TESTE FORMATIVO filosofia
Por: Alequico • 20/5/2015 • Seminário • 1.447 Palavras (6 Páginas) • 308 Visualizações
Escola Secundária de Bocage FILOSOFIA - 11.º ano TESTE FORMATIVO |
GRUPO I
Para cada um dos itens, seleccione a alternativa correcta.
- Qual das seguintes opções apresenta uma visão racionalista?
- Todo o conhecimento provém dos sentidos.
- Não é possível atingir um conhecimento universal e absoluto.
- O conhecimento válido depende da relação entre experiência e razão.
- Só a razão dispõe de condições para garantir um conhecimento evidente.
- Os conceitos fundamentais do empirismo de David Hume são:
- Experiência; impressões-ideias; causalidade.
- Causalidade; a posteriori; inatismo.
- Razão; impressões-ideias; inatismo.
- Experiência; a priori; impressões-ideias.
- O senso comum caracteriza-se por ser um conhecimento:
- Universal e Absoluto.
- Prático e logicamente necessário.
- Superficial e prático.
- Teorético e superficial.
- As fases do método científico segundo a concepção indutivista são:
- Teoria prévia, observação, experimentação.
- Observação, hipótese, experimentação, lei.
- Problema, hipótese, consequências, verificação.
- Observação, hipótese, consequências, verificação, lei.
- O falsificacionismo de Popper consiste em:
- Testar a validade das hipóteses apresentadas.
- Rejeitar as teorias que apresentam erros e incongruências.
- Só aceitar como válidas as teorias que puderem ser verificadas.
- Tentar provar que uma determinada hipótese apresenta erros e falhas incompatíveis para ser considerada verdadeira.
- Qual das seguintes fases constitui o período da ciência normal?
- Quando dois paradigmas dividem a comunidade científica.
- Quando o paradigma apresenta incongruências face aos problemas levantados.
- Quando um novo paradigma emerge em substituição do anterior.
- Quando o paradigma é aceite por toda a comunidade científica.
GRUPO II
- Que circunstâncias levam à mudança de paradigma?
RESPOSTA: As circunstâncias que levam à mudança de paradigma são o aparecimento de diversas anomalias em grande número e elevado grau. Somente quando as anomalias sõ ultrapassadas se vão acumulando em tal número que os próprios fundamentos do pradigma são postos em causa, é que se desenvolve um estado de crise. A qualidade dessas anomalias também contribui para a crise do paradigma, quanto mais tempo resistem à eliminação mais se agrava a crise.
- Kuhn considera que os paradigmas são incomensuráveis. O que é que isso significa?
RESPOSTA: Significa que os paradigmas não são comparáveis entre si. Isto porque a mudança de paradigma não é regida só por factores racionais (exactidão, consistência, alcance, simplicidade e fecundidade) mas nela intervêm factores subjectivos que não é possível eliminar, porque a forma como se acolhe um novo paradigma pode estar dependente da história pessoal do cientista, o ambiente social, entre outros.
- Refira se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas e justifique as falsas.
- Assim que surge qualquer anomalia, há uma quebra de confiança no paradigma.
RESPOSTA: Falsa, a crise resulta da constatação das sucessivas limitações do paradigma para resolver anomalias.
- Kuhn defende uma interpretação cumulativa do desenvolvimento da ciência, pois cada novo paradigma constitui um aperfeiçoamento do paradigma anterior.
RESPOSTA: Falsa, porque o conhecimento científico progride não por acumulação, mas por meio de revoluções científicas.
- A afirmação “se tiveres confiança em ti próprio, terás sucesso no exame de condução” não é falsificável.
RESPOSTA: Verdadeira.
- O princípio da uniformidade da natureza não pode ser justificado a priori nem a posteriori.
RESPOSTA: Verdadeira. (este princípio não tem justificação)
- Mostre em que sentido Popper defende uma concepção do método científico divergente da concepção indutivista da ciência.
RESPOSTA: Popper começa por afirmar que na origem da investigação científica se encontra sempre uma situação problemática, que suscita dúvidas e motiva para a reflexão; logo, o cientista não parte da observação, parte de um problema e é este que determina o próprio ângulo da observação. Qualquer observação implica teoria, não existe observação pura. Popper considera-se anti-indutivista, pois não aceita a legitimidade da indução, já que este tipo de inferência (raciocínio) supõe que, de um certo número de casos observados, se conclua algo que não o foi. Com estas críticas Popper rejeito o indutivismo e refere que o método da ciência é o dedutivo, mas com diferenças do entendimento que temos do método hipotético-dedutivo, apresenta-se um problema que levará à formulação de uma hipótese, da qual se deduzem consequências, se estas hipóteses forem corroboradas então aceitamo-la, contudo esta não vem trazer progresso científico, se não for corroborada significa que foi falsificada.
Para Popper o falsificacionismo é o método da ciência por excelência, feito de conjecturas e refutações. As conjecturas não podem ser verificadas, mas apenas falsificadas, as que não são falsificáveis (distingue-se de falsas) não são teorias científicas (problema da demarcação) e se uma teoria científica não for falsificada, presume-se que está corroborada.
- “ A ciência não é mais do que o sentido comum treinado e organizado, deferindo apenas do senso comum como o veterano é diferente de um novo recruta e os seus métodos diferem do senso comum apenas tanto como os lances do esgrimista diferem da forma como o selvagem usa o seu cajado”(Thomas Huxley)
Qual o assunto de que trata o texto, explicite-o.
RESPOSTA: O texto trata da relação/distinção entre o conhecimento científico e o senso comum. Diferentemente do senso comum, que procede das observações e experiências quotidianas recolhidas ao longo do tempo e das gerações, utiliza uma linguagem vulgar e corrente, limita-se a constatar o que observa, sem se preocupar com as explicações, tem valor prático, o conhecimento científico é obtido através de processos rigorosos de análise/observação, reflexão e demonstração ou experimentação; a linguagem utilizada para formular esse conhecimento é precisa, com recurso a termos específicos e, por vezes, a expressões matemáticas, de modo a eliminar as ambiguidades e imprecisões da linguagem corrente; preocupação com a descrição, mas também com a explicação dos fenómenos; por isso reveste não só de valor prático, mas igualmente de valor teórico.
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