Trabalho do Grau de Aprendiz Maçom referente a Quinta Instrução – O Estudo do Número Três
Por: FCDelanni • 8/6/2018 • Dissertação • 1.222 Palavras (5 Páginas) • 18.659 Visualizações
Fabiano Castro Delanni - Apr∴ Maç∴
TEMA: Trabalho do Grau de Aprendiz Maçom referente a Quinta Instrução – O Estudo do Número Três.
À Gl∴ do Gr∴ A∴ do U∴
Chego à última instrução do Gr.'. de Apr.'. Maç.'. consciente de que Maçonaria é, ao mesmo tempo, simples e complexa. Vislumbramos a simplicidade na forma em que são transmitidos seus ensinamentos, ao passo que a captação desses ensinamentos nos leva a várias conclusões, que muitas vezes nem mesmo os mais sábios desvendam o real significado, encontrando-se nesse ponto o vértice da complexidade. Todavia, deixemos de lado, momentaneamente, tais divagações filosóficas, pois a Maçonaria é fascinante justamente pelas interpretações que cada um faz no progresso de seus estudos.
A quinta instrução na minha visão passa a ser até agora a mais profunda e interessante de todas, pois os números, além de serem classificados como símbolos, sendo, ainda, ferramenta de trabalho de vários profissionais, como por exemplo do engenheiro, do matemático, do físico, dentre muitos outros, são para a Maç.'. de suma importância e significação incomensurável. Pois nossa Sublime Ordem busca neles, os números, por meio do estudo de várias ciências, a significação mais próxima possível do deslumbrante misticismo que nos propusemos a desvendar. Em meio a essas ciências podemos mencionar a Cabala, a Numerologia, a Astrologia, etc.
Os números, quando estudados criteriosamente, nos levam ao conhecimento e às respostas de muitas indagações que fazemos sobre a existência, o mundo, o nosso eu, e inclusive sobre Deus, o G.'. A.'. D.'. U.'.. Enfim, os números são, sem dúvida, um dos meios de se adquirir uma cultura filosófica avançada e para nós Maçons importantes guias para a descoberta da tão almejada Verdade Real.
Todos os povos antigos atribuíam uma grande importância aos números, às suas propriedades e ao seu papel. Para Pitágoras, tudo é número. O número é a força que mantém a permanência eterna do cosmos. Os números são a regra, a ordem, a música, pois tudo no mundo é regrado, ordenado e harmônico. A simbologia dos números engloba todo um complexo, em virtude da lei das correspondências. Alquimistas, cabalistas e esotéricos acreditam também no poder dos números e em sua influência oculta.
A quinta instrução limita-se em transmitir a nós AApr.'. MM.’. em seu primeiro grau, somente a simbologia dos quatro primeiros números: 1, 2, 3 e 4, indicando que os mesmos, além do valor intrínseco, representam verdades misteriosas e profundas, ligadas, intimamente, à própria simbologia das alegorias e emblemas já estudados em outras ocasiões que, em nosso Templ.'., vislumbramos.
Encontramos tanto na Tora (Livro da Lei dos Judeus), na Cabala, no Velho quanto no Novo Testamentos da Bíblia, inúmeros vestígios da correlação numerológica entre capítulos e versículos, e ao decorrer das narrações em suas alegorias e simbologias.
Vejamos, resumidamente, a significação do número três especificamente, ora apresentado, levando em consideração o Livro da Lei dos Cristãos (Bíblia), as ciências numerológicas e as considerações dos estudiosos dos números:
O Número 3:
Como se verá, no estudo do número TRÊS, o Triângulo é o mais importante símbolo maçônico. Aliás não é só a Maçonaria que cultua o simbolismo desta figura. Outras religiões também o fazem, principalmente porque é a representação simbólica perfeita dos TRÊS aspectos do ABSOLUTO, aspectos estes de absoluta igualdade perfeitamente representada pelos lados do Triângulo equilátero. Toda a Perfeição, em seu mais alto grau, está representada, simbolicamente, na figura ímpar do triângulo equilátero com seus TRÊS lados e TRÊS ângulos, matemática e absolutamente iguais.
A diferença, o desequilíbrio e o antagonismo observados no estudo do número 2, cessam, repentinamente quando se lhe acresce uma terceira unidade. A instabilidade da divisão ou da diferença, aniquilada pelo acréscimo de uma terceira unidade, faz com que, simbolicamente, o número 3 se converta, também, em unidade. A nova unidade, porém, não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houve intervenção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio número, como se dá com a unidade primitiva; é uma unidade que absorveu e eliminou a unidade primitiva, verdadeira, definida e perfeita. Foi assim que se formou o número 3, que se tornou unidade da vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito.
Em Maçonaria, mais especificamente no Gr.'. de Apr.'. Maç.'., o número 3 é de extrema importância e significação, sendo que grande parte da sua simbologia se converte no número 3, senão vejamos: três são os pontos que o Maçom apõe em seu nome, simbolizando SABEDORIA, VONTADE e INTELIGÊNCIA; três passos se dão na Marcha; três palmas se enceta na bateria; três é a idade do Apr.'. Maç.'.; três vezes se aclama HUZZÉ; três toques correspondidos são perpetrados no Toque de Reconhecimento Maçônico; três são os sustentáculos maiores da Loj.'.: a SABEDORIA, a FORÇA e a BELEZA; três luzes dirigem e guiam a Loj.'.: o VEN.'. MESTRE, o 1.º VIG.'. e o 2.º VIG.'.; três GGr.'. compõem a Loj.'. Simbólica: Apr.'. M.'., Comp.'. M.'. e M.'. M.'.; dentre outras várias correlações.
Três é um número completo, total. A ioga, por exemplo, distingue uma hierarquia ternária correspondente a três estágios de evolução: vida instintiva, vida emocional e vida mental.
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