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O Positivismo Na Filosofia

Por:   •  3/6/2020  •  Dissertação  •  589 Palavras (3 Páginas)  •  272 Visualizações

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O positivismo se deriva do iluminismo, tendo em Condorcet sua fonte mais remota. Mas foi com Auguste Comte que se tornou uma escola filosófica, e em 1830 publica o primeiro volume de sua obra, o Cours de philosophie positive. A época e que o positivismo surgiu foi marcada por uma profunda transformação material e espiritual trazida pela Revolução Industrial, e pelas intensas e significativas transformações recorrentes da Revolução Francesa.

A corrente positivista se fundamenta na busca de explicação geral diante de um fenômeno de industrialização: a crescente especialização. Para Comte, o positivismo era um instrumento para manter plena a perspectiva do geral, da visão macro. A partir dessa visão, fundou a física social, ensaiando o positivismo, com vistas às regras que governam a sucessão e a coexistência de fenômenos. Segundo Comte, a ciência só existiria verdadeiramente no caso de os fenômenos persistirem, a partir da observação das relações e de suas manifestações, antevendo os desdobramentos futuros.

Com tal base teórica e metodológica surgiu a Teoria dos Três Estados, fundamentada em seu método. Ela preconizava que dois elementos se completam para a explicação dos processos: da estética e da dinâmica. A estética representaria a própria estrutura da sociedade, ocupando-se das leis da harmonia social, da hierarquia, das classes e dos indivíduos. Sugere a ideia de ordem, com fatos interdependentes, mas solitários. A dinâmica identificaria a ação humana, se encarregando de conduzir o progresso a níveis mais avançados possíveis, sempre em coesão com os interesses dos impulsos do homem. Sua tarefa seria o domínio absoluto da natureza, de modo que todas as ciências pudessem caminhar irmanadas no sentido das conquistas do bem estar social.

A humanidade, segundo a Lei dos Três Estados, passaria por três estágios ou estados: teológico, metafísico e positivo ou científico. O estagio teológico continha elementos fetichistas, que se manifestavam através de crenças politeístas ou monoteístas, que consequentemente estavam sujeitos a forças aparentemente impossíveis de previsão e domínio. Sua superação seria uma afirmação do indivíduo e das sociedades que se constituíram ao longo do tempo. Não se pode explicar a humanidade pelo homem, mas antes o homem pela humanidade, devido ao caráter coletivo que comanda a humanidade, segundo Comte, sendo uma regra da premissa científica: proceder do geral para o particular.

Um traço expressivo do século XIX quanto às ciências e conhecimento seria a relevância dada às coletividades, devido às massas irromperem na história, através dos movimentos sociais que guardaram um caráter inorgânico.

O componente político do positivismo, que migrou para outras esferas nacionais, como a brasileira, tinha um fundamento autoritário. Devido ao princípio de uma república unitária, em que o primeiro dos cidadãos agiria ditatorialmente, criaram-se interpretações antidemocráticas, substancialmente amparadas em ambientes de forte tradição controladora. Dessa forma, a combinação da leitura positivista na esfera política, em conjunto com valores advindos do jacobismo e nas tradições patrimonialistas, alimentou uma cultura política que subsidiou uma das vertentes de República no princípio do regime republicano brasileiro.

Alguns integrantes do Apostolado Positivista no Brasil

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