O Que é Ciência
Por: Karen_Mileni • 3/8/2019 • Abstract • 1.618 Palavras (7 Páginas) • 117 Visualizações
KAREN MILENI ALVES DOS SANTOS
O QUE É CIÊNCIA?
CARLOS LUNGARZO
UNIFIPA
Centro Universitário Padre Albino – Campus São Francisco
Curso de Administração
Catanduva
2019
O que é Ciência?
A palavra “ciência” é utilizada com múltiplos significados não possuindo uma única explicação. Ela é uma parte da cultura dos povos modernos, como a religião, a arte, a literatura, etc. Uma das explicações frequentemente utilizadas é de que a Ciência é a atividade científica em geral; outras vezes, tem o significado mais específico de conhecimento cientifico; também, é usualmente identificada com o conjunto ou sistema organizado de conhecimento científico.
O conhecimento científico possui uma explicação mais detalhada e crítica, submetido a uma série de testes, análises, controles, etc. É um conhecimento geral e objetivo, organizado dentro de um sistema. Outra forma de conhecimento é o senso comum, que busca explicações nem sempre profundas, por possuir poucos detalhes, ser menos detalhada. É um conhecimento individual e subjetivo, sem organização, composto por um conjunto de conhecimentos avulsos. Sendo assim, a diferença entre o cientista e o não cientista é o processo de obtenção, justificação e transmissão de conhecimento.
A Ciência pode ser considerada como processo de conhecimento e como teoria. Ciência como processo de conhecimento, tem forte relação com métodos e técnicas de descoberta, e com fatores sociais e psicológicos. Ciência como teoria, tem relação mais importante com a estrutura lógica e linguística. A tarefa do cientista exige uma interação com as duas, por estarem intimamente relacionadas. Pra que isso ocorra o cientista recorre aos fatos reais para se equipar com conhecimento. A elaboração desse conhecimento produz teorias que, são submetidas novamente à realidade para se conferir sua validade.
Existem duas formas diferentes de estudos na Ciência. O estudo das Ciências Factuais e das ciências Abstratas. Nas Ciências Factuais/Ciências empíricas que podem ser naturais e humanas, o cientista factual usa, como fonte de conhecimento, dados reais, fatos do mundo físico, biológico, psicológico, social, ou cultural. As Ciências naturais como a Química, física, biologia, sociologia, política, etc. Pesquisam apenas os fenômenos naturais. Já as Ciências humanas, se preocupam com os fatos sociais, psicológicos, etc. Se preocupam com fenômenos e atividades relacionados com o homem, a cultura, a sociedade e os elementos que fazem parte da comunicação. A divisão das Ciências Factuais entre os dois campos está definida pela natureza que umas e outras estudam. Nas Ciências abstratas/Ciências formais (matemática e lógica), são abstratas porque lidam com coisas que não são concretas; trabalham sobre a forma do conhecimento, e não sobre o “conteúdo”. Os objetos com os quais trabalham não são entidades do mundo real, que possamos perceber através dos sentidos. Elas não trabalham com fatos (é por isso que não são factuais) e sim trabalham com ideias.
Uma das diferenças entre a ciência e outras formas de conhecimento é a existência de uma organização lógica entre as afirmações que constituem uma teoria científica, e a possibilidade de justificá-las, ou seja, é a existência de um método científico. A ciência tem um conjunto de procedimentos organizados para obter, compilar, relacionar e testar seus resultados. Ela procura a verdade e tenta organizar essas verdades em sistemas, em conjuntos de afirmações relacionadas.
Mediante a visão clássica, o Método Cientifico tem dois aspectos, aquele mais relevante, a descoberta de fatos “científicos”, e aquele relativo à justificação de teorias científicas. Esses dois aspectos estão relacionados, pois através da descoberta o cientista visa formular leis e organizar leis em teorias e através da justificação pretende ter uma teoria que permita a formulação da lei que elabora racionalmente os dados. As duas áreas não estão isoladas. Quando o cientista começa uma pesquisa empírica na área da descoberta, tem consigo alguns elementos teóricos que lhe foram oferecidos pela tradição científica. Eles podem ser considerados componentes da área de justificação de outras teorias.
Nos métodos de descoberta, o cientista obtém ou “descobre” seus resultados, é a procura de dados. As etapas do método na área da descoberta são, geral incute, observação, registro de dados, medição, comparação de descrições, etc. Tudo isso de forma racional. A observação é o primeiro passo da pesquisa científica que pode ser direta ou indireta, qualitativa ou quantitativa. O cientista faz um “cadastro” com os dados recolhidos. Sistematiza esses dados e tira, mesmo que precariamente, conclusões. Formula o que se chama uma conjectura ou hipótese.
Nos métodos de justificação são utilizadas as hipóteses científicas na qual, o cientista tira conclusões gerais de fatos particulares. O que o cientista precisa justificar, na chamada “área de justificação” da atividade científica, é a aceitação ou rejeição de uma hipótese. Uma hipótese aceita é a hipótese que, seja porque foi fortemente testada, seja porque está apoiada por outras afirmações, tem uma grande chance de ser verdadeira. As hipóteses verdadeiras chamam-se leis cientificas. As leis constituem o “coração” das teorias científicas. Além disso, elas servem para explicar por que acontecem certos fatos e para predizer fenômenos futuros.
Em geral, a verdade de uma lei científica é provisória. O que hoje aceitamos como verdadeiro pode ser “desmentido” por novas observações. Essa é a diferença maior entre as ciências factuais e as formais. A verdade de afirmações sobre os fatos sempre está sujeita a revisão. Apesar disso, essas leis são úteis até que seja possível melhorá-las. Inclusive, mesmo depois de ter leis mais precisas, as velhas leis podem continuar sendo utilizadas em certos campos da realidade.
Além dos métodos existe, ainda, as teorias científicas. Uma teoria é um conjunto organizado de conhecimentos científicos, ou seja, é um conjunto dos “produtos” de nossa atividade de conhecer cientificamente. Mas os elementos desse conjunto não estão isolados, sem qualquer conexão. Pelo contrário, esses conhecimentos estão vinculados por certas relações, especialmente lógicas. As teorias podem ser consideradas como conjuntos de leis científicas. Tendo em conta que essas leis estão ordenadas e organizadas interiormente, diremos que as teorias são sistemas de leis. As partes de uma teoria não são objetos avulsos. Elas mantêm relações lógicas, relações de definição, etc. Outra propriedade das teorias é que elas tratam de um campo de conhecimento mais ou menos homogêneo(semelhante). Também ocorre que um mesmo fato possa ser estudado por várias teorias, até por teorias de ciências diferentes.
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