A DISTRIBUIÇÃO NA GEOGRAFIA

A distribuição dos seres vivos no planeta não se dá de forma símile, como por exemplo, existem vários lugares na terra com semelhantes espécies de plantas e animais diferentes, a biogeografia surgiu para explicar os conceitos e principais fatos históricos de diversos pesquisadores ao longo do tempo para compreender essa distribuição de seres vivos. Para entender o conhecimento biota existem três componentes fundamentais que devem ser estudados conjuntamente: o espaço, a forma e o tempo. Pode-se dividir a epistemologia da biogeografia em dois momentos no quais são o período pré-evolutivo e o evolutivo. A vicariância e dispersão são os principais responsáveis de moldar os tipos de distribuição dos organismos, o homem por sua curiosidade de saber a origem dessa distribuição acreditava-se que todos os organismos surgiram apenas de uma só área e que a partir dela se separaram. O botânico e sueco Carl Von Linné, na escola dispersalista, foi o pioneiro da primeira teoria biogeográfica dos tempos modernos. Georg Louis Leclerc, Comte de Buffon durante seus estudos percebeu-se que algumas plantas que habitam-se em áreas semelhantes, mas em continentes diferentes, deveriam pertencer à mesma espécie, ou seja, essas áreas com a mesma ecologia deveria ter precisamente a mesma flora assim como algumas espécies de mamíferos do velho mundo não existiam no novo mundo. A partir desses autores foram surgindo outras teorias com outros pensadores descendentes como o Pierre Latreille, Humboldt e Augustin Pyramus de Candolle. Esse paradigma dispersalista permaneceu por muitos séculos, influenciando e instigando os pensamentos de Charles Darwin e Wallace de acordo com as teorias que já existiam. Alfred Wegener criou a teoria da deriva continental devido às ideias do fixismo e a estatísticas que dominavam a geociências e por muito tempo se acreditava na imobilidade dos continentes. De acordo com a aceitação de que um dia os continentes já foram unidos, mas se separam e a biogeografia passou a ser concebida de forma que hoje a entendemos. Na metade do século XX, o botânico e italiano Leon Croizat desenvolveu a pan-biogeografia (uma ferramenta que inferia os processos de vicariância), Perto desse período o alemão Willi Hennig criou um mecanismo das relações de parentesco entre os seres vivos e esse surgimento atualmente é reconhecido como o sistema Filogenética que por sinal é de suma importância para a biogeografia. Pelo fato desses e outros conceitos e teorias, a biogeografia não é só importante para o conhecimento acadêmico, também é de extremamente útil como por exemplo, para a conservação da biodiversidade do planeta terra.

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