Resenha Filme Mentes Peigosas
Por: Alexandre Campidelli Figueiredo • 20/10/2017 • Resenha • 491 Palavras (2 Páginas) • 509 Visualizações
Isabela Carolina Puin
Leitura do filme Mentes Perigosas, a partir do texto de Roberto Cardoso de Oliveira
Trabalho apresentado na disciplina Sócioantropologia, Cultura e Escola, ministrada pelo Prof. Dr. Denis D. Badia.
Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”
Faculdade de Ciências e Letras
Campus de Araraquara
Curso de Pedagogia
Araraquara, 14 de Setembro de 2017
No filme Mentes Perigosas, a professora Louanne se depara com uma grande dificuldade quando começa a dar aulas. Sua sala é composta por alunos menos favorecidos que não tem o menor interesse pelos estudos. A professora começa a perceber que deve modificar seus métodos para despertar a atenção daqueles alunos.
O autor Roberto Cardoso de Oliveira, no capítulo O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever, enfatizou o caráter constitutivo do olhar, do ouvir e do escrever, na elaboração do conhecimento das disciplinas sociais. A professora Louanne inicia seus ensinamentos, partindo deste princípio para entender e ensinar sua sala de aula. Ela busca observar a situação em que aqueles alunos se encontram, compreendê-los e ouvi-los. Isso acaba despertando o interesse dos alunos, que sempre se sentiram excluídos e sem importância perante seus professores e diretor. O fato de ter alguém se importando, fez com que eles começassem a se interessar pelo estudo.
O autor Roberto Cardoso de Oliveira, afirmou que os horizontes semânticos em confronto, ampliam-se um ao outro, de maneira a transformar um "confronto" em um "encontro etnográfico". Louanne respeitou o modo pelo qual cada aluno atribuía sentido à vida e criando oportunidades de trocas de conhecimento, ela utilizou o conhecimento prévio daqueles alunos para dar valor ao que já sabiam. Isso fazia com que fosse gerado um "encontro etnográfico", a "fusão de horizontes" originava uma troca de ideias e aprendizados entre os alunos e a professora.
Mesmo com todo seu empenho de modificar a vida daqueles estudantes, a professora teve muitos problemas. Infelizmente, a direção da escola não partilhava de seu modo de pensar e acabava colocando empecilhos no trabalho de Louanne. A direção não procurava entender os alunos e oferecer oportunidades à eles.
Louanne acaba perdendo dois alunos por preconceito, da parte de uma mãe, por sua maneira de ensino e, também, perde um menino vítima da violência. Neste momento ela pensa em desistir, mas é convencida, por seus alunos, a ficar e continuar o trabalho que estava fazendo.
Os alunos que antes não gostavam de seus professores, passam a ter uma afetividade pela professora Louanne, pois ela havia sido a única que demonstrou preocupação com eles e os aceitou da maneira que eles eram. A professora fugiu do etnocentrismo imposto pela escola e conseguiu ter uma outra visão sobre aqueles alunos. Com isso, ela possibilitou uma grande troca de conhecimentos e interesse pelo aprendizado.
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