Outras Vozes na Filosofia

Outras vozes na filosofia

A filosofia ao longo dos anos dependeu e depende das vozes coletivas para ensinar sua ferramenta e matéria de trabalho: o ato de pensar. Se considerarmos o pensar como falar consigo mesmo e que aprendemos a falar ouvindo outras vozes, podemos dizer que a filosofia é produzida por diversas vozes que culminam em diversos pensamentos.

São poucas as vozes de mulheres e negros ao longo da história da filosofia, muito disso por conta da descriminação vindas de alguns grandes filósofos como Aristóteles que acreditava que as mulheres eram homens não completos, para ele todas as características herdadas pelas crianças vinham do sêmen do pai restando à mulher apenas abrigar e fazer brotar o fruto que vinha do homem. Já para Platão as mulheres eram tão capazes quanto os homens de administrar, pois para ele quem governa tinha a obrigação de gerir a cidade-estado utilizando-se a razão e para Platão as mulheres detinha a mesma razão que os homens

A situação dos negros historicamente é diferente, pois desde sempre foram vistos como inferiores, logo acreditavam que eles não tinham muita capacidade para pensar, sendo assim eles eram usados para trabalhos braçais e desumanos, sendo impedidos de receberem conhecimento por conta da forte descriminação.

Hoje em dia as coisas são diferentes, o número de mulheres e negros na filosofia cresceu graças à luta pelo reconhecimento, alguns desses nomes são Hannah Arendt, Arendt defendia um conceito de “pluralismo” no âmbito político. Ela acreditava que com esse pluralismo uma potencial liberdade e igualdade política seria gerada entre as pessoas, e Edith Stein, que detinha uma riqueza de sua produção em diversos campos do saber, em especial no que se refere à sua subjetividade e intersubjetividade. Estas mulheres colaboraram terminantemente para a constituição do conhecimento e hoje são reconhecidas como grandes filósofas, do lado dos negros temos nomes como Kwasi Wiredu que tem como um de seus objetivos combater as falsas narrativas que é uma tendência crescente entre os intelectuais africanos, ele argumenta que o sistema político multipartidário, frequentemente visto como o fundamento para a democracia, nem sempre conduz à unidade e à estabilidade, e Kwame Anthony Appiah, ele opõe-se à tendência de afrocentrismo dos filósofos do continente. Ele acredita que o afrocentrismo é um conceito ultrapassado. Ele defende que deve-se encorajar mais o diálogo entre culturas e menos “regionalismo”.  São esses alguns dos maiores nomes da filosofia africana, que lutaram contra todas as adversidades para chegar onde chegaram hoje e vencer o preconceito, e nós ensinar que independente do sexo e da cor todos nós temos o mesmo potencial de pensar e conquistar o nosso lugar onde quer que ele seja.

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