Racionalismo
Tese: Racionalismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: amandahfs • 24/5/2014 • Tese • 1.672 Palavras (7 Páginas) • 361 Visualizações
O RACIONALISMO
No linguajar comum, a palavra racionalismo veio a significar o julgamento pela luz da razão, e essa razão descarta completamente o sobrenatural. Entre os diferentes sistemas dos racionalistas dos séculos XVII e XVII havia em comum uma crença na racionalidade do universo e no poder da razão para compreendê-lo. Por trás de toda complexidade natureza havia uma mente racional, que podia ser conhecida mediante o emprego adequado da razão.
Os reformadores do século XVI eram dominados por uma preocupação com Deus. E o pontapé inicial foi a ação de Deus com Cristo, conforme e testificada nas Escrituras. A partir daí começaram a pensar a cerca do mundo.
Já os racionalistas do século XVII estavam mais entusiasmados com o mundo do que com Deus. E o pontapé inicial foi a lógica, e suas técnicas vinham da matemática.
- DESCARTES
O primeiro dos grandes filósofos racionalistas foi o francês René Descartes, inventou o sistema de coordenadas cartesianas, foi o pioneiro do racionalismo e da dúvida cartesiana. Teve como obras filosóficas principais "Discurso sobre Método e Meditações Metafísicas". Teve como primeiro princípio nunca aceitar qualquer coisa como verdadeira a não ser que conhecesse claramente como tal, seus ideais e métodos foram forjados na matemática. Dedicou-se a investigar a estrutura do universo, dando livre curso às suas dúvidas, admitiu a possibilidade de que tudo o que havia em sua mente talvez não passasse de sonhos e ilusões. E com essa tese em mente como poderia então ter a certeza de que o universo existia? E sua resposta tinha três passos principais:
A) Primeiro e mais impossível de duvidar era o fato de que estava duvidando, que levou ao seu célebre axioma: Cogito ergo sum ("Penso, logo existo"). Pensava ele que fato de está tendo dúvidas era a prova de que ele existia.
B) Segundo era demonstrar que Deus existia, isso tudo através de combinações dos argumentos causal e ontológico. De um lado a ideia de si mesmo como um ser finito e a existência de um ser infinito, por outro, a própria ideia de um ser perfeito implicava sua existência.
C) Terceiro a declaração de que se Deus é perfeito ele não nos enganaria, não deixaria pensar que nossas ideias claras e nítidas fossem verídicas se realmente não o fossem. Portanto, temos a segurança de que todas as nossas deduções lógicas acerca da realidade são válidas.
Descartes as vezes é retratado como o primeiro filósofo moderno, mas isso não é bem correto. Ao retocar a provas medievais da existência de Deus, estava fazendo uso do legado da Idade Média. Descartes se interessava em Deus por amor ao mundo e não a Deus. Deus e invocado por ele como uma espécie de deus ex machina, para garantir a a validade dos nossos pensamentos a cerca do mundo, fora isso permanece eternamente nos bastidores. Segundo o pensamento do arcebispo Wiliam Temple em qual foi o momento mais desastroso da história européia, o mesmo deu início ao pensamento europeu e a tendência que representava uma mudança de preocupação, um retorno para a auto consciência individual como único ponto de partida seguro para a filosofia. O filósofo francês inaugurou uma tendência ao qual muitos que rejeitavam seu sistema propriamente dito o seguiram, que foi o estabelecimento da consciência individual como o critério final da verdade.
O próprio Descartes acreditava que tinha dominado a realidade objetiva, por meio de sua doutrina de ideias claras e distintas, que permaneciam inabaláveis diante da experiência. Na verdade nem o cogito ergo sum, nem o argumento ontológico e nem seu método em geral eram fiéis quanto se levará a acreditar. O mero processo de elaboração de raciocínios não os torna verídicos.
O racionalismo dominou a filosofia da Europa continental, especialmente a da Alemanha, até quase o fim do século XVIII. E até mesmo quando o racionalismo foi finalmente abandonado, houve muitos, e ainda há nos dias de hoje, que continuaram a tomar a autoconsciência individual como ponto de partida e até mesmo como único ponto de referência.
- SPINOZA
Benedito de Spinoza nasceu em Amsterdã, de país judeu, embora fosse criado como judeu, seu livre pensamento resultou na sua expulsão da sinagoga. Escritos posteriores relatam que ele foi um pioneiro na crítica bíblica. Ele também publicou uma obra sobre o pensamento de Descartes, um dos motivos pelo qual ficou famoso, foi seu único livro publicado em vida, e que haveria de trazer seu nome ao frontispício, escreveu um tratado sobre política e religião (Tractatus Theologico-Politicus) , mas a principal obra de sua vida, que foi publicada postumamente em segredo no ano de sua morte foi Ética.
Spinoza tem recebido descrições que variam entre ateu pavoroso e uma pessoa inebriada por Deus. Na verdade era um panteísta, o dele era um panteísmo racional, sobriamente calculado a partir de premissas semelhantes àquelas de Descartes.
Sua ideia básica é a da substância, que ele define como "aquilo que existe por si mesmo, e que é concebido por si mesmo; ou seja, algo cuja concepção não exige qualquer outra coisa para sua formação". Diz-se que essa ideia é verdadeira por sua própria evidência. "Se alguém disser, portanto, que tem uma ideia clara e distinta, ou seja, verdadeira, da substância, e mesmo assim, duvidar que semelhante substância existe, é como aquele que diz que tem uma ideia verdadeira e que, mesmo assim pensa que ela talvez seja falsa. Pois, "Tudo quanto existe está em Deus, e sem Deus nada pode existir, nem se pode conceber dele". Mas
Spinoza em seguida deixa bem claro que para ele, Deus não existe fora da natureza , mas, sim, dentro dela. "deus é a causa imanente e não transiente de todas as coisas", quer digamos "Deus" ou "natureza" estamos falando da mesma coisa.
Ao longo de seus argumentos, ele negava que Deus pudesse amar aos homens de forma pessoal. Porém, a despeito desse aspecto aparentemente rigoroso, o argumento de Spinoza está longe de ser incontestável. Ou seja, além das falhas no modo como foi desenvolvido, o sistema inteiro falha porque Spinoza não conseguiu estabelecer a validade de suas definições e procedimentos. Apesar disto, Spinoza
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