O Fundados da Filosofia Moderna
Por: ludysnunes • 31/10/2017 • Trabalho acadêmico • 775 Palavras (4 Páginas) • 199 Visualizações
Nome: Ludimyla Soares Nunes Curso:Direito
Descartes:
“O Fundados da Filosofia Moderna”
Nascido de família nobre, Descartes demonstra uma constante insatisfação com as lacunas de sua formação, e embora tenha estudado numa das universidades mais célebres, sente que sua serventia foi apenas a da descoberta de sua ignorância.
Abalado pelo esgotamento dos assuntos da filosofia, e embora reconheça o brilhantismo dos filósofos passados, afirma que não há nada que seja absoluto ou que não possa ser discutido, pois possuía severas críticas à filosofia tradicional e mais ainda sobre a lógica, e com a expansão da filosofia e da ciência, sentia falta de um método que fosse realmente eficaz na busca de conquistar a verdade e não apenas de expô-la.
Com grande entusiasmo pelo saber matemático, Descartes critica o fato deste não se sustentar em uma clara orientação metodológica, e com o propósito de dar vida a uma matemática universal, aplicando álgebra à geometria, tornou a matemática mais clara e pura em seus princípios e procedimentos.
Buscando sempre um novo método para o desenvolvimento do conhecimento, Descartes acredita numa reforma nos fundamentos do saber, pois para ele, embora fosse bastante sólida a certeza no poder racional do homem, ainda havia muita incerteza sobre o caminho a se tomar com esse poder racional. E é devida a essa incerteza que ele acredita na criação de novos princípios que proporcionassem a criação desse método universal.
Para chegar a esse método, Descartes estabelece quatro regras fáceis que, aplicadas de forma correta, levam ao conhecimento verdadeiro. A primeira regra é a “Evidência”, um princípio fundamental firmado na clareza e que surge como um sinal das verdadeiras coisas. A função das outras regras é chegar a uma evidência, portanto, esta seria a primeira e última regra. A segunda rega é a “Análise”, que consiste num método analítico de divisão do complexo para o menos complexo, dividindo as dificuldades em quantas etapas forem necessárias para poder resolvê-las. A terceira regra é a “Síntese”, na qual o pensamento é conduzido por ordem, começando pelos mais simples e pouco a pouco subindo aos mais complexos até obter um raciocínio em cadeia coerente. A quarta regra é o “Controle”, que garante que tudo seja feito em enumerações completas e revisões gerais, para ter certeza de nada omitir.
Estabelecidas estas regras, era preciso justificá-las como um modelo de saber universal, seu fundamento, e evidência de sua serventia. Para responder estas perguntas Descartes aplica suas regras ao saber tradicional, estabelecendo que em seu método a dúvida deve levar a verdade. Porém, ele parte sempre de uma verdade absoluta, a “penso logo existo”, pois ainda que acreditasse que tudo era falso, julgou essa verdade como o princípio da filosofia que procurava, pois seria uma verdade absoluta sem qualquer mediação, por tratar-se de uma certeza intuitiva e clara: a de que o homem é uma realidade pensante. Tornando essa sua certeza inabalável. A partir dessa certeza, Descartes fundamenta suas regras na clareza e na distinção, estabelecendo a filosofia como uma doutrina do conhecimento, na qual o centro de produção de provas é o sujeito humano e a consciência racional, dando ao conhecimento uma humanização radical. Essa primeira certeza fundamental, que seria o pensamento (cogito) é não só uma das verdades que se consegue por meio da aplicação de suas regras, mas também a verdade que fundamenta essa aplicação, pois ela dá transparência aos resultados, e estabelece um parâmetro, de que só se chega a verdade à medida que ela se aproximar de tal evidência, pois ela está fundamentada na razão humana, que pertence a todos os homens.
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