Questões e temas para discussão: Sócrates
Por: Otrop • 9/6/2016 • Ensaio • 464 Palavras (2 Páginas) • 370 Visualizações
1. Segundo Sócrates, qual o papel do filósofo?
Resposta: Para Sócrates, a função do filósofo é estimular, por meio de indagações, a
desconstrução de falsos conceitos, e, assim, a lembrança das ideias verdadeiras. Tem por objetivo fundamental, também, o pleno conhecimento e a intimidade com o bem, sendo, à su presença, impossível a prática de más ações.
2. Como podemos entender a afirmação de Sócrates de que “ a vida sem re-
flexão não vale a pena ser vivida”?
Resposta: Sócrates prezava pela liberdade de pensamento, acreditava que deveríamos,
por meio da maiêutica, realizar reflexões interiores e exteriores constantes, nas quais questionar a si e aos outros seria extremamente virtuoso. Enfatizava, também, que todas as relações da vida humana deveriam ser examinadas por meio de uma meditação pro- funda, não aceitando, instintivamente, os costumes e os acontecimentos, mas se utilizan- do de uma conduta racional e reflexiva acerca deles. O seu racionalismo tem por emba- samento a conduta na reflexão, por meio de conceitos claros, sobre a própria evidência racional.
3. Como Sócrates responde às acusações que lhes são feitas?
Resposta: Não se defende da forma tradicional, rejeita negar seus atos e tampouco re-
trata-se. Reage acusando os governantes de improbidade e intolerância às idéias oposito- ras. Reafirma que o papel do filósofo é indagar, destruir conceitos e estimular a síntese de novos (maiêutica), e o silêncio, a não-indagação, supostamente necessária para a não perturbação à "ordem", é antagônica à sua função, e impossibilita a obtenção do verda- deiro conhecimento, inato às pessoas, que necessitam, contudo, de estimulação, median-
te tal processo de desconstrução, que requer criticismo. Afirma que não se deve buscar escapar da morte a qualquer preço, no caso, a introversão ou mesmo o abandono de suas ideias. Cria que seus condenantes seriam posteriormente condenados pela verdade, por equívoco, injustiça e vilania, e pelos próprios cidadãos, que se uniriam, críticos aos grupos dirigentes gregos, temerosos da exposição da verdade e da subsequente neces- sidade de prestação de contas sobre sua ingerência e corrupção, contra seus dirigentes. Posteriormente, afirma que a morte não é por ele temida, é banal, e talvez um alívio, pois seria uma continua inconsciência, "eterno sonho", ou uma transcendência para outra di- mensão supramaterial, uma "mudança de morada", logo, diante da perseguição que so- fria, um alívio, a libertação dos problemas. Pede, depois, que seus filhos sejam perturba- dos como ele os perturbou, pela maiêutica, sendo irônico ao dizer que seria uma justa punição, mas por ele muito desejável. Em suma, preferiu seguir acreditando naquilo que lhe parecia correto e não abdicou disso nem mesmo face aos anseios dos seus acusado- res, que esperavam sua retratação. Em suas palavras: "vocês gostariam de me ouvir ge- mer e dizer e fazer coisas que, insisto,
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