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A Geografia Agrária

Por:   •  15/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.605 Palavras (11 Páginas)  •  442 Visualizações

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Sumário

  1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4
  1. SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS E CANINDÉ ....................................................................................................... 5
  2. Assentamento Tiracanga ............................................................ 7
  1. FEIRA DE ALIMENTOS – AGRICULTURA FAMILIAR .......................... 9
  1. Comunidade Barra do Bento ...................................................... 10
  1. FAZENDA JAPUARA .............................................................................. 11
  1. BASÍLICA DE SÃO FRANCISCO E VISITA A ESTÁTUA ...................... 12 
  1. ASSENTAMENTO TRANSVAL ............................................................... 13
  1. CONCLUSÃO ........................................................................................... 14
  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 15
  1. INTRODUÇÃO

Tendo em vista os vastos conteúdos abordados ao longo do semestre na Disciplina de Geografia Agrária, sob responsabilidade do Professor Amaro Gomes, a turma composta por alunos em sua maioria do 3° semestre de Geografia da Universidade Federal do Ceará, bem como professores, discentes de outros semestres, e doutorandos se fizeram presentes na prática de campo realizada entre os dias 9 a 12 de Junho, na cidade de Canindé – Ceará. Pontuados a seguir estarão cada ponto da viagem, bem como seu conteúdo abordado, ressaltando conteúdos imprescindíveis para um melhor entendimento de práticas agrárias aliando os conhecimentos adquiridos em sala de aula e as vivências do campo.

  1. SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS E CANINDÉ – STTR

Fomos recebidos por alguns responsáveis pelo local, entre eles, Alfredo e José Maria. Cada um fez suas primeiras apresentações, reiterando o seu papel dentro do sindicato, bem como suas atividades fora dali. Foi apresentado o valor que se tem por poesia e música, caracterizado nestas formas a religiosidade desse povo, já que as poesias e músicas apresentadas remetem, em sua maioria, Santo Antônio de Pádua e a São Francisco, sendo este o símbolo maior de Canindé.  A turma se animou com um repente criativo de um morador do local, no qual segundo ele, mesmo com pouco estudo sempre teve dom para criar poesias. Em seguida, continua as apresentações de versos poéticos referentes a vida no campo. O Senhor José Maria, presidente do Sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras Rurais de Canindé, pede para que cada se apresente. No local estão presentes João Paulo Gomes, residente em Canindé há quinze anos. Filho de agricultor e vaqueiro é também poeta popular. As mulheres estão representadas na figura de Dona Maria de Fátima, conhecida como Mariinha que é secretária geral do sindicato, assentada no assentamento monte Orebe e integrante do grupo Irmãos da Natureza, do assentamento citado. Conta também com a presença de outros assentados. Todos os alunos e professores presentes também fazem sua apresentação pessoal.

Passado esse primeiro momento é falado sobre a história do sindicato, as lutas passadas e atuais, questão produtiva, papel das mulheres, dentre outros tópicos. É contado sobre a aparente melhora na situação referente a liberdade de expressão das reuniões, principalmente em épocas passadas, quando muitas delas eram feitas na igreja ou embaixo de árvores, sem participações de mulheres e bem restrito. Em 1963 foi quando começou a se organizar, porém, sem aparentemente muito sucesso. Em 1968, começa a reorganização e em 20 de outubro foi registrado em cartório associação como sindicato, ainda com muita dificuldade e ameaças. É falado de conflitos e mortes devido a essas mudanças que estavam sendo estabelecidas. Esses conflitos só incitaram a vontade do povo de procurar seus direitos e a lutar por terras e consequentemente, melhores condições de vida.

É abordado sobre a seca, e como antigamente essa questão era mais difícil de ser lidada. Atualmente, a região tem sofrido com cinco secas seguidas, segundo o morador, e há localidades que não tem água nem para a alimentação básica dos animais criados, muito menos para a sustentação da safra. Dois açudes em Canindé estão aterrados devido à crise hídrica. As políticas ofertadas também deixam a desejar nessa área, embora, segundo a opinião do mesmo, desde o governo Lula tem havido algum avanço.

Dona Maria de Fátima, reitera a problemática da água. Fala sobre a questão dos poços perfurados nos assentamentos, e que estes poços estão quase vazios, boa parte devido ao descaso governamental. Enfatiza o sofrimento das mulheres envolta dessa temática, principalmente da dificuldade da manutenção do quintal produtivo. Reforça a ideia de se aprender a conviver com a seca e a lutar por melhores condições de vida sempre, principalmente melhoras na vida do agricultor que uma das bases econômicas sociais.

  1. ASSENTAMENTO TIRACANGA

Na chegada ao assentamento Tiracanga, fomos recebidos com a apresentação do ponto cultural, contando com sala de informática, depósito de fantasias e acessórios, bem como outros materiais para apresentações culturais. Após um momento recreativo, com a ajuda do presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais de Tiracanga II, Sr. Antônio Fernandes da Silva (Jacó), Anaclécia, filha da dona Antonieta e professora da casa de cultura, dona Antonieta, uma das assentadas e que está à frente da casa de cultura e Chicão, um dos primeiros assentados que participou de toda trajetória do assentamento; conta-se um pouco de história desse espaço, desde sua construção com apenas o terreno até a realização concreta desse lugar que serve de acesso e utilização de expressão cultural para a população. O ponto de cultura aliando forças de associações e projetos do ministério da Cultura, tem o intuito de trazer oficinas de violão, espaço de literatura, dança, entre outros. Posteriormente, foi construída a casa de cultura. Entre os mais variados nomes citados pode-se perceber o sentimento de gratidão por parte da oradora por todo esforço e dedicação prestados a construção dessa conquista. O nome do assentamento, segundo uma moradora do local, vem originalmente pôr a localidade ser, inicialmente, uma fazenda de escravos, daí o termo “tira a canga”.

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