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Trabalho Alienado

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Por:   •  22/10/2013  •  789 Palavras (4 Páginas)  •  462 Visualizações

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2 TRABALHO ALIENADO

O conceito de alienação é amplo e pode englobar várias maneiras e formas de pensamento, Karl Marx foi um dos primeiros filósofos a falar sobre isso. Na idade média, o artesão tinha todo o conhecimento da fabricação do produto, com o surgimento da industrialização o operário era capaz de exercer e trabalhar em uma única função, ou seja, em uma parte da fabricação do produto, sendo assim o trabalhador não participava de todo o processo da produção, não era necessário entender no que estaria ajudando a produzir, tinha apenas que cumprir sua parte na linha de montagem. Um exemplo disso é o fabricante de cordas para violões, antes do surgimento do capitalismo, quem fabricava as cordas consequentemente fabricava o violão, afinava-o e tocava o instrumento. Com o surgimento da industrialização, houve a individualização na fabricação do instrumento, um operário é responsável em fabricar as cordas, enquanto outro fabrica o corpo do violão, outro fabrica o braço do instrumento e outro trabalhador é pago para afinar e assim por diante. Outro exemplo acontece com o operário metalúrgico que coloca portas nos carros produzidos nas grandes montadoras, o mesmo passa todo o período produtivo de sua vida montando automóveis para chegar à conclusão final de que na maioria das vezes não possuirá

o bem que ajuda a fabricar. Para esse exemplo, Karl Marx chama de “objeto se sobrepondo ao sujeito”, ou seja, a alienação da negação, para ele o individuo deveria se impor diante do objeto e não o contrário, e, quando o sujeito passa a negar a negação tem-se o fato de “desalienação”. A produção depende do consumo e o consumo depende da produção, deste modo tem-se um ciclo, quando se consome o que é produzido e não se produz mais, o ciclo se fecha. Esse ciclo pode ser como ciclo definido de alienação, entretanto em uma sociedade capitalista isso não ocorre, pois o que é produzido tem que ser consumido em um prazo mais rápido possível, para que se produza sempre mais e explorando cada vez mais o proletariado, que toma posição quando, por exemplo, o patrão não paga o salário devido e não cumpre com os direitos trabalhistas. Sem essa exploração a elite não acumula capital e consequentemente não obtém lucros e assim não pode continuar o processo de alienação. Para Karl Marx, alienação tem um sentido negativo, onde o trabalho, ao contrário de realizar o homem, o escraviza, ao invés de humanizá-lo, o desumaniza. O homem troca o verbo ser pelo ter: sua vida passa a medir-se pelo que ele possui não pelo que ele é. No modo de produção pré-capitalista, o trabalhador é explorado, mas não é despojado do seu saber. O capital se apropria do trabalho, mas a alienação é apenas do corpo, tornando se assim propriedade do capital. Já no modo de produção especificamente capitalista (trabalho industrial), o processo de trabalho é desmontado pelo capital que o remonta à sua própria lógica, a alienação é total. Há varias formas de alienação, para Marx a alienação básica é a alienação econômica, esta por sua vez se subdivide em: atividade fragmentada e produto apropriado por outros. Na atividade fragmentada, a separação do trabalho aliena o trabalhador, que não se reconhece mais em uma atividade, porque este

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