O discurso Maieutico de Socrates
Por: alismaximo • 25/3/2016 • Trabalho acadêmico • 337 Palavras (2 Páginas) • 552 Visualizações
O discurso maiêutico de Sócrates
A obra “Diálogo de Criton” aborda uma conversa entre Criton e Sócrates, que está condenado à morte. Apesar de sua sentença, Sócrates estava numa calmaria e a morte não o angustiava, parecia lidar tranquilamente com a situação. Criton preocupado com o que as outras pessoas poderiam pensar a seu respeito faz pressão para que Sócrates fuja, usando de diversos argumentos, como a idade avançada de Sócrates, a ausência que ele faria como amigo, as possíveis acusações pela não interferência de Criton e que se Sócrates não fugisse estaria cometendo um grande erro, pois estaria deixando os filhos e amigos a mercê do destino.
Sócrates argumenta com Criton, através do discurso, que devemos ouvir nossa voz interior, a voz da razão e que não devemos pagar o mal com o mal, nem injustiça com injustiça. O diálogo finaliza com Criton convencido com os argumentos apresentados por Sócrates, entrando assim em um consenso.
No diálogo entre Sócrates e Criton percebemos a ação de Sócrates em mostrar a verdade ao interlocutor através do questionamento. Fazendo uso de perguntas, Sócrates desperta, “fazer nascer” a verdade por meio das respostas encontradas pelo seu questionamento.
Essa seria a “Maiêutica”, onde o filósofo parte do princípio de “nada saber” e leva o questionado a apresentar suas opiniões, pois assim ele conseguirá perceber as próprias contradições. Fazendo uma analogia a mãe de Sócrates que era parteira, esse é o período das “dores do parto”. No diálogo, percebemos claramente este momento, quando Criton tentar convencer Sócrates a aceitar a ajudar para não ser condenado a morte e o filósofo começa a lançar perguntar que o fazem entrar em contradição.
A segunda etapa seria o “parto das ideias”, onde o questionado passa a reconstruir o conceito, moldando as suas ideias até chegar à verdade. A eficácia da metodologia de Sócrates está no discurso.
A obra nos faz refletir o sentido de justiça, pois fica claro que o filósofo prega o uso da voz interior e o uso da razão para que não paguemos a injustiça com injustiça.
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