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Primeira Instrução do Grau de Aprendiz Maçom

Por:   •  1/9/2024  •  Artigo  •  1.196 Palavras (5 Páginas)  •  54 Visualizações

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Primeira Instrução do A  M

Venerável Mestre;

Irmão Primeiro Vigilante;

Irmão Segundo Vigilante;

Demais queridos e amados irmãos:

A primeira instrução nos faz conhecer a riqueza do simbolismo utilizada na maçonaria. Nos mostra que desde os primórdios a ordem utiliza muitos símbolos para ocultar dos profanos seus segredos, revelando-os somente aos escolhidos os seus ensinamentos.

É dito ao Aprendiz que o primeiro grau corresponde ao alicerce da filosofia simbólica, e compete a si o trabalho de desbastar a pedra bruta, no processo de torná-la uma pedra polida, em analogia ao trabalho medieval feitos por nossos irmãos outrora, que trabalhavam sobre as pedras vindas das jazidas para que pudessem ser empregadas nas construções de edifícios. Essa analogia representa a transformação interna realizada em cada um dos irmãos através dos ensinamentos que lhe são transmitidos, a fim de que tenhamos mais e mais facilidade de construir templos às virtudes e masmorras aos nossos vícios, para que sejamos cidadãos moralmente melhores do que éramos na vida pregressa.

Para desenvolvermos tal tarefa utilizamos duas ferramentas, simbolizadas pelo Maço e pelo Cinzel, que representam instrumentos para um trabalho bruto e pesado, necessários antes de darmos o próximo passo na hierarquia do conhecimento, novamente simbolizado pela troca destas ferramentas por outras, de acabamento e maior precisão.

O Maço é o elemento ativo e representa a força empregada em nossas ações, já o cinzel é o elemento passivo e é o meio pelo qual se busca a beleza e a perfeição em nossas obras. Ambos devem ser usados conjuntamente pois através da força na medida correta aplicada pelo maço sobre o cinzel iremos transformar a massa disforme em uma bela escultura com seus perfeitos ângulos retos. Porém se a força for aplicada de forma demasiada, podemos destruir a pedra a ser trabalhada. Caso a força seja insuficiente, nunca atingiremos o nosso objetivo, portanto a maior lição que podemos receber destes símbolos é a medida correta que devemos empregar nossos esforços ou nossa força, em todos os sentidos, para atingirmos nossos objetivos com perfeição e beleza.

Esta dupla de ferramentas é utilizada para derrubar os obstáculos apresentados ao nosso caminho, e superar as dificuldades proporcionais ao progresso realizado, e são apresentadas ao Aprendiz em conjunto, pois assim como os irmãos apoiam-se uns nos outros, uma destas ferramentas torna-se inoperante sem a outra.

Na primeira instrução ministrada em loja é apresentado ao Aprendiz o Painel da Loja, onde há todos os símbolos que devem ser conhecidos. Ele representa a composição física do templo, que deverá ter formato quadrilongo, com comprimento do Oriente até o Ocidente, sua largura vai de Norte até o Sul, enquanto a altura é do Zênite ao Nadir, ou seja, da Terra ao Céu. Tudo isto simboliza a universalidade da nossa instituição, ao mesmo tempo que expressa sobre não haver limites para a caridade por nós exercida.

Na orientação, temos a analogia do Oriente ao Ocidente pois acompanha o movimento do Sol, além de simbolizar o movimento de expansão da ciência, da civilização, das doutrinas e das Leis, que surgiram inicialmente no Oriente. A sustentação da loja se dá por 3 colunas, sendo elas a Sabedoria, a Força e a Beleza, onde a primeira nos orienta no caminho da vida, a segunda anima e sustenta nossas vicissitudes, enquanto a terceira coluna representa os adornos das nossas ações, nosso caráter e nosso espírito. Estas colunas também simbolizam Salomão pela Sabedoria, Hiram pela Força e Hiram Abif pela Beleza. Estas três colunas deverão ser enraizadas no âmago de cada homem, principalmente dos Maçons, sendo conceitos de virtudes morais balizadoras dos nossos passos, com Fé, Esperança e Caridade.

O Teto da Loja simboliza a Abóboda Celeste com seus vários graus de iluminação, enquanto no interior do Templo temos Ornamentos, Paramentos e Joias. Como ornamentos temos o Piso Mosaico, que representa o antagonismo de todas as coisas da natureza, e mesmo assim tudo reside em harmonia. Os diferentes credos, raças e religiões não devem afastar os irmãos, pelo contrário, faz-se necessário que saibamos conviver em perfeita harmonia e tranquilidade por mais diferentes que sejam nossos pensamentos. Nas extremidades do piso temos a Orla Dentada que o contorna, assim como os planetas orbitam o Sol, os povos reúnem-se em torno do seu chefe, os filhos se reúnem ao entorno dos pais e os Maçons reunidos no seio da loja para buscar conhecimento que será difundido aos que nos cercam.

As Grandes Luzes da Loja são representadas pelo Livro das Leis, o Compasso e o Esquadro. O Livro das Leis é o código moral, a Fé que temos e seguimos, comumente representada pela Bíblia, pelo Alcorão, pela Torá, ou qualquer outro Código Moral usado por cada um de nós.

O Compasso e o Esquadro estão sempre unidos em loja, e simbolizam a medida justa que guia nossas ações, lembrando que não podemos nos afastar da justiça e da retidão. As pontas do Compasso ficam cobertas pelo Esquadro para lembrar ao Aprendiz que, enquanto este trabalha na sua pedra bruta, não fará uso desta ferramenta até que acabe a sua obra, que é a pedra polida, acabada e esquadrejada.

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