Quetões De Filosofia
Artigos Científicos: Quetões De Filosofia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: iarakuntz • 23/3/2014 • 1.720 Palavras (7 Páginas) • 957 Visualizações
Questões sobre os textos de:
Marilena CHAUI, Convite à Filosofia, p. 09-33.
Maria ARANHA e outros, Filosofando, p. 72-77.
Questões de 6 a 16.
Iara Kuntz
6)Quais são as diferenças entre Filosofia e mito?
Podemos encontrar 3 diferenças como mais importante:
1- Mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando–se antes de tudo existisse tal como existe no presente. A filosofia, ao contrario, se preocupa em explicar como e porque, no passado , no presente, no futuro.
2- O mito narrava a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas, enquanto a filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais.
3- O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A Filosofia, ao contrario, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional, além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filosofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.
7) Segundo Marilena Chauí, quais são as principais condições (3 condições) históricas que explicam o surgimento da Filosofia no ocidente grego? Explicar.
As principais condições históricas para o surgimento da Filosofia na Grécia, abaixo 3 condições:
1- As viagens marítimas, que permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis ermos, na verdade, habitados por outros seres humanos; e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitados por monstros e seres furiosos não possuíam nem um nem outro. As viagens produziram o desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir uma explicação sobre sua origem, explicação que o mito já não podia oferecer.
2 – A invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações, às horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, uma capacidade de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino incompatível.
3- A invenção da moeda, que permitiu uma forma de troca que não se realiza através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocas por semelhanças, mas uma troca abstrata, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização.
8) O que denota a palavra “filosofia”?
A palavra filosofia é grega. É composta por duas outras: philo e sophia. Philo deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábios. Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria tem amizade pelo saber, deseja saber.
9) Quem é o filósofo segundo Pitágoras a partir do argumento dos 3 tipos de pessoas que compareciam aos jogos olímpicos? Explicar.
Conforme Pitágoras dizia que três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos: as que iam para comerciar durante os jogos, ali estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os torneios; as que iam para competir, isto é, os atletas e artistas e as que iam para contemplar os jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam . Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras , é como o filósofo. Com isso, Pitágoras queria dizer que o filósofo não é movido por interesses comercias - não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado; também não é movido pelo desejo de competir-não faz ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores ou “atletas intelectuais”; mas é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida; em resumo, pelo desejo de saber.
10) Quais são as características da filosofia como um fato tipicamente grego?
A Filosofia, entendida como aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistêmico da realidade natureza e humana, da origem e causas do mundo e de suas transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um fato tipicamente grego. Quando se diz que a Filosofia é um fato grego, o que se quer dizer é que ela possui certas características, apresenta certas formas de pensa e de exprimir os pensamentos, estabelece certas concepções sobre o que sejam a realidade, o pensamento, a ação, as técnicas, que são completamente diferentes das características desenvolvidas por outros povos e outras culturas.
11) Qual é o legado que a filosofia grega deixou para o ocidente europeu? Discorrer sobre três contribuições.
Somos herdeiros do legado que a Filosofia grega deixou para o pensamento ocidental europeu. Desse legado, podemos destacar.
A ideia de que a natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais, isto é, as mesmas em toda parte e em todos os tempos. Conforme os gregos a lei da gravidade afirma que todo corpo, quando sofre ação de um outro produz reação igual e contrária ,que pode ser calculada usando como elemento do cálculo a massa de corpo afetado, a velocidade e o tempo com que a ação e a reação se deram. Essa lei é necessária, essa lei é universal, válida para todos os corpos em todos os tempos e lugares.
A ideia de que os seres humanos, por natureza, aspiram ao conhecimento verdadeiro, á felicidade, á justiça, isto é, que os seres humanos não vivem nem agem cegamente, mas criam valores pelos quais dão sentido às suas vidas e ás suas ações.
A ideia de que as leis necessárias e universais da Natureza podem ser plenamente conhecidas pelo nosso pensamento, isto è, não são conhecimentos misteriosos e secretos, que precisariam ser revelados por divindades, mas são conhecimentos
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