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ÉTICA - Atividade Reflexiva da Aula: Crítica à moral

Por:   •  4/11/2016  •  Dissertação  •  838 Palavras (4 Páginas)  •  1.603 Visualizações

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Disciplina: Ética (UCS0103)

 Atividade reflexiva da aula 6: Crítica à moral

Nome: Jhovana Freitas de Souza

a. Aspectos centrais do pensamento de Nietzsche sobre a moral a partir do texto Crítica à moral em Nietzsche.

Nietzsche afirma que o problema fundamental do filósofo está na “determinação da hierarquia dos valores”.  

A genealogia é um método utilizado por Nietzsche em suas investigações. Tal método busca a origem do conceito e suas consequências sociais ao longo da história. A atribuição de valores é criação humana, diz Nietzsche e, sendo assim, o dever “em si” não existe. E é exatamente pelo fato de os homens não serem iguais que Nietzsche recusa uma moral igualitária, “nada é mais ruinoso do que o dever impessoal”. Nietzsche centra mais as suas críticas na análise da razão e da religião e afirma que não existem princípios universais que possam orientar nossas ações, sendo que cada indivíduo deve orientar as suas ações segundo as suas próprias convicções e, somente assim, se poderá alcançar um nível de satisfação, o que indiretamente acabará por formar um ambiente social melhor desenvolvido.

 

a. Aspectos centrais do pensamento de Foucault sobre o poder e a moral a partir do texto Crítica à moral e as relações de poder em Foucault.

Retoma a genealogia de Nietzsche mostrando, através das práticas discursivas ao longo da história, os acontecimentos como consequências de jogos de poder e descontinuidade histórica. O pensamento de Foucault é uma postura crítica frente às fundamentações universais e normativas para a moral. Foucault não oferece um programa completo para o modo do agir humano, mas propicia outro tipo de relação do sujeito consigo mesmo. Um sujeito reflexivo, liberado do modelo moral moderno caracterizado pelo poder disciplinar, orientado por determinados padrões de comportamento. Toda ação moral é estabelecida na relação entre um sujeito e o modo como ele se relaciona com os códigos morais, as normas, os costumes estabelecidos. A maneira como o indivíduo se relaciona com a norma e a necessidade de colocá-la em prática é o que, se denomina subjetivação. Resumindo, ocupa-se em analisar as relações de poder e os modos como cada indivíduo se relaciona com as normas.

c. Cenas do filme que serão comentadas.

Eu assisti ao filme A experiência, onde os personagens se submetem a passar por situações de pressão psicológica, em troca dinheiro. Este dinheiro é oferecido por alguns pesquisadores, os quais queriam fundamentar suas teorias acerca do comportamento humano. Os personagens ocupavam cargos de submissão e de poder entre eles. As cenas ocorrem em uma suposta prisão criada para realizar a pesquisa. Ao invés de comentar algumas cenas do filme, achei mais interessante comentar a ideia central e julgá-la, como ética ou não pela visão dos críticos à moral, que estamos estudando.

A ideia principal do filme é essa questão de como agimos sob pressão, no caso dos “detentos”, e como agimos com o poder nos dado, no caso dos “guardas” e de como nossos valores afetam nas decisões nestas situações.

d. Análise das cenas do filme a partir de aspectos teóricos estudados em Nietzsche e Foucault. Este é o ponto principal da atividade. Você deverá analisar trechos do filme a partir de aspectos do pensamento dos dois autores em questão. Tome o item 5 das orientações, com questões orientadoras, como guia para esta etapa. Desenvolva este item num texto de 15 a 20 linhas.

Analisando o pensamento dos filósofos que estão sendo estudados, podemos dizer que a nítida relação de poder que começou a se estabelecer no convívio entre os detentos e os guardar era inevitável, tendo em vista que nenhum grupo social está livre das relações de poder, como diz Focault: “O poder está em toda parte; não porque englobe tudo, e sim porque provém de todos os lugares”.

Ainda na visão de Foucalt, ele diz que o poder se estabelece na sociedade, e com isso, há reações e resistência, como claramente pudemos ver no filme, onde o ator principal a todo momento estava desafiando as pessoas que obtinham “poder” sobre ele. Ele os insultava, desrespeitava... E do outro lado, os guardar também o desrespeitavam, tentando mostrar poder e “exigir” o respeito que eles “deveriam”, e assim sucessivamente.

No pensamento de Nietzsche, onde ele diz que há dois grupos o “instinto de rebanho”, através do qual o homem chega, pelos costumes, à convicção de que é preciso obedecer, e o “instinto do espírito livre” no qual reinam o prazer, a autodeterminação e a liberdade de vontade. Isto se mostra claramente no filme, pois podemos perceber que aquele homem que diz que não se deve ser influenciado, assume o instinto de rebanho, pois ele nada questionava, apenas fazia o que era mandado sem maiores problemas. E para o ator principal do filme, se encaixa o instinto do espírito livre, pois em nenhum momento ele seguiu às regras da detenção, ele não aceitava ser submetido às ordens dos guardas e como achava que nada de violento poderia acontecer à ele, agia sem medo e se tornando algo mais sério depois, pois por outro lado, os guardas não aceitavam que ele os enfrentassem.

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