Resenha Crítica do Filme Intocáveis

Resenha Crítica do Filme Intocáveis

Intocáveis um filme escrito e dirigido por Eric Toledano e Olivier Nakache, passa-se  na França e foi produzido por Califórnia Filmes no ano de 2011. É inspirado em uma história real, onde a principal mensagem do filme é mostrar como um homem pode ajudar outro homem mesmo em condições tão diferentes, e pertencendo a mundos tão divergentes.

O filme “Intocáveis” trata-se de pessoas extremamente opostas.  Relata a vida do rico, branco, milionário, refinado e elegante Sr. Philipe, um deficiente físico que adquiriu a condição de tetraplégico por consequência de um acidente que ocorreu enquanto praticava o esporte parapente. Ao adquirir essa condição a sua vida muda de rumo, sua liberdade de ação foi tolida tornando-o dependente para todas suas atividades, desde a mais simples e comum, como alimentação, higienização, locomoção e dentre outras.

Philipe novamente sem acompanhante volta a entrevistar cuidadores, dentro de um grupo de candidatos com seus diplomas e formações de cuidadores, surge o marcante encontro dos “intocáveis”, quando Driss entra na sala de seleção com seu jeito grosseiro e autentico desperta algo em Philipe, ele era o menos qualificado e pouco interessado na vaga.

Driss, negro, inculto, grosseiro, pobre e morador da periferia, que havia saído recentemente da prisão após uma acusação de furto. Na verdade Driss é um malandro que tenta conseguir a vaga de emprego, na realidade ele queria apenas a dispensa pra poder receber o seguro desemprego e ajudar sua família com o dinheiro do governo.

Longe de parecer ser contratado, Driss é surpreendido por Philippe, que o contrata, e o emprego acaba tornando-se uma grande aventura, uma relação de amizade enriquecedora e sobre tudo de uma relação humana, onde o cuidar ultrapassa as regras preestabelecidas.

O filme apresenta os opostos que dão certo e as deficiências de cada um, social no caso de Driss e física no caso de Philipe, suas diferenças servem para torná-los semelhantes e complementares. O oposto de um que completou-se no outro, Driss era um homem negro e de pouca cultura, cresceu na classe baixa e marginalizada, entretanto, seu dom de proteger e amar, faz com que o Philipe sinta-se uma pessoa comum e não digna de pena.

Assim, tem início uma amizade muito improvável. Driss é bastante desajeitado no início, mas aos poucos aprende a função. Philippe, por sua vez, começa a se afeiçoar ao rapaz, principalmente, porque, ao contrário dos demais auxiliares que já teve, este não o trata como um pobre coitado. Muitas vezes, o rapaz chega até mesmo a esquecer da deficiência de Philippe.

As diferenças entre os dois homens são enormes, entretanto, algumas semelhanças começam a surgir, como a paixão de ambos pela música, pelo esporte e família. Eles começam a trocar experiências. Perto de Driss, Philippe que vivia de mau humor, começa a se soltar e a rir mais. Já Driss é apresentado ao mundo da alta sociedade e, mais do que um simples funcionário, torna-se confidente e amigo de Philippe.

Durante o filme é possível verificar a utilização de tecnologia assistiva, dentre as quais: a cadeira de rodas que tinha a função de adequador postural; pode-se destacar o virador de páginas que Philipe manipula para auxiliar a leitura; destaca-se ainda o carro adaptado e a cadeira de banho.

No filme infelizmente aparece uma cena com a prática do bullying, quando Driss se refere a mulher que Philipe está se correspondendo não poderia ser gorda, por isso, ele deveria pedir uma foto para conhecê-la. Mas a relação que era realizada através das correspondências é algo que vai além, era uma relação intelectual.

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