O Talibã e Braskem

GRUPO: Ana Livia de Oliveira, Felipe Guerra, Gabriel Guerrini, Guilherme Gobbi, Samira Gomes e Thais Cezar.

TALIBÃ

Na década de 70, o mundo estava passando pelo auge da Guerra Fria, conflito marcado por uma disputa geopolítica entre as duas superpotências da época - Estados Unidos da América e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Nesse contexto, o embate por territórios era constante para a demonstração de força e influência, assim, os soviéticos, por meio da luta armada, tomaram o controle do Afeganistão.

O Talibã, grupo extremista, surgiu como uma milícia no Afeganistão em 1994, sob a liderança do Mullah Mohammed Omar, durante a Guerra Civil Afegã. Pouco tempo após o surgimento do grupo, tomaram o controle do Afeganistão e foram bem recebidos por grande parte da população, uma vez que, após um longo período de guerras, o grupo estabeleceu paz sobre o território, desenvolveu o comércio local, combateu a corrupção e tornou as estradas mais seguras.

Inicialmente, o Talibã tinha como objetivos restaurar a paz e segurança, posto que o Afeganistão estava meio a uma Guerra Civil. Ademais, o grupo tinha como meta impor sua interpretação da Sharia, que eram as leis islâmicas. Entretanto, com o tempo, seus objetivos iniciais - como paz e segurança - foram deixados de lado, abrindo espaço para ações completamente extremistas, como execuções em público, proibição da influência ocidental sobre o território, do cinema, da música e televisão, assim como o uso obrigatório de burca pelas mulheres e privação de educação para as mesmas.

Dado o exposto, é possível relacionar o grupo Talibã com os conceitos estudados e apresentados nos vídeos, uma vez que as pessoas que compunham essa milícia seguiam ordens de um superior, sem questionar se seus atos causariam algum mal à população. Eles deixavam de agir como seres pensantes capazes de julgar certa situação extremista, para seres objetificados que agem de forma mecânica reproduzindo o mal. Logo, com a incapacidade de pensar por si próprio, esses acontecimentos entram em um ciclo que se perpetua sem modificações. A filósofa política Hannah Arendt caracteriza essa situação em seu vídeo com o conceito “Banalidade do Mal”, quando menciona que o maior mal do mundo é o mal perpetrado por ninguém, ou seja, cometido sem motivos, porém por seres humanos que se recusam a serem pessoas.

BRASKEM

A Braskem é uma empresa de origem brasileira que atua no setor químico e petroquímico. Sua produção é focada em resinas termoplásticas como polietileno, polipropileno e policloreto de vinila, assim como insumos químicos como o eteno, propeno, butadieno, cloro, soda e solventes.

Segundo os princípios da empresa, sua estratégia de crescimento visa a inovação tecnológica e, principalmente, o desenvolvimento sustentável, zelando assim pela competência em suas operações, inovando soluções para uma vida melhor e desenvolvendo cada vez mais produtos sustentáveis.

Em contrapartida, segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), a empresa explora minérios há mais de 40 anos, operando em 35 poços, os quais desestabilizaram o solo e provocaram movimentações na camada de sal-gema.

Essa exploração ocorreu no nordeste brasileiro, majoritariamente na cidade de Maceió. Com a ocorrência de uma forte chuva, no ano de 2018, foram percebidos tremores de terra que resultaram em danos como rachaduras em diversos imóveis e ruas, que começaram a ceder. Na época, esse acontecimento foi tratado como “natural”, mas, o SGB investigou e apontou que o subsolo foi afetado devido à exploração de sal-gema.

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