O Questionário Menon
Por: Miquéias Almeida • 28/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.017 Palavras (5 Páginas) • 284 Visualizações
1. Qual a sequência das questões do diálogo? Faça um resumo do diálogo só com base no desenrolar das questões (em suas palavras). Algumas estão explícitas, outras implícitas. Mostre como uma leva à outra.
Resposta: Inicia-se com o questionamento sobre se a virtude é ensinada ou é inata. Sócrates diz que primeiro era preciso saber o que é virtude. Menon a defini e lista vários exemplos de virtude: administrar o Estado ou a casa, no caso das mulheres. Sócrates pergunta qual é a essência da virtude e busca um caráter comum a todas as virtudes. Menon diz que cabe a Sócrates defini-la. Sócrates a define fazendo um paralelo à forma. Mênon questiona sobre o que é a cor. Sócrates responde. Mênon responde sobre a definição de virtude geral: desejar o bem e o belo. Sócrates perguntas se há alguém que deseja o mal. Mênon concorda. Sócrates diz que só pode desejar o mal que sem engana achando que está fazendo o bem. Mênon argumenta que virtude é a capacidade de desejar coisas boas (ouro, prata, honras, cargos públicos etc). Sócrates diz que se ele conseguir isso tudo injustamente não é virtude e diz que ele deve dar uma regra geral de virtude. Mênon diz que está confuso (entorpecido). Sócrates diz que não sabe o que é virtude e propõe fazerem junto a busca. Mênon diz que não pode pesquisar o que não sabe o que é. Sócrates rebate mostrando a incoerência da afirmação, (o homem só pesquisa o que não sabe. O que sabe, não pesquisa). Sócrates vai para o mundo das ideias (reminiscência) ele usa o escravo de Mênon para provar a teoria usando exemplos de figuras geométricas. Mênon aceita a investigação conjunta, mas condiciona a questão inicial: a virtude é inata ou pode ser aprendida e ensinada? Sócrates aceita e diz que se ela for um tipo de conhecimento, pode ser ensinada, se for um instinto, não e define virtude como sabedoria e é ensinada, mas faz ressalva dizendo o que é ensinado pode não ser apreendido. Em seguida, ele coloca Anito no diálogo. Anito recusa aprender virtude com os sofistas e diz que é melhor aprender com qualquer grego do povo virtuoso. Sócrates voltar a perguntar, agora a Anito, se a virtude pode ser ensinada. Sócrates defende que a virtude é inata. E que a opinião correta verdadeira é tão importante quanto o conhecimento, porém ele advém da reminiscência e sendo o conhecimento superior a opinião correta, pois é a opinião concretizada. No final Sócrates diz que a opinião correta é superior ao conhecimento e por isso não pode ser ensinada e não é natural, sendo uma dádiva recebida dos deuses.
2. Como o texto se divide no todo? Como se poderia organizar o texto em partes? Qual o tema de cada parte?
Inicialmente se tratou de procurar saber se a virtude poderia ou não ser ensinada, posteriormente passou-se a procurar saber o que é virtude buscando-se uma definição universal que atendesse a todos os casos particulares.
De posse da definição de virtude, passou-se a questionar-se ela poderia ou não ser ensinada, novamente.
Posteriormente procura-se confrontar conhecimento e opinião verdadeira. Finalmente, com a resposta desse questionamento, chega-se à conclusão do questionamento inicial (é inata pode ou não ser repassada): a virtude não poder ser ensinada, pois se trata de uma dádiva.
3. Como reinterpretar, traduzir para o nosso tempo a questão que inicia e termina o diálogo Menon? O que está realmente em jogo nesta discussão?
Se a virtude e a bondade é inata ou pode ser apreendida e posteriormente qual é o conceito geral de virtude. E o que está em jogo na discussão é se essas características poderiam ou não ser passadas via experiência ou aprendizagem.
4. Uma “meta-questão” do diálogo é uma questão de certa forma metodológica: como fazer uma definição. Como você resumiria o ensinamento dessa parte?
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