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Os Simpsons E A Filosofia

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Por:   •  16/11/2014  •  1.081 Palavras (5 Páginas)  •  234 Visualizações

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No início desse capítulo, há um breve comentário sobre o olhar marxista das coisas, advertindo que esse olhar é “realizado pelo sombrio socialista científico, e quase que certamente matará o humor de qualquer piada à medida que desnuda as feias entranhas da ideologia no corpo da comédia burguesa”. Quase dizendo: Não leia, se você é um fã de “Os Simpsons”. Porém, à medida que se aprofunda nesse capítulo, é impossível parar de ler. Ele une o famoso desenho, com a filosofia, mostrando que não é uma “comédia pastelão”, e nem um desenho extremamente intelectual, apenas um desenho que, permite fazer rir e, ao mesmo tempo, entender como é a sociedade.

Após àquela breve introdução, o capítulo inseri uma parte: “Risada perspicaz”, que fala sobre o elemento fundamental do desenho – a incongruência. A incongruência, é o choque daquilo que esperávamos ouvir, e que realmente ouvimos. O lado que fala o que esperaríamos ouvir (e que torna as frases engraçadas), depende do tipo de valores que a nossa sociedade adota e de nossa consciência. Então, mostra-se dois trechos, de dois episódios:

Homer: “Oh, meu Deus! Alienígenas do espaço! Não me devorem! Eu tenho mulher e filhos. Devorem a eles!” (“Treehouse of Horror VII”).

Homer: “Oh, meu Deus! Eu fiquei tão envolvido na diversão da Proposta 24 [para deportar imigrantes ilegais de Springfield], e encontrar um bode expiatório, que jamais parei para pensar que ela poderia afetar alguém de quem eu gosto. Sabe de uma coisa, Apu? Eu realmente vou sentir falta de você.” (“Much Apu about Nothing”)

Depois, fala-se da sátira e, se diz que esse tipo comédia, opera num nível mais intelectual que as comédias pastelão, exigindo que o telespectador entenda o que está sendo ridicularizado e, saber como deveria ser o mundo ideal.

Diz-se, então, que Os Simpsons se mistura à realidade, mantendo a intelectualidade alerta, impedindo de se identificar com os personagens (e ainda dizendo que esse hábito é estúpido). Depois, mostra-se um trecho, que “expõe a ideologia burguesa”. Esse trecho, é uma conversa entre Bart e Lisa, que fala [resumidamente] sobre como riquinho (o famoso personagem rico) poderia ter percebido como é vazio a busca por dinheiro e, após essa reflexão, ele teria se suicidado. O trecho faz uma sátira política e social, questionando valores capitalistas.

Então, outra parte desse capítulo começa. Há uma observação direta no título “De Haut em Bas”. Qualquer pessoa atenta que lesse o título, perguntaria: O que isso significa? A resposta foi descoberta numa pesquisa ao dicionário de francês. “Descendente”. Poder-se-ia traduzir, também, para “De cima para baixo”. As duas estão corretas, e as duas possuem o mesmo significado, mas por que ela está lá? E ainda, por que está em francês? A resposta vem depois, mas antes tem-se que continuar com o capítulo.

Coloca-se, então, um trecho de um episódio onde Marge reencontra uma amiga socialite, que a convida para ir a um clube. E, então, Marge muda à ponto de ter vergonha de sua família e, principalmente, de quem ela é. Porém, no final do episódio, ela diz “Eu não desejaria entrar para esse clube que aceitasse essa Marge como membro”. Essa frase faz uma crítica ao modo de pensar daquelas socialites, dizendo que a Marge deve ser aceita como ela é, e não como elas queriam que ela fosse, ou seja, igual à elas. Depois, fala sobre outra parte neste mesmo episódio (que, por sinal, é um pouco controvérsia), que é um trecho onde Lisa, com sua família no clube, encontra um pônei e, já em cima dele, ela diz: “Veja mamãe! Descobri uma coisa mais divertida do que reclamar.” Isso é um choque, porque Lisa é uma das pessoas mais intelectuais e críticas de Springfield e, então, ela é “comprada” com um pônei. Mas não se pode deixar levar, pois ela é apenas uma garotinha. Ainda nesse episódio, já no final, Os Simpsons voltam para seu habitual lugar (um dos milhares de Krusty Burgers) e Marge diz: “Mas,

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