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O Termo Homilética é Derivado do Grego "HOMILOS"

Por:   •  21/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  6.415 Palavras (26 Páginas)  •  1.056 Visualizações

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Homilética

O termo Homilética é derivado do Grego "HOMILOS" o que significa, multidão assembléia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar.

O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a finalidade de Convencer e agradar. Portanto, Homilética significa "A arte de pregar".

A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de Retórica. O cristianismo passou a usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a ser chamada de Homilética.

- Finalidade

O estudo da Homilética abrange tudo o que tem a ver com a pregação e apresentação de práticas religiosas: como preparar e apresentar sermões de maneira mais eficaz.

- Importância

Sendo a HOMILÉTICA a "Arte de Pregar", deve ser considerada a mais nobre tarefa existente na terra. O próprio Jesus Cristo em Lucas 16 : 16 disse: Ide pregai o evangelho...

Quando a Homilética é observada e aplicada, proporciona-se ao ouvinte uma melhor compreensão do texto.

A observação da Homilética traz orientação ao orador.

A Oratória Parlamentar
 

As divisões da Oratória, a arte de falar em público, são várias. Uma das mais importantes, desde que o homem se organizou em sociedade, é a oratória parlamentar.

O Brasil tem sido pródigo em grandes oradores parlamentares e o Rio Grande do Sul, em particular, tem fornecido magníficos exemplares desses manejadores da palavra. No século XIX destacar-se-ia a figura de Gaspar da Silveira Martins, o Titã do Império, homem de raros recursos oratórios, uma cultura cosmopolita e um profundo amor à querência. Mas tarde, o Rio Grande do Sul forneceria excelentes oradores ao nosso Parlamento Nacional, entre os quais avultam Assis Brasil, de cultura vasta e recursos mnemônicos invejáveis, Pedro Moacyr, Lindolfo Collor, João Neves da Fontoura, o São João Batista da Revolução de 30, e Rui Ramos.

Se percorrermos os discursos de nossos maiores oradores parlamentares, certamente encontraremos características que os distinguem de seus congêneres de outros pontos do País. Com certeza, veremos que os oradores mineiros manejam a palavra com a paciência dos montanheses e os gaúchos a empunham como se fora uma lança e fazem de suas orações verdadeiras cargas de cavalaria. Por isso, é que nos momentos de crise porque passou a nossa Pátria os oradores sul-rio-grandenses se destacaram no Parlamento.

Nos últimos tempos salientou-se a figura de Paulo Brossard de Souza Pinto, fronteiriço e mestre do Direito Constitucional, cujos pronunciamentos no Senado Federal, representavam verdadeiras cargas de cavalaria contra o Estado Autoritário imposto ao país a partir de 1 de abril de 1964. Paulo Brossard, que como deputado estadual e secretário de Estado, apoiara o movimento que derrubou o governo democrático de João Goulart, pela seriedade e pelo desprendimento com que apoiara o novo estado de coisas, tinha autoridade para desferir os ataques que desferiu contra o autoritarismo. E nenhum de seus adversários dos últimos tempos tinha estrutura para contrapor-se à força dos argumentos do parlamentar rio-grandense.

Seus discursos parlamentares despertavam a atenção do Congresso Nacional e da Imprensa, e poucos senadores ousavam enfrenta-lo destacando-se, como defensores do autoritarismo, o atual presidente da República, José Sarney, e o ex-ministro Jarbas Passarinho que, não poucas vezes, foram lançados ao ridículo pelos golpes do senador gaúcho.

Professor de Direito Constitucional, Paulo Brossard de Souza Pinto dissecou os fundamentos jurídicos do Estado Autoritário, reduzindo-os ao pó da mediocridade. Seus discursos, cuidadosamente arquitetados, mesmo ao abordar problemas econômicos, versam principalmente sobre o grande fundamento do pensamento liberal: a liberdade do cidadão é o fundamento da sociedade.

Assim, destacam-se as críticas do tribuno gaúcho à legislação autoritária, à impunidade dos donos do poder, à concentração dos poderes, à corrupção e à censura.

Os liberais, ao que parece, têm o mesmo e triste destino: serem liberais na oposição e conservadores no governo. Bernardo Pereira de Vasconcellos, na primeira metade do século XIX, é um belo exemplo disso. Liberal quando na oposição, tornou-se conservador empedernido quando chegou ao poder.

Paulo Brossard de Souza Pinto, enquanto parlamentar que se opunha ao Estado Autoritário, destacou-se por um liberalismo extremado.

O Balé Proibido, famoso discurso de 29 de março de 1976, é um libelo violento contra a censura. O motivo pode ser resumido em poucas palavras: o Governo Brasileiro (general Ernesto Geisel) proibiu que a televisão mostrasse uma apresentação do Ballet Bolshoi (soviético), que seria retransmitida para 112 países. Indignado com a censura, Brossard exclama, do alto do Parlamento Nacional: “Quando medidas dessa natureza são tomadas, positivamente, as coisas não andam bem”.

Interessante é que o brilhante orador, que atacava a censura é, hoje, ministro da Justiça de um governo que proibiu o filme “Je Vous Salue, Marie”, para agradar à hierarquia da Igreja Católica; interessante, ainda, é que o tribuno que combatia o uso indiscriminado de decretos-lei é o ministro da Justiça de um governo que alterou toda a política econômica através de um decreto-lei.

Hegel, em suas lições sobre a história da filosofia, escritas há mais de um século e meio, já chamava a atenção para o fato de que muitas pessoas, inclusive dadas como esclarecidas, costumam atribuir um valor muito grande ao “pensamento” dos oradores, o que, entendia o filósofo alemão, não está certo.

A biografia dos grandes oradores, de Cícero, o defensor ferrenho dos privilégios de seu tempo, a Rui Barbosa, que disse verdadeiros absurdos do socialismo para agradar seus patrões, comprovam as afirmações do autor das Lições Sobre a Filosofia da História Universal.

Os oradores, artistas que são, preocupam-se mais com a forma, com a beleza, com a plasticidade de suas construções do que com a essência, o conteúdo, o rigor das mesmas. Com isso, fica bastante claro que os belos discursos, enquanto obras de arte, são destituídos de valor científico.

Os oradores parlamentares valem pela beleza de suas orações e os administradores pela prática de suas gestões.

Os discursos de Paulo Brossard de Souza Pinto, reunidos num grosso volume de 496 páginas, intitulado NO SENADO (Brasília, 1985, s/ ed.) é um livro que merece ser lido com toda a atenção. Ali encontramos um liberal de corpo inteiro. E o liberalismo dos parlamentares até poderia ser bom se eles não o transformassem no conservadorismo, ao chegarem ao Poder.

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