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Vocabulário Filosófico

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Por:   •  30/6/2014  •  4.198 Palavras (17 Páginas)  •  335 Visualizações

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Vocabulário II

A

Ato de Fala: Chamamos de ato de fala, portanto, a toda ação que é realizada através do dizer. As ações que se realizam através dos atos de fala podem ser muito diferentes. A teoria dos atos de fala foi elaborada inicialmente primeiramente por John L. Austin (1911-1960) e depois por J.R. Searle. Austin usou parte da Teoria Pragmática de Wittgenstein, de que o uso das palavras em diferentes interações linguísticas vai determinar o seu sentido, porém, ele não se reduz apenas às proposições declarativas, ex: A Casa é rosa. Com Wittgenstein tudo depende do jogo de linguagem para que o sentido de uma proposição possa muda. E é por isso a necessidade da investigação de diversos enunciados, que diferentes do exemplo citado, não é apenas uma mera constatação das coisas.

Asserção : Conteúdo que pode ser tomado como verdadeiro ou falso. Asserções são abstrações de sentenças não lingüísticas que a constituem. A natureza das proposições é altamente controversa entre filósofos, muitos dos quais são céticos sobre a existência de proposições. Muitos lógicos preferem evitar o uso do termo proposição em favor de usar sentença.

Auto-referencialidade: É um fenômeno em língua natural ou linguagem formal que consiste de uma oração ou fórmula que refere-se a si mesma diretamente ou através de alguma oração ou fórmula intermediária, ou por meio de alguma codificação. Em filosofia, também se refere a capacidade de um sujeito de falar de ou referir-se a si mesmo: ter o tipo de pensamento expresso pela palavra "eu". A autoreferência é possível quando existem dois níveis lógicos, um nível e um meta-nível. É usado comumente em matemática, filosofia, programação de computadores e linguística. Declarações autoreferentes podem levar a paradoxos.

C

Conhecimento: Função ou ato da vida psíquica que tem por efeito tornar um

objeto presente aos sentidos ou à inteligência.

2. Apropriação intelectual de determinado campo empírico ou ideal de dados, tendo em

vista dominá-los e utilizá-los. O termo "conhecimento" designa tanto a coisa conhecida quanto o ato de conhecer (subjetivo) e o fato de conhecer.

3. A teoria do conhecimento é uma disciplina filosófica que visa estudar os problemas levantados pela relação entre o sujeito

cognoscente e o objeto conhecido. As teorias empiristas do conhecimento (como a de Hume) se opõem às intelectualistas (como a de Descartes).

Crença: Atitude pela qual afirmamos, com certo grau de *probabilidade ou de *certeza, a realidade ou a

verdade de uma coisa, embora não consigamos comprová-la racional e objetivamente.

2. Do ponto de vista religioso, assentimento firme e seguro do espírito, sem justificação racional, à existência de uma realidade transcendente ou divina. Sinônimo de fé.

Certeza: 1. Estado de espírito daquele que aquiesce totalmente, sem duvida e sem hesitação. ao objeto que apreende. O cogito cartesiano é a primeira verdade que, sucedendo à dúvida. concerne à existência dos corpos. Mas ele é uma evidência isolada, que em nada garante a certeza dessa existência. Uma evidência se impõe por si mesma. Mas uma certeza, ao contrário, é o resultado de um raciocínio rigoroso; ela remete aquiescência interior do sujeito; seu modelo é o raciocínio matemático.

2. Temos uma certeza moral quando nossa consciência está absolutamente segura. do ponto de vista estritamente subjetivo,

daquilo que afirma ou nega. Em outras palavras, a certeza moral ou psicológica é a adesão do sujeito àquilo que. paradoxalmente.

não é certo, mas que ele encontra razões suficientes para considerar como certo. Ex.: estou certo de que Pedro I foi o primeiro imperador do Brasil, mas essa certeza repousa na confiança que deposito nos historiadores, pois nào verifiquei pessoalmente a autenticidade dos documentos. Quando, porém, dou minha adesão àquilo que pode não ser verdadeiro, tenho uma certeza matemática ou lógica. A fenomenologia hegeliana denomina certeza sensível a quietude da consciência que coincide com o objeto, para aquém de toda separação, de toda linguagem e de todo saber. Nesse sentido, a certeza é o saber não sabido e que exige ser revelado como verdade. Sendo assim, não há uma certeza primária, a não ser numa fé que recusa todo saber.

D

Discurso: Na acepção tradicional, o discurso não é uma simples sequencia de palavras,

um modo de pensamento que se opõe à intuição. Frequentemente denominado "pensamento discursivo''. ele é um pensamento operando num raciocínio, seguindo um percurso, atingindo seu objetivo por uma série de etapas intermediarias: movimento do pensamento indo de um juízo a outro juízo, percorrendo (discurso) um ou vários intermediários antes de atingir o conhecimento. Os lógicos introduziram a expressão "universo do discurso" para designar o conjunto ao qual vinculamos, pelo pensamento, os

objetivos dos quais falamos. A filosofia contemporânea. especialmente a filosofia da linguagem. a hermenêutica e o existencialismo, valoriza a análise do discurso como método próprio à filosofia. considerando o discurso não apenas como o simples texto, mas como o próprio campo de constituição do significado em que se estabelece a rede de relações semânticas com a visão de mundo que pressupõe.

E

Epistemologia: Disciplina que toma as ciências como objeto de investigação tentando reagrupar: a) a crítica do conhecimento científico (exame dos princípios, das hipóteses e das conclusões das diferentes ciências, tendo em vista determinar seu alcance e seu valor objetivo); b) a filosofia das ciências (empirismo, racionalismo etc.); c) a história das ciências_ O simples fato de hesitarmos, hoje entre duas denominações (epistemologia e filosofia das ciências) já é sintomático. Segundo os países e os usos, o conceito de "epistemologia" serve para designar. seja uma teoria geral do conhecimento (de natureza filosófica), seja estudos mais restritos concernentes à gênese e à estruturação das ciências. No pensamento anglo-saxão, epistemologia é sinônimo de teoria do conhecimento (ou gnoseologia), sendo mais conhecida pelo nome

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