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A Sistematização da Geografia: Humboldt e Ritter

A Alemanha no início do século XIX, foi a época em que seu deu a eclosão da geografia, onde Humboldt e Ritter deram início a geografia moderna, a Alemanha da época era um aglomerado de feudos (ducados, principados, reinos), onde uma ligação residia em alguns traços culturais comuns, onde inexistia qualquer tipo de atividade econômica ou política, onde só se veio a se formar no decorrer do século XIX e a segunda vindo em 1870, coma unificação nacional a Alemanha da época não conhecia uma forma de governo própria, nem qualquer outro tipo de governo centralizado o poder só estava nas mãos dos proprietários de terras e era localmente absoluto a estrutura feudal continuava intacta, as relações capitalistas vão entrar sem romper ao contrário sempre se conciliando com a ordem dominante. Essa entrada ela iria produzir um arranjo singular, aquilo já era chamado por alguns autores de “ Feudalismo Moderno”. O capitalismo teve um relevante desenvolvimento, por agentes sociais feudais, a aristocracia agraria, o latifúndio que possuía uma economia fechada, de autoconsumo passou a produzir para um mercado. O comercio local não se desenvolveu sendo que a produção só foi destinada para o exterior em função disso as cidades poucos se desenvolviam o bloqueio imposto por Bonaparte propiciou uma industrialização de algumas cidades alemães além de fortalecer o comercio interno. Este ideal vai ter sua primeira manifestação com a formação, em 1815, da “confederação germânica” que reuniu os principados dos alemães e os reinos da Áustria e da Prússia e dessa situação que se pode compreender a eclosão da geografia. Temas como domínio e organização do espaço entre outros estarão no dia na pratica da sociedade alemã da época e sem dúvida deles que irá se alimentar a sistematização da geografia a geografia surge na Alemanha onde o espaço era primordial.

As primeiras colocações de uma geografia sistematizada, irá se obra de dois autores prussianos: Alexandre von Humboldt era conselheiro do rei da Prússia, e Karl Ritter, tutor de uma de banqueiros ambos eram contemporâneo e pertenciam a geração que vivencia a revolução francesa: Humboldt nasce em 1769 e Ritter em 1779; os dois morreram em 1859. Humboldt era naturalista e realizou inúmeras viagens a proposta que enfatizava era a justificava e explicitação de suas analises ele não estava preocupado em formar uma nova disciplina, Humboldt entendia a geografia como parte terrestre da ciência de cosmos isto como uma espécie de síntese de todos os conhecimentos relacionados a terra, Humboldt propõem o empirismo a partir de observações. Ritter já era mais metodológico possuía a formação em filosofia e história definia o conceito de sistema natural uma área delimitada de uma individualidade a geografia de ritter era principalmente o estudo de lugares a meta seria chegar a uma harmonia entre a ação humana e os desígnios divinos para ritter a ordem natural obedeceria a um fim previsto por Deus. As obras destes autores compõem a base da geografia tradicional a geografia de ritter e tradicional e antropocêntrica a de Humboldt buscava abarcar todo o globo sem privilegiar o homem. As colocações de Humboldt e Ritter são bastante divulgadas, vários dos mais eminentes geógrafos da seguinte geração foram alunos deste último: E. Reclus, Semenov TyanShanskiy, F.von Richthofen.

Foi talvez na Rússia que as ideias de Humboldt e Ritter tiveram aplicação, mas literal em autores como Mushketov, Dokuchaev e Woiekov, A geração que segue à de Humboldt e Ritter vai se destacar mais pelo avanço empreendido na sistematização de estudos especializados do que da geografia Geral.

Outros dois autores alemães merecem destaque: O. Peschel e F. Richthofen. O primeiro realizou uma revisão crítica da obra de Ritter para Paschel a geografia era um estudo das formas existentes nas paisagens terrestres. Richthofen realizou inúmeras trabalhos de campo.

Rattzel e a Antropogeografia

Um revigoramento do processo de sistematização da geografia foi ocorrer com as formulações de Friedrich Ratzel. Este autor também alemão e prussiano publicou suas obras no ultimo quartel do século XIX, Ratzel e vivencia a constituição real do estado nacional alemão e suas primeiras décadas a geografia de Ratzel foi um instrumento poderoso da legitimação dos desígnios expansionistas do estado alemão recém constituído. Observou-se em algumas páginas atrás, que as relações capitalistas penetraram tardiamente neste país, observou-se também que a confederação germânica foi o primeiro passo no século anterior, o poder ainda era encontrado disperso pelas várias unidades confederadas. A Prússia e a Áustria disputavam a hegemonia dentro da confederação o segundo passo foi no sentido da unificação a relação das classes dominantes locais a estes movimentos aproximava-as pois elas se estabeleciam alianças e ações unificadas e mesmo centralizada em um comando comum, Além disto a proposta de unificação constava no ideário dos revolucionários, o que, por reflexo, reforçou-a com as próprias classes dominantes locais, que perceberam o respaldo das massas a unificação a consciência desse fato, e a possibilidade próxima da unificação, acirraram a disputa entre Áustria e a Prússia pelo comando e domínio do processo, que culminou com a guerra entre os dois países.

A principal característica da Prússia era a organização militarizada da sociedade e estado a direção deste estava nas mãos da aristocracia junker os proprietários de terras, essa liderança erguia-se uma monarquia burocratizada que estendeu a ação do Estado a todos os domínios da sociedade civil as características do prussianíssimo foram passadas para o conjunto da Alemanha. A unificação reacionária a organização militarizada, esse expansionismo do estado alemão pode ser explicado pela situação da Alemanha no contexto europeu, este pais emergia como mais uma unidade do mundo capitalista industrializada mais sem colônias, Rattzel vai ser um representante típico do intelectual engajado no projeto estatal; sua obra propõem uma legitimação do expansionismo bismarckiano. O principal livro de Rattzel publicado em 1882 denomina-se a antropogeografia pode-se dizer que esta obra funda a geografia humana Rattzel definiu o objeto de estudo geográfico como as condições naturais exercem uma influência sobre a humanidade estas influências atuariam primeiro na fisiologia e na psicologia em segundo lugar a natureza influenciaria na própria constituição social, através dos recursos em que se localiza a sociedade.

Diz ele que estas influências vão se exercem mediatizadas através das condições econômicas