ARTIGO SOBRE PROJETO DE IRRIGAÇÃO DA CHAPADA DO APODI

Se aprovado, O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas executará o projeto de irrigação da Chapada do Apodi, conhecido como o Projeto da Morte. Cercam de 13.855 hectares de terra serão usados para implantar um programa de fruticultura irrigada. Estima-se que essas terras seja habitação de 500 famílias, distribuídas em 30 comunidades rurais. O padrinho desse projeto é o deputado federal potiguar Henrique Alves do PMDB.

Nota-se que o relatório do projeto foi apressadamente mal elaborado, no mesmo foram ignorados detalhes técnicos como: Os nomes científicos dos diversos tipos de espécies endêmicas da fauna e flora da região; A indisponibilidade d’água da Barragem de Santa Cruz. Além disso, existe um desnível do vale para a chapada de 80 metros, não há como fazer uma irrigação, pois só faz irrigação em um desnível de 60 metros, no máximo. O Lajedo de Soledade, patrimônio histórico e cultural, também não foi mencionado no relatório. As centenas de famílias que vivem há vários anos na Chapada não foram citadas, nem se quer os valores das suas indenizações. Algumas dessas famílias produzem alimentos agroecológicos que de certa forma abastece o comércio local.

“É um absurdo, o governo federal, construir um projeto que vai destruturar o que estar dando certo em Apodi e Mossoró” comentou o professor e doutor da UFRN, especialista em recursos hídricos João Abner, em relação ao cultivo familiar da chapada. Boa parte da população apodiense é contra esse projeto que viola claramente os direitos humanos, ambientes e patrimoniais da sua região.

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