Pensador grego Sócrates

Exórdio

Sócrates começa falando sobre a influência que os seus acusadores exercem sobre a população e se surpreendeu com a fala de um dos acusadores, que foi a recomendação de cautela para que a população não se deixasse levar pelo orador formidável que ele era.

E então Sócrates fala que ele somente dizia a verdade e não se considerava um orador formidável, a não ser que dizer a verdade seja encarado como ser possuidor de uma oratória esplêndida. Mas mesmo assim, o filósofo iria desmentir todas as falsas acusações que sofreu, dizendo somente a verdade para os espectadores, e sua defesa não seria composta por um linguajar aprimorado em nomes e verbos, em estilo florido como era de característica dos acusadores, assim seria por se expressar espontaneamente.

E o pensador encerra pedindo que os juízes somente avaliem se o que diz é justo ou não, e não a sua linguagem, já que é sua primeira vez em um tribunal, aos setenta anos de idade, e por isso, ele não está habituado ao vocabulário do local.

Duas Classes de Acusadores

Nessa parte o filósofo divide os seus acusadores e as acusações sofridas em duas classes, sendo, antigos e recentes.

Sócrates se preocupava um pouco com os acusadores antigos, pois eles já conviviam a muito tempo na comunidade e proferiam mentiras ao respeito em Atenas, só que, o que mais o temia, era os acusadores que eram encarregados da educação dos cidadãos atenienses desde que eram crianças.

Os atenienses desde crianças foram ouvindo os boatos a respeito do filósofo, de que ele investigou tudo que há debaixo da terra, que estudava os fenômenos celestes, não acreditava nos deuses, que corrompia os jovens, e muitas outras incriminações, e os que eram convencidos disso, por sua vez convenciam a outros, formando um número tão grande de acusadores, que impossibilitava Sócrates de poder se defender, já que não conhecia nem mais quem o acusava.

Assim, o pensador grego separava suas classes de acusadores, os que o acusam em juízo, e os que há muito tempo o incriminam na sociedade e Sócrates sempre deixou claro que não acreditava que seria inocentado, mas como deveria seguir a lei, deveria fazer sua defesa.