A Tecnogênese na Geografia
Por: Danilo793 • 20/10/2017 • Trabalho acadêmico • 2.138 Palavras (9 Páginas) • 1.135 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP[pic 1]
PRÓ-RETORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO
CURSO DE BACHARELADO EM GEOGRAFIA
DANILO BRUNO DE OLIVEIRA CARDOZO
A Geologia e a sua relação com o mundo moderno: O homem como agente GEOlógico (TECNOGÊNESE).
Orientador: Prof. Dr. Valter Gama de Avelar
Geólogo – Coordenador GPGEO
Macapá- AP
Janeiro - 2017
DANILO BRUNO DE OLIVEIRA CARDOZO
A GEOLOGIA E A SUA RELAÇÃO COM O MUNDO MODERNO: O HOMEM COMO AGENTE BIOLÓGICO∕ TECNOGÊNESE.
Trabalho apresentado como forma de avaliação da Disciplina GEOLOGIA BÁSICA, ofertada para a Turma 2016.2 – Bacharelado em Geografia da Universidade Federal do Amapá, como requisito para obtenção dos créditos da referida disciplina.
Orientador: Prof. Dr. Valter Gama de Avelar
Macapá
Janeiro – 2017
SÚMARIO
1 INTRODUÇÃO. 4
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 5
2.1 O termo tecnógeno 5
2.2 Tecnógeno: um salto qualitativo na história da Terra. 5
2.3 Humanidade como agente geológico 5
2.4 Homem como agente geológico. 6
2.5 Geotecnogênese 7
2.6 Depósitos Tecnogênicos 8
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
4 REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO 12
INTRODUÇÃO.
A ação do homem sobre a natureza, através da atividade produtiva tem produzido efeitos geológicos que se acumulam em quantidade e se diversificam em qualidade a ponto de ter sido proposta a designação de um novo período geológico para caracterizar tal época: o Quinário ou Tecnógeno. A Geologia do Tecnógeno concentra-se, então, no estudo dos produtos gerados diretamente ou influenciados pela atividade humana, mas também de seus processos específicos, estes que atuam sobre os próprios depósitos tecnogênicos assim como sobre maciços e relevos pré-existentes.
De forma breve, pode ser dito que a ação humana sobre a natureza tem consequências referíveis a três níveis de abordagem, em termos de formas, processos, formações e depósitos superficiais do ambiente geológico: Na modificação do relevo e alterações fisiográficas da paisagem, em alterações na fisiologia das paisagens e na criação de depósitos superficiais correlativos.
FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
O termo tecnógeno
Uma das primeiras referências ao termo é de Chemekov(1982), mas foi Ter-Stepanian(1988) que fez a proposta mais abrangente da aplicação do termo, conforme exposto no item seguinte.
Tendo em vista o termo Antropógeno, proposto por Pavlov (1922, apudGerasimov, 1979) para substituir o termo Quaternário, os eventos ocorridos neste período seriam denominados antropogênicos, mesmo aqueles não resultantes de ações humanas. Por esta razão, há preferência na adoção do termo tecnogênico: destaca-se assim, na transformação do meio ambiente, a ação da técnica, que só surge na Terra com a humanidade.
Tecnógeno: um salto qualitativo na história da Terra.
Em síntese, conforme Peloggia (1998b), a ação geológica humana, em termos da modificação do caráter ou do ritmo dos processos superficiais e de formação do relevo, ou da modificação quantitativa e qualitativa, direta ou indiretamente colocada, das novas formações geológicas, ou ainda da ampliação da neoformação de rochas por unidade de tempo, surge como patamar diferenciado na história da Terra. Caracteriza-se, assim, como um período revolucionário (porque de processos intensificados, ou acelerados) e um salto qualitativo (porque de processos novos), motivando estudos neste novo campo das Geociências (Oliveira et al. 2005).
Humanidade como agente geológico
A ação geológica da humanidade é reconhecida por diversos autores, sendo considerada nos estudos do Quaternário (comoem Chemekov, 1982; Oliveiraet al., 2005) Esta qualificação resulta, inicialmente, da comparação qualitativa que pode ser feita entre os processos naturais (sem a participação da humanidade) e os processos antrópicos na transformação da Terra. Assim, obras de terraplanagem seriam comparáveis a processos erosivos; obras subterrâneas seriam comparáveis a formação de cavernas; subsidências e colapsos em terrenos cársticos a processos semelhantes em áreas mineradas; sismos naturais a sismos induzidos por reservatórios, etc. numa extensa lista que pode ser examinada em Ter –Stepanian (1988).
Num segundo momento, a comparação demanda uma avaliação dos volumes movimentado se das taxas de produção de sedimentos, pois, apesar do período de existência da humanidade ser insignificante em relação à história geológica, a intensidade dos processos se apresenta superior à dos processos naturais. Lal(1988) estima que os sedimentos lançados pelos rios nos oceanos passaram de10 bilhões de toneladas por ano, antes de intervenções da humanidade, para um valor entre 25 e 50 bilhões após a introdução da agricultura intensiva, pastagens e outros usos do solo
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