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Alentejano: espaço, território e região; tentativa de conceituação

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Por:   •  28/9/2014  •  Resenha  •  1.406 Palavras (6 Páginas)  •  631 Visualizações

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UESB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

Disciplina:Introdução aos Estudos Regionais

Docente: Prof.ª Ms. Dayse Maria Souza.

Discente: Joaquim Pereira dos Santos Jr.

Resumo: ALENTEJANO: Espaço, território e região; uma tentativa de conceituação.

O autor coloca em seu texto, os conceitos importantes e bem discutidos na geografia que são: paisagem, região, espaço, lugar e território,Ele foca sua discussão na inter-relação entre espaço, território e região.O estudo sobre o espaço na história da geografia perpassa sobre os múltiplos usos em que a mesma vem sendo utilizada ao logo da história desta ciência tendo varias concepções na sua aplicação. Ele coloca que o problema no que diz respeito ao conceito de espaço na geografia está exatamente na pobreza do debate conceitual, que pode ser decorrente da fragilidade teórica que existe na disciplina.A geografia tradicional tem uma base empírica, acreditando nas experiências como sendo únicas,que são essas mesmas experiências que formam idéias,ou seja,a geografia tradicional dava importância aos estudos e os conceitos sobre paisagem e região, não considerando importante o espaço tornando assim pobre o seu conceito,na visão de vários estudiosos.

Partindo desse ponto, Alentejano (2000), especificará a posição de vários autores sobre a noção de espaço. É válido destacar que ao contrario do que alguns autores pensam Ratzel e Hartshorne deram significado importante para a ”teorização da noção de espaço”. Em sua obra Antropogeografia, Ratzel centraliza os conceitos de território e espaço vital visto como importante para o desenvolvimento das sociedades, pautadas na formação do Estado Moderno Alemãs vivenciadas por ele,vendo a guerra, a violência e a conquista como componentes naturais da historia humana. Para esse autor o conceito de espaço vital “representa uma proporção de equilíbrio entre a população de uma dada sociedade e os recursos disponíveis para suprir suas necessidades”.

No caso de Hartshorne,ele vê o espaço como algo absoluto, um conjunto de questões ou pontos que existem entre si, tornando-se independente de qualquer coisa. É um conjunto de referencia que não provém da experiência, tornando-se apenas de cunho intuitivo. Sob a ótica Hartshorniana o espaço é visto como um receptáculo que contém elementos.

A partir do pós-guerra a geografia sofre mudanças expressivas com os avanços tecnológicos. E, assim surge o movimento denominado de geografia teorético-quantitativo que retomará a noção de espaço como importante para a geografia. Destacam nesse movimento:Bunge, Ullman e Watson ,que segundo Alentejano: “apontam o espaço como o conceito-chave da geografia, desprezando os conceitos de paisagem, região, lugar e território”,adotando uma postura cartesiana com o intuito de transformar a geografia numa ciência exata.

Já , a partir dos anos, 1970,surge criticas sobre a geografia teorético-quantitativo e a geografia tradicional,buscando recuperar a espacialidade na análise geográfica o que está diretamente ligado à intensificação das contradições sociais e espaciais nos países centrais e periféricos nos últimos anos, a idéia de se incorporar o marxismo como coloca o autor, apoia-se em Lefebvre que é considerado o formulador da renovação do pensamento espacial dentro do marxismo, definindo o espaço e ao mesmo tempo como lócus e produto da reprodução das relações sociais de produção e, portanto, como centro da luta de classes.

O pensamento de Lefebvre sobre como o espaço tornou-se mais importante que o tempo, influenciou autores como Milton Santos que considerou quatro categorias provenientes do espaço: a forma; a função; a estrutura e o processo.

A geografia humanista surge na década de 1970, contrapondo as idéias da geografia de cunho lógico – positivista. O principal teórico deste pensamento é Yi-Fu Tuan considerado um dos fundadores da geografia humanista em que dentro desta concepção o conceito chave é o lugar, não desvalorizando os conceitos de paisagem, região e território, é o lugar que assumirá o papel de objeto de estudo desta vertente.

Nas suas discussões sobre uma nova conceituação sobre espaço, território e região, o geógrafo Paulo Roberto R. Alentejano trará em seu texto os vários pensamentos de autores com abordagens especificas de cada de como se pensar na produção do espaço. Pelas vertentes que cada autor adota para fundamentar o espaço é que Alentejano faz um resumo conciso desses vários pensadores como Corrêa (1995); Souza (1997); Smith (1988); Soja (1993); Moreira (1996); Werlen (2000), dentro os que não foram citados que trabalham sobre a noção de espaço segundo a sua linha de pesquisa.

A geografia apresenta em suas diferentes correntes do pensamento, conceitos para se compreender esta disciplina. A categoria território, juntamente com o espaço, a região, a paisagem e o lugar, tornam-se um dos principais focos para o estudo da Geografia. Assim,

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