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A Globalização

Por:   •  27/8/2018  •  Monografia  •  1.167 Palavras (5 Páginas)  •  239 Visualizações

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A globalização o que nos é ensinada pode fugir um pouco da realidade em que esse conceito é aplicado, afinal a maioria das opiniões sobre isso apresentam apenas aspectos positivos e por vezes superficiais.

A globalização, de forma genérica, é descrita como um processo de integração econômica, social, cultural e política, que veio sendo impulsionada com o rápido desenvolvimento da tecnologia que já no final do século XX possibilitou uma maior acessibilidade a meios de transporte e comunicação entre os países, isso fez com que os países interagissem mais. Este fato introduziu a ideia de que a globalização fez o mundo “diminuir”, já que interações que demoravam meses, posteriormente seriam reduzidos a minutos.

Características da Globalização:

  • Integração social, econômica e política;
  • união de mercado mundial (relações comerciais e financeiras);
  • fortalecimento das relações internacionais;
  • aumento da produção e do consumo de bens e serviços;
  • avanço tecnológico e dos meios de comunicação;
  • instantaneidade e velocidade das informações;
  • aumento da concorrência econômica e do nível de competição;
  • surgimento dos blocos econômicos e desaparição das fronteiras comerciais;
  • ampliação do uso de máquinas na execução de tarefas;
  • crescimento da economia informal;
  • valorização de mão-de-obra qualificada;
  • privatização de empresas estatais.

O que se vê sobre características gerais sobre a globalização envolvem principalmente propriedades políticas e econômicas. A questão cultural e social é bem mais complicada e menos abordada por trazerem, grande parte das vezes, posicionamentos negativos acerca do intenso processo de globalização, A globalização também pode representar a extinção de culturas de países que acabam aderindo a outro melhor estabelecido e considerado maior economicamente.

Milton Santos, em um de seus trabalhos (Por uma outra globalização – Do pensamento único à consciência universal), traz uma discussão sobre o real papel da globalização no mundo, dividindo ela em três abrangentes mundos:

  1. O mundo tal como nos fazem crer – Trata a globalização como fábula;
  2. O mundo como é – Trata a globalização como perversidade;
  3. O mundo como pode ser – Pensa uma outra globalização;

A globalização como uma fábula traz a ideia de que o mundo é formado por ideias impostas, que pelo processo de globalização se disfarçam, parecendo assim com uma base sólida de conhecimento que possui apenas uma interpretação, isto é, neste modelo encontramos a extinção da produção de pensamentos de cada indivíduo sendo substituído pela reprodução de conhecimentos já formulados abrindo brechas para a manipulação que mantem a continuidade do sistema, funcionando basicamente como uma máquina ideológica cuja função é convencer as pessoas de que suas ideias são absolutas, resumindo-se a um mundo de fantasia.

A globalização como perversidade é dada como a mais recorrente. Se comporta como uma máquina de perversidades muito abrangente, como exemplos disso temos a crescente taxa de desemprego, o aumento da pobreza, a perda de qualidade de vida das classes médias, a tendência da diminuição do salário médio, fome e desabrigo, violação de direitos básicos e o aumento da concentração de capital. Essa perversidade está relacionada com comportamentos egoístas e competitivos que buscam sobressair sobre os outros custe o que custar. Toda essa perversidade é mascarada com supostos benefícios da globalização, estes que são amplamente divulgados e aplaudidos, como consequência temos problemas que são escondidos e normalizados e desta forma o mecanismo é mantido intocável.

O terceiro ponto abordado por Milton Santos, traz uma nova linha de pensamento que busca repensar totalmente o conceito globalização e apresenta a possível ideia de torna-la mais humana. Neste tópico Milton destaca pontos como o dinamismo entre populações diferentes, isto é, a convivência harmônica de povos com culturas e gostos distintos. Esta convivência fortalece a ideia de união e facilita a integração da população periférica, que se encontra descartada na globalização perversa.

Globalização perversa: A violência da informação e do dinheiro

Esse tipo de globalização como já foi dito é dada como a mais recorrente no mundo isso devido a alguns fatores que estão bastante presentes no meio de todo esse processo de mundialização.

Desde que os processos técnicos começaram a ficar intensos, como por exemplo a importância e o poder do capital, ficou cada vez mais presente na sociedade uma ganância que anseia poder, formando assim uma certa tirania, neste caso, como citado por Milton Santos, uma dupla tirania: A do dinheiro e a da informação. Estas duas manifestações estão muito bem relacionadas e isso causa um forte impacto sobre a população e dita o comportamento do processo de globalização, a perversidade para a maior parte da sociedade.

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