PARALELO COM A ATUAL SITUAÇÃO DO CORONA VÍRUS
Por: Caroline Fortes • 13/6/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 2.679 Palavras (11 Páginas) • 194 Visualizações
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Resumo do Livro: Justiça – O que é fazer a coisa certa.
Paralelo com a atual Situação do Corona Vírus.
CURITIBA
04/2020
O presente trabalho trará situações da obra “Justiça: o que é fazer a coisa certa” de Michael J. Sande com diferentes abordagens da justiça. Perfeitamente descrito em um livro partindo de situações da vida cotidiana, ligadas à moral e que suscitam divergências éticas dentro de nós como membros de um grupo social. Essa situação fática tem suas semelhanças quando se trará de direitos e deveres, e tudo envolvido pela moral e ética, ou o que seria a falta delas dentro do assunto Justiça (nome do livro).
Nos dois casos, os dilemas que ocorrem em caso de calamidades, contendas e socorros financeiros. Também importante é sobre a virtude e a liberdade considerando o bem-estar, que sugerem formas diferentes de pensar sobre a justiça. Após que esta ocorrendo atualmente. Essas questões ficam bem evidentes, pois tratam da forma como o ser humano se relaciona, seus costumes levam a criação de leis e consequentemente a Justiça. O que prepondera entre o que é moral ou não, se justifica na maneira como a maioria entende. O tema será abordado no que esta no livro em forma de resumo e no que se enquadra no caso da pandemia. Como se explica a seguir:
No Primeiro capítulo do livro “Fazendo a coisa certa” inicialmente verifica-se que é apresentada várias situações de calamidade como a ameaça de um furacão, que destrói tudo quando passa, à partir disso a cidade devastada se vê em situação crítica. Com tudo isso aparece comerciantes gananciosos, praticando preços extorsivos em mercadorias e em serviços, desde a retirada de árvores dos telhados ao preço do saco de gelo em postos de gasolina. Até quartos de motel, para pessoas que fugiam do desastre, estavam com os preços superfaturados, com isso o maior problema enfatizado é em relação a pessoas menos abastadas, em que apresentam menos recursos encontram dificuldades e acabam permanecendo no local sem buscar resguardo para sua família.
Um capítulo cheio de condições difíceis que provocam sérios questionamentos morais, ainda que preços altos proporcionem maior fornecimento de mercadorias deveriam considerar o bem-estar desses indivíduos nos momentos de emergências. Um argumento de grande relevância é a de (pág. 9, Justiça, Michael J. Sandel), Charlie Crist, procurador-geral do estado que disse: “Estou impressionado com o nível de ganância que alguns certamente têm na alma ao se aproveitar de outros que sofrem em consequência de um furacão”.
Porém como todo assunto com grande repercussão, existe as opiniões contrárias, em que não consideram ganância e nem falta de escrúpulos, os altos preços fornecidos em uma sociedade livre. Mas a revolta pública não se justifica para que se interfira no livre mercado, com leis contra o abuso dos preços. Serve de incentivo aos fornecedores para produzirem mais mercadoria. Se irritar com os comerciantes não irá ajudar o Estado Americano.
Bem-estar, Liberdade e Virtude. Esse capítulo traz como a lei deve ser e como a sociedade deve se organizar quando se trata do relacionamento com as pessoas em uma sociedade, tanto financeiro quanto humanitário. São todas questões sobre justiça, e notará que os argumentos a favor das leis relativas ao abuso de preços e contra elas giram em torno de três ideias: aumentar o bem-estar, respeitar a liberdade e promover a virtude. Forma diferente para visualizar a justiça por pensamentos diferentes.
O bem-estar vem por meio de incentivos para que as pessoas se esforcem a fim de fornecer as mercadorias que as outras desejam. Com relação a liberdade, quando as pessoas tem individualidade para atribuir o valor ao produto e serviço que decidam comprar ou vender.
Mas a lei não deveria ser neutra quando se trata de concepções que referem-se à virtude, isso não seria ligado ao caráter e não se trata de uma escolha livre de qualquer cidadão, que deve discernir a melhor forma de viver.
Como ensina Aristóteles que a justiça significa dar às pessoas o que elas merecem. E para determinar quem merece o quê, devemos estabelecer quais virtudes são dignas de honra e recompensa. Para ele, a lei não pode ser neutra no que tange à qualidade de vida.
Porém os filósofos políticos modernos consideram que os princípios da justiça que definem nossos direitos não devem ser baseados em concepção particular de virtude ou da melhor forma de vida. A sociedade para ser justa deve respeitar a liberdade de cada indivíduo tem de saber qual é a melhor concepção do que seja uma vida boa.
Apesar de termos uma vida dedicada a prosperidade e a liberdade, não podemos desconsiderar a moderada e pautada natureza da justiça. É evidente que a justiça envolve a virtude e escolha, e isso nos leva a meditar que a justiça também se refere a melhor maneira de viver.
Que ferimentos merecem o Coração Púrpura. Trata de uma medalha é destinada a soldados feridos ou mortos pelos inimigos durante um combate. Além de homenagem, a medalha permite privilégios especiais nos hospitais para veteranos.
Contudo, com um número cada vez maior de veteranos vem sendo diagnosticado com estresse pós-traumático e recebendo tratamento. Os sintomas são pesadelos recorrentes, depressão profunda e suicídio. Os defensores desse grupo propuseram que a eles também fosse concedido o Coração Púrpura, dado que as lesões de ordem psicológica podem ser tão debilitantes quanto à física.
Mas o Pentágono não autorizou, justificando que problemas de estresse pós-traumático não são causados intencionalmente pela ação inimiga e são difíceis de diagnosticar de forma objetiva. Consequentemente a medalha seria reservada aos soldados com ferimentos físicos.
O Coração Púrpura se volta mais para o sacrifício e não a bravura, nessa polêmica entra antigos veteranos que não aceitam que danos psicológicos sejam agraciados com essa homenagem, pois pode diminuir o valor da medalha quanto a honra. Mostra ceticismo pelo fato da violência da guerra atingir a mais saudável das metes.
Não podemos determinar quem merece uma medalha militar sem que sejam questionadas as virtudes que tal condecoração realmente exalta. O que as pessoas realmente merecem. Ilustra a lógica moral da teoria de Aristóteles sobre justiça.
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