Reflexões Da Filosofia Na Educação
Trabalho Universitário: Reflexões Da Filosofia Na Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dani2299 • 19/5/2014 • 2.436 Palavras (10 Páginas) • 419 Visualizações
Universidade Anhanguera
UNIDERP - Centro de Educação a Distancia
Curso Pedagogia
Disciplina: Fundamentos filosóficos da Educação
Titulo da atividade: Reflexões da Filosofia na Educação
Serie: 3ºBimestre
Tutor: Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes
Aluna: Adriana Cristina Gouvêa Tonon Ra.
Aluna: Carla Ribeiro de Paula Ra.
Aluna: Carla Regina Toledo Pereira Seifeddine Ra.
Aluna: Daniela Donato Ra.
São João da Boa Vista, setembro de 2013.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. DESIDERIO MURCHO
3. BORDIEU
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1. Introdução
A etimologia da palavra filosofia é a junção de duas palavras gregas, philos e Sophia; philos, derivado da palavra philia que significa amor fraterno e respeito entre os iguais e Sophia que significa sabedoria, logo a palavra deve ser entendida como amor e/ou amizade pela sabedoria. Esta premissa nos deixa claro que a filosofia não tem um objeto de estudo definido, antes está aberta para discutir várias temáticas, ou seja, qualquer aspecto da sociedade e do mundo pode ternar-se objeto de estudo e discussão dentro da filosofia. Questões que muitas vezes a própria ciência não consegue responder por seu caráter positivista, ganha espaço dentro da filosofia.
2. Segundo Murcho (2008) a natureza aberta e especulativa da filosofia possibilita discussões, sem que estas ganhem status consensuais, essa característica é fundamental para entendermos a sua importância para compreensão da sociedade e do mundo. Segundo Luckese, a filosofia se manifesta ao ser humano como uma forma de entendimento que tanto propicia a compreensão de sua existência, como lhe oferece um direcionamento para sua ação, um rumo para seguir ou, ao menos, para lutar por ele. Ela estabelece um quadro organizado e coerente de visão de mundo, sustentando uma proposição organizada e coerente de agir. A filosofia não de modo algum uma simples abstração independente da vida. Ela é, ao contrário, a própria manifestação da vida humana e a sua mais alta expressão. Traduz o sentir, o pensar e o agir do homem (Luckesi, 1995).
O sistema capitalista “exige” das ciências resultados consensuais, com métodos que garantam a veracidade da tese que está sendo proposta, essa abordagem não garante resultados substanciais de temáticas estudadas pela filosofia, logo, a filosofia transcende essa perspectiva, possibilitando a reflexão, considerando que a sociedade é um constante vira-ser e que as relações sociais são construídas a partir da relação com o outro.
Num mundo globalizado em que “tempo é dinheiro” não há espaço para a reflexão, para o questionamento, para a argumentação, isso muitas vezes impede o desenvolvimento de um pensamento filosófico, tornando o indivíduo cada vez mais alienado, ou seja, alheio a sua real situação; a filosofia busca romper com esse paradigma.
A partir de 2 de junho de 2008 torna obrigatória o ensino de Filosofia em todas as séries do Ensino Médio. Desidério Murcho (2008) nos apresenta algumas considerações importantes a serem observadas por qualquer educador que se propõe ensinar filosofia nas escolas. Uma das primeiras dificuldades dificuldade apresentadas por Desidério é que a natureza aberta e especulativa da filosofia leva algumas instituições a optarem pelo historicismo e enciclopedismo filosófico, essa perspectiva desconsidera o saber do educando, seus conhecimentos prévios, sua história de vida, os valores construídos e visa apenas a internalização de conhecimentos já elaborados. O ensino da filosofia precisa superar essa prática tradicional. “O estudante tem de compreender os problemas, teorias e argumentos da filosofia, tal como surgem ao longo da história da disciplina, mas também têm que discutir por is os problemas, teorias e argumentos da filosofia” (Murcho)
Outro problema é que se a cultura for autoritária dificilmente haverá questionamentos e argumentos que vão de encontro à teoria proposta, antes haverá uma descrição sumária das teorias indicadas pela instituição, um exemplo clássico foi a Ditadura Militar no Brasil, durante esse período o ensino da filosofia foi banido das escolas; era proibido penar, refletir, não era interessante para as autoridades que a população questionasse a condição opressora que lhes fora submetidos.
Para pensarmos em um ensino de filosofia de excelência, precisamos discutir primeiro qual tipo de cidadão que queremos formar, a partir de qual cultura e para qual sociedade, isso nos remete à formação de professores e ao currículo de filosofia. Não basta formarmos historiadores ou enciclopedistas da filosofia, é preciso construir pensamentos filosóficos, indivíduos críticos que consigam pensar sobre sua realidade com autonomia. “Filosofia não é fazer relatórios mais ou menos acadêmicos sobre o que os filósofos pensam. Filosofar é fazer o que os filósofos fazem” (Murcho).
Em um mundo globalizado vemos uma crescente democratização das novas tecnologias, avanços estes claramente perceptíveis nas camadas populares, com a tecnologia cada vez mais presente, o acesso às informações tornou-se uma constante em nosso cotidiano. A popularização das novas tecnologias como a internet, inicia-se a partir do final do século XX, tornando o acesso tecnológico indispensável para nossa ascensão sociocultural. Esse brusco avanço tecnológico causou um grande impacto nas relações sociais, nos levando a buscar novos conhecimentos, fazendo-se necessário um serie de modificações a fim de evitarmos a obsolescência.
Em todo o mundo, independente do grau de desenvolvimento de cada país, a informática tem sido um dos campos que mais cresce, resultando na introdução da tecnologia na educação como algo inevitável e necessário. Em decorrência,
...