VERIFICAÇÃO, REFUTAÇÃO E CORROBORAÇÃO
Por: GeorgeCM • 6/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.234 Palavras (5 Páginas) • 1.411 Visualizações
VERIFICAÇÃO, REFUTAÇÃO E CORROBORAÇÃO
MAIA, Newton Freire. Verificação, Refutação e Corroboração. Petrópolis: Vozes, 1991.
A descrição ou relato de algo observável e o estabelecimento de uma relação por parte de um cientista, esta se fazendo ciência elementarmente. A anotação de cada resultado chama-se de protocolo e a cada descrição da observação singular de declaração protocolar e leitura sequencial do cotidiano do pesquisador em sua observação das coisa e fenômenos e suas relações permitem que outros realizem observações semelhantes com junções de informações complementares, que contribuem para se referir e precisar as condições que envolveram sua observação, para que observações equivalentes sejam realizadas, permitindo o exame das generalizações resultantes à luz de outras observações podendo aí ser confirmadas ou refutadas. Há quem afirme ser este procedimento a regra geral da ciência, mas não para o autor que afirma que ele se aplica apenas a fatos elementarmente descritos. Para ele uma teoria não pode ser verificada assim como as generalizações a partir de declarações protocolares. Uma teoria pretende explicar e não apenas descrever ou generalizar, pois é fruto da imaginação e não de uma decorrência natural dos fatos. Uma teoria não pode ser provada, mas refutada pelos fatos ou confirmadas, que o autor chama no primeiro caso de falseada pelos fatos e no segundo caso corroborada pelos fatos, representando assim as duas posições assimétricas enfrentadas pela teoria. Se é falseada é preciso substituí-la ou refazê-la, no outro caso, se aceita até que surjam fatos capazes de falseá-las.
Em se tratando de probabilidade, o acaso é usualmente empregado em três sentidos diversos:
- Acontecimentos inesperados
- Frequente probabilidade
- Quando o acontecimento é resultante da intersecção de duas séries causais independentes.
O acaso não é caos, logo, tem leis. Limitações, restrições e direcionamentos.
A definição clássica da probabilidade com base na teoria de [Abraham de Moivre (1667-1754) e Pierre-Simon (1749-1827)], a probabilidade de um evento é igual ao número de casos favoráveis. Enquanto que a moderna definição de probabilidade segundo (Ludwig von Mises, 1919) baseia-se em amostragens. Trata-se do axioma da convergência ou axioma- limite. A teoria da probabilidade possui vários outros axiomas.
Processo refere-se a uma sequencia de fenômenos que demonstram mudanças ao decorrer do tempo, como as mudanças sociais, as infecções, a evolução biológica, entre outros.
Para melhor entendimento dos processos utiliza-se de modelos de dois tipos:
- Determinísticos (geram a cada série uma única predição, especialmente aplicado na genética).
- Estocásticos (ou causais). São descritos como função da probabilidade.
Os fatos conduzem a uma descrição, e a teoria elaborada sobre eles é o que os eleva de categoria. A teoria aceitas até aqui, não são menos científicas das que foram falseadas. Qual a garantia que temos que determinada teoria defendida hoje são verdadeiras?
A diferença entre teoria científica e mito é que a teoria deve ser submetida a testes e o resultado deve ser confirmado, enquanto que o mito está alheio à corroboração.
Algo interessante e que pode parecer ser a negação da importância da observação e da experiência, as experiência de pensamento, mentais ou lógicas. Neste caso o cientista não faz a experiência prática, apenas a imagina, e com seu resultado lógico que dela obtém, tira-se conclusões muita das vezes importante. Isso não seria a gênese da teoria?
Existem dois tipos de teorias: as falseáveis e as não falseáveis. As falseáveis são científicas as outras não, isto não significa a veracidade de uma e a falseabilidade da outra, significa somente que as primeiras podem ser testadas e as outras não. A falseabilidade de uma hipótese é diretamente proporcional ao seu conteúdo empírico.
Neste caso é importante destacar resumidamente o posicionamento de Popper quanto ao conceito de ciência pelo autor:
1 é preciso que a teoria tenha previsões arriscadas e que justamente o acerto das previsões é que a tenha corroborado.
2 Toda boa teoria, deve proibir a ocorrência de muitos fatos.
3 A irrefutabilidade da teoria é uma grande defeito
4 tentativas fracassadas de refutação é uma corroboração a mais, logo, maior garantia a teoria.
5 Formulações de leis com o intuito de impor regularidades ao mundo na base das observações seletivas realizadas.
6 Especulações diversas.
7 Nas pseudociências, há uma constante preocupação em contornar as refutações.
8 Na ciência não deve haver certezas absolutas, ou verdades inabaláveis, deve haver sim teorias, testáveis e corroboradas, independente se verdadeiras ou não.
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