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Resenha Crítica do filme “O Vendedor de Sonhos”.

Por:   •  1/5/2022  •  Resenha  •  411 Palavras (2 Páginas)  •  291 Visualizações

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O filme "O vendedor de sonhos'', de Jayme Monjardim, foi baseado no livro do escritor Augusto Cury com o mesmo tema e conta a história de Júlio César, um psicólogo que entre suas dores e desilusões com a vida, decide um dia subir à sacada do Edifício San Pablo e cometer suicídio. Antes que ele consiga completar esse desejo, um sujeito misterioso heroicamente o salva através de palavras profundas e reflexões, que fazem com que o suicida desista e aceite segui-lo. Conhecido como “mestre”, a figura - peculiar e louca aos olhos do mundo - que o salvou apresenta-se como um vendedor de sonhos e oferece a Júlio César o sonho de recomeçar. Os dois partem então numa nova jornada para que o “Mestre” lhe guie e leve, com mais alguns amigos, ajuda a quem precisa, principalmente através das ideias e da fé no ser humano como agente transformador. No meio disso, Júlio aos poucos e com a ajuda do "Mestre" encontra o verdadeiro sentido de sua existência e reflete profundamente suas escolhas.

O longa-metragem é recheado de frases-chave e grandes reflexões que nos fazem olhar para a doente sociedade moderna e descobrir porquê a cada quatro segundos alguém comete suicídio. A obra apesar de simples demonstra com maestria coisas que esquecemos com o passar dos tempos. Tendo em vista ser quase inevitável nos dias de hoje ser consumido por um individualismo que nos cega em nossas metas, nos tranca em nossas propriedades e bens e nos torna insensíveis à dor do outro, o filme se utiliza dos marcantes cenários de São Paulo e da jornada de Júlio, o Mestre e seus amigos para nos lembrar daquilo que a corrente Humanista já nos apresentava, a capacidade humana de auto realizar-se.

Por seguir essa corrente de pensamento, o filme nos traz alusões da Fenomenologia, que procura interrogar as experiências vividas pelo sujeito e o significado que ele atribui à elas, bem como o Existencialismo, que nos convoca a atuar como protagonistas de nossas vidas, criando nossos próprios valores e razão de ser antes que o mundo nos imponha. Tais ideais foram visíveis na obra quando nos apresentou a valorização do ser humano e sua capacidade de superar.

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