Perguntas de filosofia
Tese: Perguntas de filosofia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lela23 • 3/10/2014 • Tese • 1.884 Palavras (8 Páginas) • 356 Visualizações
Questões de filosofia:
1ª. Por que ao estudar as concepções eticas percebemos entao, que ela é muito mais complexa do que qualquer conversa entre um amigo e que nossas argumentações seriam mais solidas e rigorosas se fossem enriquecidas com o que os pensadores vem discutindo há mais tempo. assim podemos aproveitar o que a experiência deles podem nos oferecer e além de disso percebemos que não existe propriamente a "ética", mas várias "éticas".
2ª. Na concepção aristotélica a noção de felicidade está ligada intrinsecamente à ética e assim é caracterizada como "ética eudaimônica", isto é a felicidade possui papel central na ética.
Em outras palavras a felicidade está no centro da ética aristotélica. A felicidade para Aristóteles consiste na realização humana e no sucesso daquilo que o homem pretende obter ou fazer e assim ele o faz no seu mais alto grau em excelência humana, ou seja, para ele chegar onde deseja desenvolve suas virtudes (areté), suas qualidades de caráter a qual possibilitarão atingir sua excelência e isto em si já supõe uma "ética perfeita".
3ª. Virtude é uma qualidade moral particular e vem do grego e latim. Virtude é a disposição de um indivíduo de praticar o bem; e não é apenas uma caracterísitca, trata-se de uma verdadeira inclinação, virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o caminho do bem.
Há diferentes usos do termo, que estão relacionados com a força, a coragem, o poder de agir, a eficácia de um ou a integridade da mente.
Virtude é um conceito que remete para a conduta do ser humano, quando existe uma adaptação perfeita entre os princípios morais e a vontade humana.
4ª. A filosofia moral de Aristóteles é uma eudaimonia, para ele a definição de sumo bem, encontra-se no conceito de "boa-vida", de "vida feliz" portanto os prazers, riqueza, honra e fama não são condições necessárias para nos conduzirem à felicidade, porque só nos tornaram felizes as ações mais proximas daquilo que é peculiar ao ser humano. e o que é mais caracteristico é a atividade da alma que segue um principio Racional: ou seja, o exercicio da inteligencia teorica da comtemplação.
5ª. Agostinho de Hipona foi neoplatônico antes de sua conversão ao catolicismo e algumas de suas obras mais otimistas foram escritas durante este período.
O neoplatonismo foi frequentemente usado como um fundamento filosófico do paganismo clássico, e como um meio de defender o paganismo do cristianismo. Mas muitos cristãos também foram influenciados pelo neoplatonismo. Em versões cristãs do neoplatonismo, o Uno é identificado como Deus. O mais importante destes foi Pseudo-Dionísio, o Areopagita, cuja obra foi muito influente na idade média. Agostinho de Hipona se converteu ao cristianismo por influência de Plotino, levando muitos estudiosos a rotular Agostinho como um franco neoplatonista. Contudo, eles notam que a subordinação da filosofia de Agostinho às escrituras leva-a a diferir da filosofia não-cristã. Alguns estudiosos mostraram que o neoplatonismo também foi influenciado pela teologia cristã, notavelmente pelos sistemas de crenças do gnosticismo.
6ª. A ética agostiniana envolve o conceito de liberdade e o livre arbítrio da vontade. Agostinho rompe com a concepção de liberdade grega, que estava fundamentada em um télos político e com o maniqueísmo, enfatizando que Deus criou o mundo e partindo disso, não existe o mal. Deus é perfeito e não poderia ser a causa do mal. O mal é o contrário da ideia de Deus, é apenas ausência de bem.
O homem possuía o livre arbítrio, a possibilidade de escolha entre o bem e o mal. O que pode afastar o homem de Deus é o fator vontade, que muitas vezes leva o homem a escolhas erradas. Afastar-se de Deus significa ir para o não-ser, ir em direção ao mal. É nesse contexto que surge o pecado, como vontade do homem e não de Deus. No homem que vai em direção ao pecado, sua alma decai e não consegue salvar-se sozinha, até que venha então a graça, para dirigir o homem para o caminho do bem. Sem o auxílio da graça reveladora divina, exercendo somente o livre arbítrio, o homem ficaria condenado em seu livre arbítrio e acabaria escolhendo o caminho do mal. Porém, nem todos recebem a graça, somente os predestinados. O homem não é só intelecto, mas também vontade e esta vontade pode ser influenciado ou vulnerável desejando coisas ruins. O homem que busca a beatitude para alcançar a felicidade, só a encontra com fé e intuição, não por meio de atividade intelectual. A fé e a razão complementam-se na busca da felicidade e da beatitude.
7ª. A doutrina moral de Kant é independente de qualquer sentido religioso. Sua moral exclui a noção de intenção como elemento de uma alma pura, e o dever não é uma obrigação a ser seguida em virtude de um ente superior. Intenção e dever (em Kant) dependem do sujeito epistemológico (eu transcendental) e não do eu psicológico (indivíduo). Para Kant, o sujeito transcendental trata-se de uma maquinaria (aparelho cognitivo) subjetiva, universal e necessária (presente em todos os homens, em todos os tempos e em todos os lugares). Assim, todo ser saudável possui tal aparato, formado por três campos: a razão, o entendimento (categorias) e a sensibilidade (formas puras da intuição-espaço e tempo).
Em Kant, a razão (faculdade das ideias) é que preserva os princípios que articulam intenção e dever conforme a autonomia do sujeito. Desse modo segue-se que tais princípios não podem ser negados sem autocontradição. Daí deriva a ideia de liberdade kantiana, de um caráter sintético a priori, sendo que sem liberdade não pode haver nenhum ato moral; para sermos livres, precisamos ser obrigados pelo dever de sermos livres.
8ª. Segundo o pensamento de Kant, a boa vontade é a única coisa que pode ser considerada como boa em si mesma, absoluta e incondicionada, pois já dizia o pensador em seu livro Fundamentação da Metafísica dos Costumes: "De todas as coisas que podemos conceber neste mundo ou mesmo, de maneira geral, fora dele, não há nenhuma que possa ser considerada como boa sem restrição, salvo uma 'boa vontade'" (KANT, 1991). Isto porque a boa vontade, enquanto princípio que orienta as ações humanas, não vai buscar o seu valor num ato de caridade praticado com a intenção de obter benefícios pessoais. Por isso, o valor de uma boa vontade consiste, apenas, na pura intenção de praticar o bem. Quando a mesma intenção se afirma como um valor em si mesmo, independentemente das consequências, ela surge para nós como
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