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Resumo do Livro ‘’Manuscrito Econômico Filosófico’’ de Karl Marx

Por:   •  22/9/2022  •  Dissertação  •  2.121 Palavras (9 Páginas)  •  152 Visualizações

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1°Semestre Eng. Civil

Resumo do livro ‘’Manuscrito econômico-filosófico’’ de Karl Marx.

Prefácio do caderno III

A obra é uma crítica sobre a riqueza, sobre o trabalho e o trabalhador, sobre o dinheiro e a moral, e sobre a política de sua nação naquele período. Fazendo várias ligações entre todos os tópicos, tendo como base os métodos empíricos e estudos de socialistas ingleses, franceses e alemães.

Caderno I

• Salário:

     O primeiro caderno inicia com o capítulo ‘’salário’’, que para ele é determinado pelo confronto hostil entre capitalista e trabalhador. Dizendo que nessa relação, o capitalista necessita ganhar, além de poder viver mais tempo sem o trabalhador do que o funcionário sem o chefe. Só o trabalhador sofre com a separação dessa relação, já que se sair de sua parte, sair do trabalho, ele não terá renda para subsistência. É apresentada uma taxa mínima de salário, que seria a necessária para essa subsistência durante o trabalho, e também suficiente para sustentar uma família, já que dela iram surgir novos funcionários. Esse salário de subsistência é um salário na época bem habitual, e é comparada a uma existência animal. Que é como a economia nacional de Marx reconhece o trabalhador, apenas como um animal de trabalho, como uma besta dependente das necessidades de sobrevivência do corpo. A economia também o reconhece como mercadoria, o relacionando com o preço, se for alto ele é muito procurado, e se baixo, é muito oferecido. O trabalhador também sofre sobre a oferta e procura, que se a primeira for maior que a segunda, uma parte dos trabalhadores fica desempregado, não sendo capazes de se sustentar e passam fome, assim como, se um salário sobe, um permanece o mesmo e um outro cai. ‘’O trabalhador se tornou uma mercadoria, e a procura da qual a vida do trabalhador depende, é do capricho do rico capitalista’’ é um fragmento que representa a situação da maioria da população daquele período.

Somado a isso, o trabalhador não ganha junto com o capitalista, já que se o proprietário lucrar mais que o esperado, ele não irá repassar para o trabalhador. Existem salários diferentes para cada atividade e seu ramo no qual o capital se aplica, e com isso o trabalhador além de precisar batalhar pelo seu trabalho, tem que exercer uma melhor atividade para que seja lucrativo para o chefe e permaneça no mesmo. São consideradas três situações principais; Na primeira, a riqueza da sociedade está em declínio, isso resulta na diminuição do salário do trabalhador, já que a classe dos proprietários não quer sofrer com a diminuição do lucro; Na segunda, a riqueza da sociedade está progredindo, essa é a única que pode favorecer em um ponto o trabalhador, que pode escolher sacrificar o seu tempo e executar mais trabalho para ganhar uma renda extra, porém isso beneficiará ainda mais o proprietário e diminuirá o tempo de vida do trabalhador, que estará trabalhando ao invés de usufruir de seu trabalho; E na terceira, se o país tivesse atingido o último estágio possível de sua riqueza (que seria o salário e o juros do capital em acordo, muito baixos), isso resultaria em uma briga entre os trabalhadores para conseguir o melhor emprego e com isso o melhor salário. Isso conclui que a finalidade do salário é uma forma que a terra e o capital chega ao trabalhador sem pertencer a ele, sendo uma forma de concessão do produto do trabalho, que em sua forma geral vai para o proprietário da terra.

• Ganho do capital:

     O próximo capitulo é denominado ‘’Ganho do capital’’, e define o capital em ‘’o poder de governo sobre o trabalho e seus produtos’’. Sendo assim, quem possui esse poder (quem possui propriedade privada) é o capitalista, mas não por ser melhor ou ter alguma qualidade superior, e sim por ser proprietário do mesmo. O ganho do capital é representado como o lucro recebido pelo fruto do trabalho dos trabalhadores, e essa porção é exigida pelo dono como retorno por empregar o trabalhador, já que sem esse lucro não haveria interesse em empregar alguém. Do total adquirido pelo proprietário, uma parte é destinada ao salário e sua maior parte para sua carteira. Uma causa acidental que gera um maior ganho é a conquista de novos territórios ou novas áreas de comercio, isso alavanca o comercio do proprietário e uma maior venda resulta em um maior lucro. Outra causa é a venda de mercadorias mais elaboradas, que resultam em um produto de melhor qualidade, porém, o tempo gasto na fabricação desse produto é repassado para o preço e para o capitalista, mas não para o salário do trabalhador.

     

     O objetivo do capitalista é o lucro, suas ações são visando esse objetivo. Para o capitalista, a aplicação mais útil do capital é aquela que ele rende, com uma certa segurança. Essa aplicação é benéfica somente a ele e não a sociedade. A acumulação gerada desse investimento chama atenção da concorrência, que com ela ocorre, o aumento do salário na disputa de mais funcionários, e diminui o preço dos produtos gerados, diminuindo o lucro. A concorrência é o que acarreta o barateamento das mercadorias em favor do público consumidor. Porém, os pequenos proprietários sofrem com as consequências da concorrência, podendo deixar de ser capitalista ou sendo trabalhador do próprio negócio, vendendo uma mercadoria barata do que o mais rico, e com isso não precisa gastar dinheiro com o salário. Com isso se observa que a relação de disputa entre capitalistas só favorece os grandes proprietários e prejudica os pequenos. Essa concorrência só é possível com o sistema de logística que todos possuem a capacidade de vender um produto.

• Renda da terra:

     Esse capítulo começa tratando da renda da terra como o lucro obtido pelo proprietário sobre a terra que utilizou, ou seja, é o produto da ação da natureza. Esse produto pode vir em maior quantidade ou em menor, dependendo da extensão da terra e da sua fertilidade (que pode ser natural ou artificial). A renda da terra pode ser considerada também como o preço pago pelo uso da mesma, valor pago pelo arrendatário que alugou o terreno de um proprietário para produzir e gerar um lucro. Essa tática é extremamente lucrativa para o capitalista já que ele ganha somente cobrando sobre o uso da terra, sem exercer qualquer atividade ou ação.

• Trabalho estranhado e propriedade privada:

     O capítulo parte de suposições e acontecimentos sobre a economia nacional (nacionalidade do autor) e o estranhamento (ou alienamento) do trabalhador e sua atividade. Inicia-se supondo uma divisão da propriedade privada em: capital, trabalho, salário, renda e lucro, essa divisão trata o trabalhador e seu salário com baixa prioridade, chegando a trata-lo como mercadoria, e ele por ser ‘’fraco’’ se humilha e age conforme mandado. No geral, a sociedade é dividida em duas classes, a dos proprietários e a dos trabalhadores sem propriedade, porém, a sociedade não explica qual foi o processo na qual o capitalista toma posse de uma propriedade privada, que vale a passar como uma lei obedecer aos donos delas. Sendo assim, ela não mostra o início da propriedade privada, e com isso os trabalhadores têm que se submeter aos interesses do capitalista e a sua ganância.

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