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Resumo Indicativo Fundamentos da Metodologia Científica, José Carlos.

Por:   •  28/2/2022  •  Monografia  •  647 Palavras (3 Páginas)  •  804 Visualizações

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KOCHE, José Carlos. Ciência e método: uma visão histórica. In____Fundamentos de Metodologia Científica. 29ª Edição. Petrópolis: Vozes, 2011.

Kenji Bento Falcão

O livro Fundamentos da Metodologia Científica, de José Carlos começa trazendo um dilema a respeito de dois acontecimentos importantes na história da ciência, a teoria da relatividade e a bomba nuclear. O primeiro acontecimento trouxe, para a sociedade, a alegria e orgulho de uma nova descoberta, já o segundo, que foi uma consequência direta do primeiro, trouxe a angustia e o medo da existência de uma arma tão poderosa que matou milhares. É trazido pelo autor, também, o  questionamento à respeito do exagerado caráter prático da ciência, já que se a bomba nuclear tivesse ficado na teoria, não teríamos na sociedade uma arma de destruição em massa de tanta potência.

O autor afirma que a ciência não tem apenas uma concepção, pode-se dividi-la em períodos históricos, cada um com suas características únicas. De forma mais simplificada, ele elege três períodos a serem analisados, a ciência grega, do século VII aC até o final do século XVI, a ciência moderna, do século XVII até o início do século XX e a ciência contemporânea, que vai do início do século XXI até os dias atuais. A ciência grega inicia-se com os pré-socráticos, que vieram trazer a ruptura com a mitologia, mostrar que os fenômenos não ocorriam em por vontades imprevisíveis dos deuses, mas que sim que o universo era ordem, era cosmos, os fenômenos estavam relacionados a causas e forças naturais que podiam ser conhecidas e previstas, para os pré-socráticos o empirismo era a base. Depois veio a abordagem platônica, que diferente dos empíricos, o verdadeiro mundo platônico é o das ideias, para Platão os sentidos apenas mostram como as coisas são, mas não o que elas são. Após Platão, chegou o seu discípulo, Aristóteles, que trouxe consigo o meio termo dos dois últimos pensamentos regentes, para ele, no primeiro momento é preciso perceber os fatos pelos sentidos, empirismo, e depois, agrupar as observações, pelo processo de indução. Já na ciência moderna, o autor cita Francis Bacon, Galileu Galilei e Isaac Newton como cientistas que tiveram grandes participações na história. Com relação a ciência grega, Francis Bacon e Galileu Galilei se opuseram ao pensamento aristotélico, criticando a experiencia vulgar, conduzia a enganos. Na ciência contemporânea, um dos primeiros cientistas a ter visibilidade foi Pierre Duhem, para ele o cientista constrói instrumentos, ferramentas (suas teorias) para se apropriar da realidade, e durante essa época novos critérios para a formação do conhecimento científico e novas ferramentas de observação surgiram.

Depois de abordar os períodos históricos da ciência, o autor traz como pauta a discussão sobre distinguir a ciência da não ciência, citando uma contribuição de Einstein: a demonstração de que, por maior que seja o número de provas acumuladas em favor de uma teoria, ela jamais poderá ser aceita como definitivamente confirmada. Então surge uma nova duvida, que critério utilizar para demarcar e distinguir a ciência de outras formas de conhecer?

Além disso, o autor discute sobre a postura ingênua, dos empiristas, de não questionar a possibilidade de os sentidos, que são mecanismos de percepção sensorial, se enganarem, distorcerem ou não apreenderem o real. Assim, nessa postura confunde-se o real com a aparência do real, portanto, o empirista não questiona a possibilidade de acesso ao real.

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