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O Que é Ciência?

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Por:   •  15/11/2012  •  1.720 Palavras (7 Páginas)  •  1.197 Visualizações

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O QUE É CIÊNCIA?

1. Ciência-disciplina e ciência-processo

“A ciência pode ser visualizada sob dois aspectos fundamentais: a ciência disciplina (tal como é ensinada) [...] o professor ministra aos seus estudantes e estes devem aprender na linha pela qual é ensinada [...]. Aliás, os alunos aceitam a disciplina que lhes é ministrada na base da autoridade dos seus professores e dos livros em que estudam. A ciência-processo (que está sendo feita) é a ciência que o cientista realiza e que pode ser dividida em duas fases: própria pesquisa e a divulgação de seus resultados”. (p. 17-18)

“A primeira é um pacote [...] ministrada de forma dogmática [...], visa ao conhecimento de uma parcela da realidade e que resultou da aplicação de uma metodologia especial e a segunda um processo [...] representa algo de inacabado, sempre em fase de ampliação [...], visa à formulação de descrições, interpretações, leis, teorias, modelos, etc., sobre uma parcela da realidade”. (p. 17)

“Ao nível de primeiro grau [...] o bom professor, no entanto, já iluminará a mente dos jovens estudantes com problemas científicos e mesmo com pequenos projetos de pesquisa, contando-lhes que nem tudo está elucidado, que as explicações não são absolutamente certas [...]”. (p. 18)

“Aqui, o professor, sempre situado no ponto de vista da investigação, deve considerar a ciência, não no que ela possui de adquirido e assegurado, mas nas lacunas que apresenta, para se esforçar por preenchê-las com novas pesquisas”. (p. 19)

SÍNTESE

Nessa primeira parte o autor faz um paralelo entre a ciência enquanto disciplina e a ciência enquanto processo. Mostra que sua diferenciação abrange aspectos de conhecimentos, teorias já formadas e apenas apresentadas e conhecimentos inacabados, em um processo contínuo de elaboração, ampliação e revisão. Reforça os aspectos estagiários da ciência-processo, no que diz respeito à formulação e interpretação dos conhecimentos e a divulgação dos resultados. Faz um breve comentário sobre o modo como o professor deve agir em face o processo de ensino e realização das práticas da ciência-progresso, com base em uma citação proferido por Claude Bernard no Collège de France, na primeira aula do curso de fisiologia experimental aplicada à medicina em 1854.

2. Ciência e conhecimento vulgar

“A ciência acrescenta critério metodológico, rigor e maior capacidade preditiva ao conhecimento ao vulgar, ainda que este, de modo trivial e assistemático, também descubra fatos, formule explicações e desenvolva teorias”. (p. 20)

“[...] senso comum: é um conjunto de informações não-sistematizadas que aprendemos por processos formais, informais e, às vezes inconscientes, e que inclui um conjunto de valorações”. (p. 20)

“[...] o método científico, “apesar de sua simplicidade essencial”, só é empregado por uma fração insignificante de pessoas para resolver uma fração insignificante de assuntos”. (p. 20)

“O senso comum julga-se dono de verdades eternas [...], recusa-se a aceitar as teorias científicas que as contradigam.” (p. 21)

“O conhecimento vulgar não gera o conhecimento científico. O cientista pode, através do primeiro, descobrir algo a pesquisar e, aí sim, fazer ciência”. (21)

“Para Popper, nosso ponto de partida é o senso comum e nosso grande instrumento para progredir é a crítica.” (p. 22)

“Não se pode afirmar, porém que tudo o que seja científico seja mais preciso e mais certo do que tudo o que nos vem do conhecimento vulgar.” (p. 22)

SÍNTESE

Uma dos grandes entraves entre conhecimento científico e não científico ou senso comum é abordo pelo autor. Nesse aspecto, o autor tenta diferenciar ambos os conhecimentos. Busca demarcá-los a partir de definições, apropriando do método e da forma como são adquiridos tais conhecimentos. Enfatiza a importância de ambos, desmistificando a crença de que somente o conhecimento científico é passível de precisão.

3. Uma definição de ciência

“Os filósofos da ciência não costumam propor definições de ciência”. (p. 24)

“Toda definição tende a ser incompleta (sempre limitante, é, por isto mesmo, excludente)”.

“Ciência é um conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos, etc., visando ao conhecimento de uma parcela da realidade, em contínua ampliação e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma metodologia especial (metodologia científica)”.

SÍNTESE

Nesse ponto, o autor busca dá uma definição do que venha a ser ciência. Ressalta o impasse gerado para obter essa definição por parte dos filósofos, uma vez que a simplificação de um termo tão complexo acabaria por tornar incompleta qualquer definição. Contudo, mesmo diante de tantos pressupostos, abordando os vários aspectos que caracterizam a ciência, o autor a defini como um conjunto de interpretações, mediante processos metodológicos capaz de fornecer repostas satisfatórias a cerca de uma parcela da realidade.

4. Ciência pura e ciência aplicada

“Antigamente, chamava-se de ciência pura a que não tivesse preocupação e nem possibilidade previsíveis de aplicação [...]. Por outro lado, ciência aplicada era a que diretamente se voltava para a solução de problemas práticos e, como tal, apresentava uma perspectiva próxima de aplicação [...]”. (p. 24)

“Hoje a ciência é vista por outro lado [...], prefere-se em geral, dizer ciência básica e aplicações da ciência, isto é tecnologia”. (p. 24)

“Não há, pois dois tipos de ciência – um “puro” e outro, “aplicado”. O que há é ciência e aplicações da ciência. O que há é a pesquisa básica (que pode gerar aplicações)e a pesquisa tecnológica (que diretamente visa a essas aplicações)”. (p. 25)

“Assim como “o microscópio cria a microbiologia”, o desenvolvimento tecnológico vai criando oportunidades não só para o surgimento de novas ciências como para o desenvolvimento, de forma dantes insuspeitada, das ciências já existentes”. (p. 26)

“O progresso de um país, a longo prazo, depende fundamentalmente da ciência pura, alicerçada na criatividade”. (p.26)

“A genética é a ciência que estuda a variação

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