O que é filosofia?
Tese: O que é filosofia?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alex14 • 16/3/2014 • Tese • 1.231 Palavras (5 Páginas) • 277 Visualizações
1- Introdução
“O medo da especulação, a fuga ostensiva do teórico para o prático, produz a mesma superficialidade na ação e no conhecimento. É através do estudo de uma filosofia estritamente teórica que nós nos tornamos imediatamente familiarizados com idéias, e só idéias podem dar à ação energia e significação ética” (Schelling, 1802, em aula sobre o método de estudo acadêmico).
2- O que é Filosofia?
- Surgimento da filosofia: surgiu quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as costumeiras e tradicionais explicações do mundo, buscaram, por meio de perguntas diversas, respostas oferecidas pela razão humana, que, por sua vez, se mostrou capaz de conhecer o mundo, os seres humanos, as ações dos seres humanos, os acontecimentos naturais e as coisas da natureza. A razão se mostrou, ainda, capaz de conhecer-se a si mesma. Pitágoras de Samos (V a.C) inventou a palavra “filosofia”. A sabedoria plena pertence aos deuses, mas os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos. Dos gregos vieram as bases e os princípios fundamentais do que nós, ocidentais especialmente, chamamos razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte.
- Ser filósofo: inquietude e amor ao saber.
- A questão da verdade: a noção de verdade pode ser compreendida sob dois aspectos bem diferentes que freqüentemente são confundidos pelo investigador inexperiente ou pelos leigos em geral. Verdade é um atributo de uma proposição de caráter lógico cujo oposto seria a falsidade. A verdade também nos leva a considerar como tal tudo o que guarda conformidade com a realidade, algo que se apresente como um dado verossímil e “inquestionável”, e seu oposto seria a ilusão, o irreal, a mentira.
- Busca das causas últimas, essenciais. Questões universais
- Tempo, espaço, razão, sensações, moral. Causalidade
- Atitude filosófica – problematização dos objetos de crença comum
- Questionamento e posicionamento crítico
- O exemplo de Sócrates: questionamento e perseguição pelos poderosos de Atenas
3- Para que Filosofia?
- A espera de utilidade prática nos coloca essa pergunta.
- Comumente se associa à ciência sua utilidade nos produtos da técnica.
- A filosofia é útil? Geralmente (comumente) se entende como útil algo que dê poder, prestígio, riqueza, tudo cujo resultado seja visível.
- Objetivos filosóficos: verdade, pensamento racional, aplicação prática de conhecimentos teóricos, correção e acúmulo de saberes. Os cientistas partem de coisas sabidas, mas quem as propõe é o exercício filosófico.
4- Pensamento filosófico como sistema
- Sistema: encadeamento lógico entre assertivas; operações por demonstração, fundamentação e prova.
- Conjunto coerente de idéias e significações.
- Validade das questões. Verdade contrastável.
5- Os conhecimentos poético, mitológico, religioso e filosófico
- O conhecimento: início na intuição sensível (ato de apresentação ou percepção da realidade); o segundo passo na memória (lembrar o que foi trabalhado a partir do que esteve disponível na percepção sensível); o terceiro passo na experiência (síntese ordenada do material das instituições sensíveis e da memória. Ponto de partida para a produção artística e científica).
- O conhecimento poético: tipo de conhecimento artístico, expresso por meio de motivação sensível. Não há compromisso científico estreito. Uso corrente de metáforas capazes de aguçar a assimilação sensitiva. A aparência (dos objetos, pessoa, das forças naturais) inebriava o sentimento dos antigos gregos e eles a celebravam nos mitos de Dionísio e Apolo, nos cantos, na poesia e na arte. A poesia exprime os sentimentos e as coisas inerentemente humanas. Homero, da Ilíada, por exemplo, foi um poeta, um indivíduo que registrava poeticamente os mitos gregos, já de sapiência geral pela tradição.
- O conhecimento mitológico: 1) o vocábulo mito vem do grego “mythos”, que significa “contar”, “narrar” alguma coisa. Ajuda a esclarecer a existência humana no mundo, representando uma forma autônoma e persistente (às investidas científicas) de pensamento. É o conhecimento que contém o imediato da experiência numa unidade fantástica de difícil acesso (só o pensamento o alcança, nunca o discurso de filosofia e nem o de ciência). Os relatos míticos firmam os elos de aliança dos homens entre si e com seu meio ambiente. Necessidade humana de afinação com o concreto, com a ligação natural existente entre os homens, anterior à ciência. É o que ocorre, por exemplo, nas comunidades indígenas, conforme apontam os antropólogos. 2) Para os gregos, mito é um discurso proferido por uma pessoa a quem os ouvintes atribuem confiança
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