, que é uma dimensão de liberdade. Escreve sobre a morte;” A morte é um nada para nós que vivemos da sensação do bem e do mal, porque depois da morte não haverá mais sensações.”. Pois bem, é sem sentido ter medo da morte ao mesmo tempo que esperamos a morte, enquanto ela não está presente. Temos desejos naturais e outros desejos inúteis; só o conhecimento dos desejos ajudará a escolha certa para a saúde do corpo e a serenidade do espírito, para uma vida feliz e afastar de nós a dor e o medo, considera Epicuro;” Uma vez que tenhamos atingido esse estado, toda a tempestade da alma se aplaca,”. A característica principal do Epicurismo é o Hedonismo; a procura dos prazeres, relacionados aos prazeres que não ocasionam sofrimentos. O Hedonismo moderno é bem diferente do que o Epicuro afirma na carta “É por essa razão que afirmamos que o prazer é o início e o fim de uma vida feliz. “. Quando se indica o prazer como fim último, não se entende com isso os prazeres dos excessos e da intemperança, mas o prazer, moderado, que causa a ausência de sofrimento e do mal-estar da alma. Ao falar sobre a dor ele explica; a dor é um mal, mas nem todas devem ser evitadas, devemos considerar os prazeres e as dores e avaliar os benefícios e os danos. Em algum momento utilizamos o bem como um mal em outras um mal como um bem. Encoraja a se habituar as coisas simples, isso não só é conveniente para a saúde como ajuda a enfrentar as adversidades da vida. Enfim; existe alguém mais feliz do que o homem sábio, que respeita os deuses, não pensa na morte, que a existência está nas coisas simples, aceita o destino como uma necessidade inelutável. Conclui Epicuro; “na prática, é melhor que um bom projeto não chegue a bom termo, do que chegue a ter êxito um projeto mau.”. É interessante notar como Epicuro vislumbra conceitos moderno; a procura por uma vida sustentável; a capacidade de promover livre escolhas; a distinção e uso do bem e do mal; à visão de uma vida simples, escolha que será abraçada das ordens monásticas.

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