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Racionalismo X Relativismo

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Por:   •  15/12/2014  •  1.238 Palavras (5 Páginas)  •  4.590 Visualizações

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Introdução

Inicializa com a caracterização das duas posições que representam os extremos do debate, extremo que se refere respectivamente como racionalismo e relativismo. Em seguida, a extensão em que Lakatos e Kuhn podem ser legitimamente caracterizados como racionalistas ou relativistas.

Racionalismo

Para um racionalista extremado há um critério único, atemporal e universal com referência ao qual se podem avaliar os méritos relativos de teorias rivais. Sejam quais forem os detalhes da formulação do critério por um racionalista, uma característica importante dela é sua universalidade e seu caráter não histórico. O racionalista extremado vê as decisões e as escolhas dos cientistas como sendo guiadas pelo critério universal.

O racionalista típico acreditara que as teorias que se conformam às exigências do critério universal são verdadeiras, ou aproximadamente verdadeiras, ou provavelmente verdadeiras. O racionalista acha a distinção entre a ciência e não ciência fácil de compreender. São cientificas apenas aquelas teorias capazes de ser claramente avaliadas em termos do critério universal e que sobrevivem ao teste. O racionalista típico aceitara como evidência que se deva dar um alto valor ao conhecimento desenvolvido segundo o critério universal. Ainda mais se compreender o processo como meio de se chegar à verdade. A verdade, a racionalidade e a ciência, portanto, são vistas como sendo intrinsecamente boas.

Relativismo

O relativismo é uma doutrina que prega que algo é relativo, contrário de uma ideia absoluta, categórica. Protágoras de Abdera, um famoso sofista, tinha como base da sua filosofia o axioma "O Homem é a medida de todas as coisas, daquelas que são por aquilo que são e daquelas que não são por aquilo que não são." Tal axioma retrata bem o relativismo, se o homem é a medida de todas as coisas, então coisa alguma pode ser medida para os homens, ou seja, as leis, as regras, a cultura, tudo deve ser definido pelo conjunto de pessoas, e aquilo que vale em determinado lugar não deve valer, necessariamente, em outro.

Embora o termo seja frequentemente atribuído ao ceticismo antigo e à sofística, esse fenômeno é tipicamente contemporâneo, na medida em que emerge da crise de fundamentos da modernidade – crise da verdade e da pretensão de atingir uma interpretação unitária ou definitiva do real, acarretando a impossibilidade de fundamentar o conhecimento e os valores.

Lakatos como Racionalista

Segundo Lakatos, o debate “tem a ver com nossos valores individuais centrais”. Lakatos declarou explicitamente que o “problema central da filosofia da ciência é... o problema de explicitar condições universais sob as quais uma teoria seja científica”, um problema que é “ligado intimamente ao problema da racionalidade da ciência” e cuja a solução “deveria nos oferecer orientação quanto a quando é ou não racional a aceitação de uma teoria científica”.

Lakatos disse ainda que não há “maneira alguma de julgar uma teoria a não ser avaliando o número, fé e energia vocal de seus partidários”. Desse ponto de vista, a verdade sem encontra no poder, a mudança científica se transforma numa questão de “psicologia das multidões”, o progresso científico é, em sua essência, um “efeito de adesão aos vitoriosos”. Na ausência de escolhas racionais que guiem a escolha de teorias, sua mudança aproxima-se da conversão religiosa. Lakatos assim, não deixa dúvidas quanto ao fato de defender uma posição racionalista

O critério universal de Lakatos para a avaliação de teorias, segue-se do princípio de que “a metodologia dos programas de pesquisa científica é mais adequada para aproximação da verdade em nosso universo real que qualquer outra metodologia”. A ciência progride por meio da competição dos programas de pesquisa, um é melhor que o outro se for mais progressivo.

Lakatos tinha como objetivo propor um critério universal para julgar os programas de pesquisa, em especial, e o progresso científico, em geral.

Lakatos dispõe de um critério universal de racionalidade conjectural e que deve ser testado na história da ciência. Para ter maior credibilidade afirma que seu critério passou por testes relevantes sendo superior aos demais dando sustentabilidade na afirmação. Devido a este critério, Lakatos não possibilita fornecer conselhos aos cientistas, e o mesmo reconhece, opondo-se então à poluição intelectual. O principal ponto abordado é que a metodologia proposta por Lakatos incorpora uma definição do que se constituiu o progresso na física moderna, porém não funcionava com guia para consistir um progresso.

A clareza em perceber que Lakatos tratava da conjectura a ser testada na história da física fica evidente ao constituir o paradigma da racionalidade e da boa ciência. Ele supunha que a ciência

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