A GEOGRAFIA DE ALEXANDER VON HUMBOLDT E CARL RITTER
Por: jaine.cn • 19/4/2021 • Resenha • 684 Palavras (3 Páginas) • 421 Visualizações
A GEOGRAFIA DE ALEXANDER VON HUMBOLDT E CARL RITTER
Alexander Von Humboldt, pertencia a uma rica família de aristocratas prussianos. Ainda cedo, ele recebeu boa formação, estudou economia política, mineralogia, botânica, entre outros. Através de seus tutores conheceu grandes pensadores, como J. J. Rousseau que entendia as ideias de observação direta da natureza e excursões como a melhor forma de aprendizado, o que aparentemente, exerceu forte influência na mente de Alexander, tendo em vista seu interesse pela botânica e pelas viagens desde de sua mocidade, como veremos adiante.
Com o falecimento de sua mãe, muda-se para Paris e inicia mais efetivamente sua jornada. Depois de algumas viagens e tentativas frustradas, Humboldt e Aimé Bonpland, seu parceiro na viagem à América, desembarcam nas costas da Venezuela, onde fica parte da bacia do rio Negro, afluente do Amazonas. Ele observou a variação do clima com a altitude, e introduziu as terminologias de quente, temperado e frio, ainda hoje utilizadas. Voltou a Europa após passar pelos Estados Unidos, sua viagem durou em torno de 4 anos e com ela acumulou tantas variedades de dados, que suas publicações levaram vários anos.
Seus trabalhos estavam voltados para diversidade das áreas do globo, buscando entender os diversos fenômenos que resultaram na produção de espaços com características diferentes, ou seja, ele tratou sobre a diferenciação espacial e levou em consideração a paisagem resultante de fenômenos. Humboldt buscou encontrar semelhanças entre as culturas dos povos asiáticos e dos índios americanos, suas investigações feitas em proporções mundiais, logo, continentais e regionais resultaram na sistematização do conhecimento geográfico. Em suma, a produção humboldtiana é bem uma amostra de duas características emblemáticas à Geografia: uma incrível diversidade de campos de investigação e uma preocupação sintética, uma obra curiosa, que vai desde descrições de campo até reflexões filosóficas de alto nível de abstração. Ele era adepto do método empírico e indutivo e se destacava pela expressiva diferença entre os seus colegas, pois ao invés de gabinetes, ele compreendia que a pesquisa deveria ser realizada em campo.
Entendemos que para ele a explicação dos fenômenos deve partir do meio, contudo, é importante ter em vista que o meio não possui uma forma única de apresentar-se, ele é versátil de lugar para lugar.
Carl Ritter, ao contrário do Humboldt, não nos apresenta um espírito aventureiro, na verdade, dedicou-se a análises mais filosóficas, questões de cunho teórico-metodológico, percorrendo por ideais metafísicos. Era formado em História e Filosofia e buscou intrinsecamente a sistematização da Geografia.
Na Universidade de Berlim ele foi o primeiro professor da recém criada cátedra de Geografia, cargo que ficou vago por alguns anos, após a sua morte. O lançamento de seu livro Geografia Geral Comparada, em 1822, dedicado a análise da África, é traduzido para inúmeros idiomas e lhe acarreta grande prestígio universitário, o que acaba tornando seus cursos muito concorridos. Ele se consagra academicamente sendo nomeado membro da academia de ciências da Prússia e três anos depois, torna-se professor titular da Universidade de Berlim.
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